27/11/2009

Asas numa gaiola!

Um dia cheio de acasos. Este foi mais um! Abri o meu e-mail e encontrei esta belíssima tela enviada pelo Instituto de Santo António dos Portugueses, em Roma, a anunciar uma exposição patrocinada pelo Instituto. A exposição é de Paolo Bigelli e abrirá ao público de 2 de Dezembro até 20 de Dezembro de 2009.
O que me atraiu na tela foi o pássaro na gaiola depois de ter pensado numa asa(s) de Dürer, pintura em vellum: Wings of a Roller. Este acaso fez-me regressar. Hoje, senti-me um pássaro... e a angústia que saboreei foi por não perceber se me remetiam para uma gaiola ou se me davam asas!
Voltar pode significar uma gaiola...
x
Paolo Bigelli,
"...ed altri racconti"
"... e mais contos"
Gostei das cores, do pormenor do livro, da mulher perdida nos seus pensamentos mas, o pássaro entristeceu-me!

24/10/2009

No Centro Cultural de Belém está em exposição este belo quadro de Ingres.
x
"Duas pinturas que revelam visões diferentes do mito de Édipo, uma de Jean-Auguste Ingres, emprestado pelo Museu do Louvre, e outra de Francis Bacon, estão expostas a partir de hoje no Museu Berardo, em Lisboa". Público 24 de Outubro 2009.

xJean Auguste Dominique Ingres, Édipo expõe o enigma da Esfinge , 1808

Musée du Louvre, Paris

Francis Bacon, "Édipo e a Esfinge depois de Ingres"

Óleo sobre tela, 198 x 147,5 cm, Colecção Berardo, Museu Berardo, Lisboa

Placido Domingo and Teresa Stratas sing the Brindisi from Act I of La Traviata

Nick Drake

Já não vinha cá desde 25 de Junho. Resolvi entrar e foi com espanto que vi um amigo andar por aqui. Obrigada Luís. Vim colocar um músico que não conhecia e que infelizmente morreu com 26 anos de Overdose, Nick Drake.




02/06/2009

João Pedro Mésseder

Dá-me a lua porque eu quero sonhar... leva-me comboio do acaso...


"Conversa

- Dá-me a Lua, mãe, dá-me a Lua.
- Filho, a Lua está longe.

-Leva-me à nuvem mais alta.
- Filho, há nuvens nos sonhos.

- Mãe, dá-me um dia sem chuva.
- Filho, tem pena da terra.

- Leva-me ao cimo do monte.
- Filho, o caminho é de pedras.

- Mãe, dá-me aquela andorinha.
- Filho, não a queiras prender.

- Leva-me ao fim do mar.
- Filho, o mar não tem fim.

- Mãe. Eu queria uma estrada,
uma estrela e um cavalo.

- Filho, mas não te canses,
não te queimes, não te percas.

- Mãe, dá-me o negro do negro
que é a tinta dos teus olhos.

- Filho, os teus olhos são negros
como o negro dos meus olhos. "

João Pedro Mésseder, in "Conversas", Conto estrelas em ti, 17 poetas escrevem para a infância, Coordenação José António Gomes, Porto: Campo das Letras, 2000, p.12.

02/05/2009

O Panteão de Roma e os Pink Floyd!

Norman Rockwell, ilustração:

Norman Rockwell nasceu em Nova Iorque a 3 de Fevereiro de 1894 e faleceu em Stockbridge, Massachusetts a 8 de Novembro de 1978. Pintor e ilustrador, Rockwell era muito popular nos Estados Unidos, especialmente por causa das 321 capas da revista The Saturday Evening Post que realizou durante mais de quatro décadas.
Pintou os retratos dos presidentes Eisenhower, John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon, assim como o de outras importantes figuras mundiais, tais como Gamal Abdel Nasser e Jawaharlal Nehru. Um de seus últimos trabalhos foi o retrato da cantora Judy Garland, em 1969.

Joseph Schmidt, Donizetti l'elisir d'amore una furtiva lagrima

01/05/2009

Do imaginário da infância: a coroa de malmequeres!

Para J que me fez recordar as boas memórias da infância, uma história.
1. Os malmequeres no campo.

