31/05/2014

"Toda a dor pode ser suportada..."

Rogier van der Weyden, Deposizione dalla croce, 1432-1435, Museo del Prado, Madrid
Link
Rogier Van Der Weyden, 1432·1435
AS MÃOS

Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sempre são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono.

Eugénio de Andrade, "As Mãos", in Os Amantes sem Dinheiro

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Caídas no colo
sem alma nem calor,
pingo de sangue
de dor sem fim:
                     ... mãos.

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A dor é intemporal.
Do filme Hannah Arendt de Margarethe von Trotta, surgem as seguintes questões:
- A mentira dos inocentes ou a verdade dos justos? 
- O que importa à História, não será a verdade possível?

"Toda a dor pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história"
"A  incapacidade de pensar" leva à "banalidade do mal"
Hannah Arendt [cortesia do Google]




29/05/2014

A INVISIBILIDADE DE DEUS




 A INVISIBILIDADE DE DEUS

dizem que em sua boca se realiza a flor
outros afirmam:
                       a sua invisibilidade é aparente
mas nunca toquei deus nesta escama de peixe
onde possamos compreender todos os oceanos
nunca tive a visão de sua bondosa mão

o certo
é que por vezes morremos magros até ao osso
sem amparo e sem deus
apenas um rosto muito belo surge etéreo
na vasta insónia que nos isolou do mundo
e sorri
dizendo que nos amou algumas vezes
mas não é o rosto de deus
nem o teu nem aquele outro
que durante anos permaneceu ausente
e o tempo revelou não ser o meu

Al Berto, O Medo. Lisboa: Assírio e Alvim, 1987.

 

27/05/2014

As coisas vulgares

As coisas vulgares que há na vida 
Não deixam saudades 
Só as lembranças que doem 
ou fazem sorrir

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Para lá do vidro
em verdes tons
insinuam-se as árvores
símbolos maiores.

Marc Chagall, Janela no Campo, 1915,
 The Tretyakov Gallery, Moscow
(Imagem retirada de Olga's Gallery)
Marc Chagall. Window in the Country. (Fenêtre à la campagne).

Mais uma vez em reposição 

25/05/2014

Apontamentos num dia em que Portugal e Espanha se encontram

Madrugava em Lisboa (dia 24 de Maio) e o som propagava-se em castelhano. Os rostos eram alegres, a multidão pululava em dia de festa. 
A festa não era só de nuestros hermanos, os portugueses são hábeis anfitriões receberam os "invasores" como bons vizinhos que somos.


Acompanhando os capitães de Abril espalhados pela cidade, cruzam-se os cidadãos perante o sol que gentilmente apareceu.

No Chiado, a feira do livro seguia a rotina de fim de semana. O regresso à infância espelha-se num dos livros adquiridos.


Na Bénard o ritual repete-se: o café e o scone são saboreados paulatinamente.

Ao almoço o encontro, a partilha, o riso, o silêncio... e o vinho alentejano de casta sublime. O Tejo hoje também Tajo não divide mas une.
 Lembranças 

As Origens
Não faz hoje sentido falar  de uma unidade do território português baseado em condições naturais ou de uma individualidade geográfica de Portugal dentro do conjunto da Península Ibérica.
Na verdade, o Minho continua a Galiza tanto na orografia e no clima como nas formas de exploração do solo. Trás-os Montes e o norte da Beira prolongam a meseta Ibérica. A Cordilheira Central (Serra da Estrela, etc.) separa o Norte e o Sul de Portugal assim como separa o Norte e o Sul da vizinha Castela. A Beira Baixa e o Alentejo compartilham de condições que se encontram na Estremadura espanhola. E a província mais meridional do  País, o Algarve, não difere grandemente da Andaluzia litoral.  

A. H. de Oliveira Marques, Breve História de Portugal. Editorial Presença, 2012 (8ª edição), p. 11.

Os chocolates pereceram devido ao pecado da gula. 
A todos obrigada.