2. A apanha das flores.

3. E dos malmequeres nasce a coroa.

4. No final do dia a flor cai e é o fim.

26/04/2009

Mário Botas: "Histórias do Condado Portucalense"

Gosto imenso desta aguarela de Mário Botas porque ela povoa todos os sonhos que se têm de lugares "longe da multidão", de histórias de princesas e príncipes da infância.
Gosto do lugar que ocupa o sol e dos dois ciprestes do lado direito que abanam com o vento mas estão bem assentes na terra-mãe. Aprecio a melancolia que emana das cores pasteis. Esta aguarela foi pintada 2 anos antes de Mário Botas falecer, já bastante doente.
“Histórias do Condado Portucalense (2)”,
Mário Botas, 1981; Tinta-da-china e aguarela s/papel, Dimensões Desconhecidas
Mário Botas nasceu na Nazaré em 1952 e foi, em 1970, para Lisboa para tirar o curso de medicina. Em 1973 conheceu, na Galeria de S. Mamede, o surrealista Cruzeiro Seixas e, por intermédio dele, o poeta Mário Cesariny e outros pintores, como Paula Rego e Raúl Perez. Mais tarde, apesar de reconhecer a importância que teve para ele o surrealismo, justifica a sua posterior desilusão:
Há precisamente treze anos (1970) lia eu, encantado, Le Pás perdus de André Breton. Seguiram-se-lhe Éluard, Artaud, Prévert, Lautréamont, Rimbaud… durante esse ano e os que lhe seguiram fui lendo e relendo o arsenal surrealista. Por outro lado conheci alguns velhos surrealistas portugueses que me iam demonstrando, através de infindáveis intrigas de salão, que um movimento intelectual tem um tempo e uma dinâmica próprios e inclui no seu interior a autodesintegração, matéria afinal da mais elementar higiene… Querer ressuscitar nos anos 70 um surrealismo em terceiras núpcias é acenar a bandeira da conquista nas ruínas de um castelo”.
Mário Botas faleceu em 1983, com uma leucemia que lhe fora diagnosticada em 1977.
Bibliografia / Catálogos:
Mário Botas – Visões Inquietantes, Lisboa, Quetzal, 1999 (catálogo da exposição retrospectiva organizada pelo Centro Cultural de Belém em 1999).
Mário Botas – O Pintor e o Mito, Lisboa, Sá da Costa, 2002 (edição bilingue em português e castelhano).

22/04/2009

PIERS FACCINI THE TASTE OF TEARS

Esta música assentou-me muito bem. Hoje foi mesmo a melhor coisa que me podia ter acontecido.
Magoei-me...

A Sky Covered with Dust

A Sky Covered with Dust

As evening shadows deepened,
An unknown tired sad face
Passed through
An unfolding tale,
The violent vision
Cut trough me -
Deep down into my veins,
Lost in obscure frenzy of silence,
The moment of consummation
Was still far off.

I was neither a new leaf,
Nor a coming up crop;
I was only a sequence that evening
In the dust laden sky,
On the path of quest;
amidst terrors of hell,
I adorned myself in abandon
With a bleeding heart
And a yearning for grace.

Gard Aalooda Aasman, 1978 in A Sky of Full of Birds, traduzido por Balraj Komal, Nova Deli: Sahithya Akademi, 1992, p.45

07/04/2009

Jarousski

Porque adoro Jarousski
Philippe Jaroussky nasceu a 13 de Fevereiro de 1978 é um contratenor francês com êxito.


23/03/2009

Memória do Passeio à Vista Alegre, a Árvore.

Uma árvore frondosa recebe-nos na Vista Alegre. Tão frondosa como foi o seu fundador.


Em memória de José Ferreira Pinto Basto que construi com fraternidade.

Auto-retrato, Paula Rêgo.

“Aos 10 anos, depois da 4ª classe, fui para o colégio inglês de St. Julian’s em Carcavelos. Divertíamo-nos imenso. Lá aprendi tudo o que sei. Na escola inglesa davam-nos tintas que podíamos usar à vontade, espalhando-as, sujando-nos e pintando o que queríamos. Muito antes, tinha de decidido que queria ser pintora, creio. Foi aos oito anos, parece-me que quis ser pintora.”
Aprende a Olhar, nº 1, IIE

Paula Rêgo Auto-retrato
As mulheres/meninas na vida de Paula Rêgo.

Retrato com Sombra, Eugénio de Andrade.


RETRATO COM SOMBRA

Que morte é a sombra deste retrato
onde eu assisto ao dobrar dos dias,
órfão de ti e de uma aventura suspensa?

Tu não eras só este perfil.
Tu não eras só este sossego aconchegado
nas mãos como num regaço.
Tu não eras apenas
este horizonte de areia com árvores distantes.

Falta aqui tudo o que amámos juntos,
o teu sorriso com as ruas dentro,
o secreto rumor das tuas veias
abrindo sulcos de palavras fundas
no rosto da noite inesperada.
Falta sobretudo à roda dos teus olhos
a pura ressonância da alegria.

Lembro-me de uma noite em que ficámos nus
para embalar um beijo ou uma lágrima,
lutando, de mãos cortadas, até romper o dia,
largo, intacto,
nas pálpebras molhadas dos lírios.

Tu não eras ainda este perfil
com uma rosa de cinza na mão direita.
Eu andava dentro de ti
como um pequeno rio de sol
dentro da semente,
porque nós – é preciso dizê – lo –
tínhamos nascido dentro do outro
naquela noite.

Esse é o teu rosto verdadeiro;
aquele rosto que vou juntando ao teu retrato
como quando era pequeno:
recortando aqui,
colando ali,
até que uma fonte rasgue a tua boca
e a noite fique transbordante de água.

Eugénio de Andrade, Obra de Eugénio de Andrade/25, Porto: Editora fundação Eugénio de Andrade, 2005 (8ª edição), p. 28.

The Story Of The Impossible - Peter Von Poehl.

Conheci esta belíssima canção.
A história do impossível! Meti-me à estrada fechei os olhos e simplesmente ouvi. O carro guia-me à procura de "Nowhere".



À consagração...

Peter Von Poehl estreia-se, em 2006, pela primeira vez com um álbum a solo, Going to Where the Tea-Trees Are

26/02/2009

Pavarotti - Una Furtiva Lagrima -L'Elisir d'Amore, Donizetti

L'elisir d'amore é uma ópera em dois actos de Gaetano Donizetti com libreto de Felice Romani. Estreou no Teatro della Canobbiana de Milão em Maio de 1832.

23/02/2009

Jacques Brel: Les Bonbons!

Porque os bombons são doces...
Jacques Brel - Concert 1964 - 07 - Les Bonbons Je vous ai apporté des bonbons Parce que les fleurs c'est périssable Puis les bonbons c'est tellement bon Bien que les fleurs soient plus présentable...

value="http://www.youtube.com/v/LWPl5hDjhoo&hl=en&fs=1&rel=0">

Virginie Ledoyen - Mon amour, mon ami (8 femmes)



"8 Mulheres"

Realizador: François Ozon
Intérpretes: Danielle Darrieux, Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Emmanuelle Béart, Fanny Ardant, Virginie Ledoyen, Ludivine Sagnier, Firmine Richard
França, 2002

Jacques Brel: Seul!

Seul, porque hoje verifiquei sobremaneira a importância do nome!

18/02/2009

Jacques Brell: Ne me quitte pas

In Memorian

Georges Moustaki: Ma Solitude

Georges Moustaki Ma Solitude 1966

Manuel Alegre e Tristeza

Mondrian, Árvore

Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.

Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi

desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.

Manuel Alegre

07/02/2009

Callas, "La Wally"



La Wally é uma ópera em quatro actos de Alfredo Catalani, com libreto de Luigi Illica. A primeira récita ocorreu no Teatro alla Scala, em Milão em 20 de Janeiro de 1892.
Alfredo Catalani nasceu a 19 de Junho de 1854 e morreu 7 de Agosto de 1893.

Callas, O Mio Babbino Caro



"O Mio Babbino Caro da ópera Gianni Schichi", é considerada uma das mais belas obras de Giacomo Puccini. Tem só um acto e o libreto é de Giovacchino Forzano, baseado no Canto XXX do Inferno, da Divina Comédia de Dante Alighieri. Única ópera cómica de Puccini, estreou no Metropolitan Opera House de Nova York, a 14 de Dezembro de 1918, junto com Il Tabarro e Suor Angelica.

Pavarotti Vesti La Giubba - I Pagliacci



I Pagliacci estreou a 21 de Maio de 1892, no Teatro Dal Verme, em Milão.

06/02/2009

Pérolas. Jóias 3

Pregadeira dos finais do século XIX, Arte Nova
Pérola é uma jóia, um tesouro que guardamos. Hoje perdi uma pérola!

29/01/2009

Poema

PACIÊNCIAS

Há os que passam o tempo
desenrolando sobre a mesa
tapetes de paciências.