23/05/2014

Beleza é um critério e um juízo humano

A busca da beleza... da perfeição. A procura da harmonia, num trecho sapiente,
para acalentar o vazio. 


(...) a beleza não está nas coisas, não estará somente na apreciação que delas faz o homem? Se o ser humano desaparecesse da Terra, a Natureza continuaria, mas nela não existiria nenhuma qualidade que se pudesse afirmar  de Beleza. Beleza é um critério e um juízo humano. (p. 15)

O valor estético da forma é a beleza criada pelo artista através da cor na pintura, dos volumes na escultura, do som na música, da palavra na literatura. Mas o valor estético está também naquilo que a obra de arte transmite, na mensagem que conduz, nos sentimentos que provoca. (pp. 18, 19).

*Álvaro Cunhal, A Arte, o artista e a sociedade. Lisboa: Caminho, 1997 (2ª edição).

Rembrandt, O Regresso do Filho Pródigo, 1669, Hermitage,
S. Petersburgo [cortesia do Google]
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O Regresso do Filho Pródigo de Rembrandt é uma obra notável pela tonalidade da cor e do ambiente, pela composição, pela maestria formal. Mas o mais exaltante valor estético no quadro é tudo o que nos diz do filho pródigo que voltou. O valor estético da mensagem humanista - da figuração daquele que correu mundo, que sofreu privações, que conheceu a solidão e o abandono, que tem naqueles pés nus superiormente pintados a marca de toda essa longa experiência e que regressa, carente de protecção, de carinho e de amor. É um elemento de relevo do valor estético da obra. (pp. 19-20.)*
* imagem do livro
A beleza pode ser uma pérola barroca [irregular] ou esférica e romântica como os pescadores de pérolas.

21/05/2014

Aprazíveis Diálogos - III

A rosa dos ventos posicionou-me no centro. De Castelo Branco o vento trouxe-me uma história da lavra da Isabel do Palavras Daqui e Dali.
Obrigada, Isabel.

Jean Edouard Vuillard, Jeanne Lanvin, c. 1933


"Blogues e amizades em diálogos aprazíveis!

Ao longo da vida vamos mudando e connosco muda o nosso pequeno mundo (ou vice-versa). Mas mudamos!
Mudamos de sonhos,
 de amigos,
 às vezes de profissão,
 de casa,
de cidade e até de país…
Não mudei tudo isso, porque mantive alguns sonhos (outros não),
 a profissão…
 mudei de casa, mas não mudei de cidade.
Passaram por mim muitas pessoas: alunos, pais de alunos, colegas de profissão, funcionários das escolas onde trabalhei…tanta gente, que seria impossível lembrar-me de todos.
Alguns (poucos) tornaram-se amigos. Amigos de longa data…
…ou menos,
 mas amigos para sempre.
Um dia, há poucos anos descobri os blogues e com eles também fui mudando.
 A vontade de aprender encontrou novos caminhos.
Novos amigos.
E em aprazíveis diálogos,
vamos construindo novos mundos,
 novos sonhos,
 novas aprendizagens.
Amigos…
…para sempre!"

Isabel de Palavras Daqui e Dali

18/05/2014

No dia que se comemoram os Museus um encontro com os azulejos


Detalhe do painel de Azulejo da igreja do Colégio de Santo António da Pedreira.
Casa da Infância Doutor Elísio de Moura, século XVIII


Na igreja os azulejos narram a vida de Santo António. 
A porta foi o pormenor que me encantou. Será para o Paraíso? Para o conhecimento? Quem poderá entrar?
Questões que surgem no meu imaginário. Os anjos são também da minha predileção.
Ouvi contar histórias num dos percursos: "O Azulejo".
O percurso realizado foi à azulejaria do século XVII e XVIII: o barroco no seu esplendor. 
Em Coimbra havia um conjunto de oleiros que trabalhava para os Colégios e Igrejas; utilizavam desde técnicas mais populares à melhor execução. O trajeto faz-se com gosto.
Desde as albarradas (vasos com flores) e azulejo de figura avulsa até às histórias narradas da vida religiosa, como é o caso dos painéis acima, vivi o(s) museu(s) com maravilhamento.