Assim Tolstoi
de noite se aquietava
após as suas homéricas
batalhas contra o invasor.

Assim calma e dignamente
tecem e bordam as mulheres.

António Osório (1933)

Casa das Sementes - Poesia escolhida, in Poemário, Lisboa: Assírio & Alvim, 2009

René Lalique, as jóias Arte Nova







René Jules Lalique nasceu em Ay, Marne, França, a 6 de Abril de 1860 e morreu a 5 de Maio de 1945. ficou reconhecido internacionalmente pelas suas criações de jóias originais, frascos de perfume, copos, taças, candelabros, relógios, etc., dentro do estilo modernista, Art nouveau e Art déco. A fábrica que fundou funciona ainda e o seu nome ficou associado à criatividade e à qualidade.
Grande admirador e coleccionador da obra de Lalique foi Calouste Gulbenkian, de origem arménia radicado em Portugal, que criou o Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa, onde se expõe uma parte importante da obra de René Lalique.

28/01/2009

Jackson Pollock, em memória do seu nascimento

The Moon-Woman, 1942
Oil on canvas, 69 x 43 in; Peggy Guggenheim Collection, Venice
Jackson Pollock nasceu a 28 de Janeiro, de 1912, em Cody, Wyoming, Estados Unidos da América. Pintor do expressionismo abstracto Nova Iorquino. Desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' (gotejamento), na qual a tinta respingava sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usava pincéis. As obras de maiores dimensões possuem características monumentais. Pollock é o expoente máximo da action painting (pintura de acção).
A sua esfera da arte é o inconsciente: os signos são um prolongamento do seu interior. Pollock nunca saiu dos Estados Unidos. Morreu a 11 de Agosto de 1956.

Wassily Kandinsky, Sea Battle

Wassily Kandinsky, Improvisation 31 (Sea Battle), 1913, National Gallery of Art
1913

Wassily Kandinsky, (Василий Кандинский,) nasceu em Moscovo a 16 de Dezembro de 1866 e morreu em Neuilly-sur-Seine, a 13 de Dezembro de 1944. Professor da Bauhaus e introdutor da abstraccionismo na pintura.
Na década de 1910 Kandinsky desenvolve seus primeiros estudos não figurativos, fazendo com que seja considerado o primeiro pintor ocidental a produzir uma tela abstracta. Algumas das suas obras desta época, como "Murnau - Jardim I" (1910) e "Grüngasse em Murnau" (1909) mostram a influência dos Verões que Kandinsky passava em Murnau nessa época, notando-se um crescente abstraccionismo nas suas paisagens. Outra influência nas suas pinturas foi a música do compositor Arnold Schönberg.
Em constante contato com os artistas da vanguarda, passa a leccionar na Bauhaus até 1933 quando a escola é fechada pelo governo nazi. Muda-se para Paris e aí viveu até o fim de sua vida.

27/01/2009

Jóias anos 20


Jóias anos 20: a beleza do design,
Pendente 1927 ; broche 1927 e Brincos 1928.









Dalai-Lama pensamento

Perguntaram ao Dalai-Lama...

"O que mais o surpreende na Humanidade?"

E ele respondeu:
"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido".

Le Corbusier, Viagem do Oriente 3

Palácio de Schönbrunn , a Gloriette do parque vista a partir da fonte de Neptuno

VIENA

“Os ricos para ajudar os pobres, divertem-se. Respeitemo-los! Seria ridículo que eles também se entediassem. Com isso os pobres seriam privados do espectáculo de seus divertimentos e nem a menor parcela da humanidade se alegraria. (…)
Assim, hoje é “Blumen Tag”, festa das flores, transbordamento de cores e ostentaçãode luxo. As ruas que levam ao Prater estão repletas de uma multidão imunda. (…)
Viena vale por esta música ( que aproveitei muito outrora, quando Mahler regia a orquestra) e por sua arquitectura barroca. Elas desaparecem hoje, as nobres igrejas, as casas principescas dos séculos XVII e XVIII, sob a invasão da engenharia moderna, o ambiente é massacrado sem piedade e precisamos buscar refúgio nos retiros dos velhos parques à francesa – Schoenbrunn, e quase melhor ainda, os jardins de Baldevere. (…)
De modo que, em última instância, a impressão de Viena permanece tristonha, mais uma vez e não obstante esforços de assimilação sinceros, abafados por uma atmosfera de grandeza financeira sem gosto, que pesa, esmaga e ofusca. Tristonha permanece a Viena de hoje, para nós que apenas passamos por ela, sem penetrar até sua alma”


Le Corbusier - A Viagem do Oriente, São Paulo: Cosac Nayfi, 2007 (apoio do Ministério da Cultura Francês - Centro Nacional do Livro), p. 29-35.