Silhar com figura avulsa, século XVIII



O programa:
MUSEU NACIONAL DE MACHADO DE CASTRO
Dia Internacional dos Museus e Noite dos Museus  na Rede de Museus de Coimbra17 de Maio 19h00 às 23h -‘Os cristais nas coleções do Museu’ 19h00 às 23h -‘O Som e a Casa’. Visita partilhada do público em direto com a Rádio Universidade de Coimbra, no Museu 19h00 às 23h -‘Eppure se muove’. Esculturas no Pátio 19h00 às 23h – ‘Teatro de Sombras’. O Criptopórtico de Aeminium 21h30 – ‘Nem tudo o que brilha é cristal’ Elsa Gomes. Visita orientada 21h00-23h00 – Visitas dramatizadas à exposição permanente 
18 de Maio 
10h00 às 19h00 -‘Os cristais nas coleções do Museu’ 
10h00 às 19h00 -Visitas dramatizadas à exposição permanente 10h00 às 19h – ‘Teatro de Sombras’. O Criptopórtico de Aeminium 
15h30 – ‘Esculturas e Cristais’ Manuel Lapa 
17h00 – ‘As simetrias proibidas dos cristais’ Daniel Pinto. (retirado do site do Museu)




17/05/2014

Gesto - Sophia

Amanhecer


GESTO

Eu em tudo te vi amanhecer
Mas nenhuma presença Te cumpriu,
Só me ficou o gesto que subiu
às minhas longínquas fontes do meu ser.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética I. Lisboa: Caminho, 1990, p. 142.

15/05/2014

Aprazíveis diálogos II

Ainda centrada geograficamente no Porto, chegou-me um texto que a todos tocará certamente. Identifico-me com ele embora não estabeleça uma relação profissional directa.
A minha amiga Cláudia, da Livraria Lumière, teve a gentileza de participar nos Aprazíveis diálogos. Obrigada.

Recentemente li um texto, com o qual me identifiquei particularmente. Parecia que tinha sido escrito para mim! Partilho um excerto e, estou certa, que outras pessoas vão, igualmente, identificar-se com ele. Apenas substitui as palavra "Biblioteca" por "Livraria", Bibliotecária por Alfarrabista e a inicial do nome próprio I. por C. 

Giuseppe Arcimboldo, Library, 
Skokloster Slott, Balsta, Sweden (Wikart)
The Librarian - Giuseppe Arcimboldo


Cláudia tive que mudar a imagem porque às vezes desaparecia.

(...) o livro tem sido o amigo leal e sempre presente nas horas boas e más fazendo rir, chorar, pensar e reflectir, ensinando, desvendando os segredos do universo, revelando um pouco da vida de cada um de nós. 
Na Livraria passa a maior parte do seu dia, escasso, contudo, para dedicar ao livro o tempo que ele merece. Diariamente, na Livraria, trava consigo própria uma luta titânica para manter com ele uma relação puramente profissional; ocasionalmente distrai-se, C. não resiste à tentação e lê, aqui e além, algumas passagens de alguns dos livros que, às dezenas, todos os dias lhe passam pelas mãos. Descobre-os, folheia-os, consulta os sumários, os índices, por vezes, lê os prefácios e as introduções, conhece-lhes a cor das capas, identifica-lhes o conteúdo, atribui-lhes a localização, divulga-os, publicita-os, dá-os a ler. Os milhares e milhares de livros, arrumados e alinhados em estantes e prateleiras, num infindável jogo de cores, são o seu mundo; conhece-os, acarinha-os, protege-os, mas infelizmente, na Livraria, não lhes pode oferecer aquilo por que eles mais anseiam: o prazer de os ler - C. é Alfarrabista

Da Memória do Mundo / Biblioteca Central da FLUP - Porto: Faculdade de Letras, 1996, p. 43 e 44. Texto de João Leite.