26/01/2009

Canção do Céu Azul

Van Gogh, Starry Night

Eia, eia, eia...
o mar está em cima,
o mar está em cima,
a lua está em cima.


À volta nadam estrelas.
É o céu azul.
Eia, eia, eia, é o céu azul que está em cima.
Nadam estrelas.


Paez, in Poemas Ameríndios
Assírio & Alvim, Poemário 2009
(Poemas traduzidos por Herberto Helder)

Gianni Schichi, Ópera de Giacomo Puccini.

Callas e a ópera Gianni Schichi: a ária que mais me encantou
"O Mio Babbino Caro",
colocada no post anterior.
A ópera Gianni Schichi, é considerada uma das mais belas obras de Giacomo Puccini. Feita especialmente para a voz feminina de soprano, foi imortalizada quando interpretada pela premiada e respeitada Maria Callas e, posteriormente, por Montserrat Caballé.
Ópera em um acto de Giacomo Puccini, com libreto de Giovacchino Forzano, baseado no Canto XXX do Inferno da Divina Comédia de Dante Alighieri. Única ópera cómica de Puccini.
PERSONAGENS
Gianni Schicchi - barítono
Lauretta, sua filha - soprano
Os parentes de Buoso Donati:A velha
Zita, prima de Buoso - contralto
Rinuccio, neto de Zita, noivo de Lauretta - tenor
Gherardo, sobrinho de Buoso - tenor
Nella, esposa de Gherardo - soprano
Gherardino, filho de Gherardo e de Nella - 7 anos de idade
Betto di Segna, outro parente - barítono
Simone, parente - baixo
Marco, outro parente - baixo
La Ciesca, outro parente- soprano
Amantio di Nicolao, notário - baixo
Mestre Spinelloccio, médico - baixo
Pinellino, sapateiro - barítono
Guccio, pintor de paredes - barítono

Callas, o rosto e o olhar

A Callas pela sua belíssima voz!

Maria Callas nasceu em Nova Iorque, a 2 de Dezembro de 1923 e morreu em Paris, a 16 de Setembro de 1977.


O mio babbino caro
O mio babbino caro
Mi piace è bello, bello
Vo' andare in Porta Rossa
a comperar l'anello!
Sì, sì, ci voglio andare!
e se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio,
ma per buttarmi in Arno!
Mi struggo e mi tormento!
O Dio, vorrei morir!
Babbo, pietà, pietà!
Babbo, pietà, pietà!

Bombons

Les bonbons

São rosas Senhor?
Não são bombons porque as rosas são perecíveis!

Les Bonbons, Jacques Brel

J'vous ai apporté des bonbons
Parc' que les fleurs c'est périssable
Puis les bonbons c'est tell'ment bon
Bien qu'les fleurs soient plus présentables
Surtout quand elles sont en boutons
J'vous ai apporté des bonbons.

J'espèr' qu'on pourra se prom'ner
Qu' Madam' votr' mère ne dira rien
On ira voir passer les trains
À huit heur's je vous ramèn'rai
Quel beau dimanch' pour la saison
J'vous ai apporté des bonbons.

Si vous saviez c'que je suis fier
De vous voir pendue à mon bras
Les gens me regard'nt de travers
Y'en a mêm' qui rient derrièr' moi
Le monde est plein de polissons
J'vous ai apporté des bonbons.

Oh ! Oui ! Germaine est moins bien qu'vous
Oh ! Oui ! Germaine elle est moins belle
C'est vrai qu'Germaine a des ch'veux roux
C'est vrai qu'Germaine elle est cruelle
Ça vous avez mille fois raisons
J'vous ai apporté des bonbons.

Et nous voilà sur la grand' place
Sur le kiosqu' on joue Mozart
Mais dites-moi qu' c'est par hasard
Qu'il y'a là votre ami Léon
Si vous voulez qu'je cède la place
J'avais apporté des bonbons.
Mais bonjour Mad'moisell' Germaine
J'vous ai apporté des bonbons
Parc' que les fleurs c'est périssable
Puis les bonbons c'est tell'ment bon
Bien qu'les fleurs soient plus présentables

Goa, rostos e olhares

Quando o sol aperta...