13/05/2014

(...) algo de autêntico...

A Melhor Oferta é um filme de Giuseppe Tornatore e conta com a brilhante interpretação de Geoffrey Rush.
Um filme com vários sabores e fragrâncias, tem como cenário várias cidades italianas, em particular ,a piu bella Roma, um ambiente sublime, o melhor e o pior da essência humana.

Obteve os seguintes prémios: o David di Donatello Award para o melhor filme, realização, decoração, guarda-roupa e a melhor música (Ennio Morricone); o Silver Ribard Awards para o melhor: filme, realização, produção, cenografia, guarda-roupa, editor e a melhor música. Por último, recebeu o European Film Awards para a melhor musica.

Existe sempre algo de autêntico numa falsificação. 
Será o amor uma obra de arte?

Mulheres, Retratos, Daqui


11/05/2014

What Do You See?

Tudo parece vazio...
a folha que cai,
a água que corre.

Nostalgia...          

Sophie Calle nasceu em França em 1953. Sophie é escritora, fotógrafa e autora de instalações e de arte conceptual. Para além da sua arte, tem uma carreira universitária. Na literatura está ligada ao grupo Oulipo (Ouvroir de littérature potentielle) no qual se insere Italo Calvino.

Sophie Calle, What Do You See?, 2013.
© Sophie Calle / Artists Rights Society (ARS), New York / ADAGP, 
Paris; courtesy the artist and Paula Cooper Gallery, New York


Sophie Calle, The Clairvoyant, from What Do You See?, 2013.
 © Sophie Calle / Artists Rights Society (ARS), New York / ADAGP, 
Paris; courtesy the artist and Paula Cooper Gallery, New York

Salvador Dalí, Detalhe, Persistência da Memória, 1932
MoMa, Nova Iorque, cortesia do Google

Filme e música de Fabrizio Ferri e coreografia de Marco Pelle
Roberto Bolle e Polina Semionova

08/05/2014

Varandas no Rossio

Varandas no Rossio


10 de Novembro [1942]

Cheguei ontem à noite a Lisboa, depois de nove dias passados em Espanha. Segundo o meu hábito, vivi tão totalmente a paisagem, a língua e a cultura do país em que estive, que me sinto um estranho no regresso. Tenho de fazer novamente um esforço para reencontrar o eu Portugal.

Mircea Eliade, Diário Português [1941-1945]. Lisboa: Guerra e Paz Editores, 2008, p. 83.


06/05/2014

Despojos do dia: fuga no seio da beleza


Detalhe*

Visto e revisto [5 vezes] Os Despojos do Dia é um filme de James Ivory (1993) com Anthony Hopkins  e Emma Thompson nos principais papéis. A beleza da paisagem associa-se à beleza das palavras e à sensibilidade dos sentimentos escondidos. Julgo que já foi focado no blog mas a fuga no seio da beleza nunca peca por ser repetida.
A beleza torna-se imperativa quando vivemos num mundo de desigualdades.

Do áureo albergue com a aurora à entrada
o sol tão lesto em seus raios cingido
vinha, e diríeis:«Vénia adiantada»

Estrofe 3 do Triunfo do Tempo (Petrarca) 

Vasco Graça Moura Os Triunfos de Petrarca. Lisboa: Bertrand, 2004, p.193.

 Dyrham Park, Chippenham, near Bath, Somerset 

The English landscape at its finest - such as I saw this morning - possesses a quality that the landscapes of other nations, however more superficially dramatic, inevitably fail to possess. It is, I believe, a quality that will mark out the English landscape to any objective observer as the most deeply satisfying in the world, and this quality is probably best summed up by the term 'greatness.' ... And yet what precisely is this greatness? … I would say that it is the very lack of obvious drama or spectacle that sets the beauty of our land apart. What is pertinent is the calmness of that beauty, its sense of restraint. It is as though the land knows of its own beauty, of its own greatness, and feels no need to shout it.