Mulher que olha intrigada..., na festa de S.Francisco Xavier, Velha Goa

Um sorriso aberto é como nos recebem logo de manhã! Pangim



No meio das sedas, um trocar de olhares. Pangim

Todas iguais, todas diferentes, Quem somos?, Pangim


25/01/2009

Geografia e Astronomia em Vermeer

O Geógrafo


c. 1668-1669



O Geógrafo representa um académico, de longos cabelos passados por trás das orelhas e envergando uma espécie de manto que lhe chega ao chão e que não era normal vestir-se todos os dias. Isto dá à figura um ar misterioso, como se fizesse parte dos eleitos. está ocupado na sua actividade de porta fechada. Está a servir-se de um compasso para verificar distâncias em cartas geográficas, de que não se consegue distinguir pormenores. Deteve-se e olha pensativamente para a janela: a luz que entra através dela ilumina-lhe a face, um sinal de inspiração.

Vermeer pintou o quadro quando se dava uma mudança radical no paradigma da ciência que procurava afastar-se da interferência divina. Ele talvez esteja próximo do nosso moderno entendimento das ciências exactas, uma vez que a carta naútica na parede aponta para usos práticos da ciência da navegação.

Vermeer mostrava um cuidado imenso pelo perfeccionismo com que rodeava o ambiente que pintava.

Nota - A carta náutica da parede, que não se vislumbra na imagem colocada, é a carta marítima da Europa de Willem Jansz.

SCHNEIDER, Norbert- Vermeer, a obra completa, Köln: Taschen, 2007, p.75.

Le Corbusier, Viagem ao Oriente 2

CARTA AOS AMIGOS DOS "ATELIERS D'ART" DE LA CHAX-DE-FONDS






"Meu Velho Perrin,



... Venho falar-lhe de vasos, de vasos rústicos, de cerâmica popular. (...)



Então, ou numa loja escura ou num porão pobre de Budapeste, ou ainda num sótão coberto de poeira nobre e anciã, à hora tórrida do meio dia, numa aldeia da planície húngara, foi a orgia total. Imagine só! Os vasos estavam ali, em seu alegre esplendor e em sua sadia robustez, e a beleza deles consolava-nos. (...)



A arte do camponês é uma impressionante criação de sensualismo estético. Se a arte se eleva acima das ciências, é precisamente porque ela excita, contra estas, a sensualidade, despertando profundos ecos no ser físico. Ela dá corpo - ao animal- sua parte justa e sabe elevar depois, sobre esta base sadia, própria à expansão da alegria, as mais nobres colunas.



Assim essa arte popular, como uma carícia quente e imutável, envolve a terra inteira, cobrindo-a com as mesmas flores, unindo ou confundindo as raças, os climas e os lugares. (...) A cor, ela também, não é descrição, mas evocação; simbólica sempre. É fim e não meio".






Le Corbusier - A Viagem do Oriente, São Paulo: Cosac Nayfi, 2007 (apoio do Ministério da Cultura Francês - Centro Nacional do Livro), p.17 a 28.

Françoise Hardy, Retratos....Olhares... 2









































Françoise Hardy foi me dada a conhecer

por uma tia que é da mesma idade dela.

Aprecio muito as suas canções.

As minhas ,favoritas são: Voilà (1967) Mon amie la rose(1964) e Peut-etre que je t'aime (1966) e mais...

Françoise Hardy nasceu em Paris, a 17 de Janeiro de 1944 é uma cantora e compositora francesa.
Françoise cresceu com a irmã, Michèle, e a mãe num pequeno apartamento em Paris. Quando terminou o ensino secundário, o seu pai ofereceu-lhe uma guitarra e Françoise começou a compor canções.









Jacques Brel, Retratos...Olhares...

















Como grande admiradora de Jacques Brel, compositor e cantor belga francófono, coloco aqui algumas das suas melhores fotografias. Gosto de todas as suas músicas mas são favoritas as seguintes: Ne me quitte pas de 1959 e Les Bonbons de 1964.
Jacques Romain Georges Brel nasceu em Schaarbeek, Bélgica em 8 de Abril de 1929 e morreu em Bobigny,a 9 de Outubro de 1978.

Arquivo