Stevens, in The remains of the day. (link) [argumento baseado no romance de Kazuo Ishiguro].

*Samuel van Hoogstraten, 1662, at Dyrham Park.  
©National Trust, image supplied by the Public Catalogue Foundation
A view through a house by Samuel van Hoogstraten, 1662, at Dyrham Park. William Blathwayt liked to keep exotic and song birds, like the one shown in this painting. ©National Trust, image supplied by the Public Catalogue Foundation


04/05/2014

Aprazíveis diálogos I

Inicia-se hoje uma nova rubrica: aprazíveis diálogos. Partindo do Norte, o João, do Grifo Planante, enviou a belíssima fotografia acompanhada com o texto da sua lavra.
Obrigada, João!
À(s) mãe(s) um dia feliz repleto de rosas!*

João Menéres, Noite de S. João


Tranquilamente a grande noite de S. João cai sobre a Cidade.
Nas margens o burburinho  da multidão entusiasmada já se fazia sentir.
O tabuleiro superior da Ponte Luiz I enchia-se de gente, indiferente à passagem do Metro.
Eu, num rabelo transformado em barco de turismo, também indiferente ao jantar que se estava já a servir, só queria viver de forma diferente essa noite tão distinta de outra noite qualquer.
Olhava extasiado para as margens que me abraçavam.
Do lado do Porto, tinha o recorte denteado da muralha fernandina, a cúpula do Paço Episcopal...
Ao fundo, já adivinhava a clarabóia do Palácio da Bolsa e a Igreja de S. Francisco.
As gaivotas, ignorando que era a grande noite, a noite que só teria fim de madrugada quando os rapazes e as moçoilas mergulhassem nas águas da Atlântico, lá para a Foz do Douro, as gaivotas, dizia, recolhiam aos seus habituais poisos nocturnos.
A noite estava cálida : tinha dispensado o habitual orvalho.

Os ranchos cantavam

Por ti meus olhos andaram
Durante a noite perdidos,
De manhã fui dar com eles
Dentro dos teus...escondidos

S. João fica contente
Ao escutar as cantigas...
Que são a alma da gente
Na boca das raparigas...

João Menéres
(Texto e fotografia)
Exultate, jubilate* Mãe: exultação


Stabat Mater dolorosa* Mãe: dor

03/05/2014

Hino ao entardecer

Nostalgia...
Hino ao entardecer

As coisas nítidas confortam, e as coisas ao sol confortam. As coisas nítidas confortam, e as coisas ao sol confortam. Ver passar a vida sob um dia azul compensa-me de muito. Esqueço indefinidamente, esqueço mais do que podia lembrar. O meu coração translúcido e aéreo penetra-se da suficiência das coisas, e olhar basta-me carinhosamente. Nunca eu fui outra coisa que uma visão incorpórea, despida de toda a alma salvo um vago ar que passou e que via. 
s.d.
Bernardo Soares, Livro do Desassossego. (Recolha e transcrição dos textos de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1982, p. 266.


01/05/2014

Os meus tenores - Lawrence Brownlee

No dia do Trabalhador
Una furtiva lagrima para todos os que vêem os seus direitos desrespeitados. 
Outra lágrima para todos os que se encontram desempregados. 
Ainda outra para os que são obrigados a partir. 
Tornámos-nos num país de fuga. 

Alexander Mann (1853-1908) Artificial Flower Workers, s.d
 

                      Elixir de Amor , daqui                                        


Lawrence Brownlee
Fotografia de Larrynx, Cortesia do Google




Para ouvir no caso do primeiro vídeo ter problemas.


Agradeço a Xilre que me deu a conhecer este tenor.

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