Rogier van der Weyden, Deposizione dalla croce, 1432-1435, Museo del Prado, Madrid
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AS MÃOSLink
Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sempre são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono.
Eugénio de Andrade, "As Mãos", in Os Amantes sem Dinheiro
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Caídas no colo
sem alma nem calor,
pingo de sangue
de dor sem fim:
... mãos.
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A dor é intemporal.
Do filme Hannah Arendt de Margarethe von Trotta, surgem as seguintes questões:
Do filme Hannah Arendt de Margarethe von Trotta, surgem as seguintes questões:
- A mentira dos inocentes ou a verdade dos justos?
- O que importa à História, não será a verdade possível?
"Toda a dor pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história"
"A incapacidade de pensar" leva à "banalidade do mal"
Hannah Arendt [cortesia do Google]
Não sei se toda a dor pode ser suportada, mas toda a dor que não nos mata fortalece-nos.
ResponderEliminarVi há tempo o filme da Hannah Arendt e gostei muito.
Um beijinho e bom fim-de-semana, Ana
Saudacoes da LITUANIA.
ResponderEliminarMuito interessante o seu blog.
Abraco
Desculpa contrariar, mas há dores que não se podem suportar. Acho que um desgosto é uma dor terrível.
ResponderEliminarUm beijo e bom Domingo, Ana.
Isabel,
ResponderEliminarGostei muito também.
Beijinho. :))
Gluosnis,
Obrigada pelas palavras gentis. Seja bem-vindo. Saudações portuguesas.
Abraço.:))
João,
Concordo plenamente. Hannah Arendt foca a dor dos judeus mas foca também a justiça.
Não suporto a dor de um desgosto.
Beijinho. :))
João,
ResponderEliminarA dor de Maria, a dor revelada por Weyden, as chagas de Cristo ou a "banalidade do mal" foram suportadas por gente corajosa.
Há dores que matam, e não em sentido figurado. Jamais esquecerei a dor de um pai que perdeu o filho num acidente de viação. Os três meses que lhe sobreviveu passou-os a fazer croquis do acidente, numa tentativa desesperada de perceber, em pormenor, como tudo tinha acontecido.
ResponderEliminarA dor fisíca, por mais intensa que seja, é bem mais fácil de ser suportada.
Bom Domingo.
Beijinho.
GL,
ResponderEliminarO que conta arrepia. Sobreviver a um filho é uma dor maior: inimaginável
Beijinho.
A dor é um estado terrível apenas superado pelo espírito dos simples.
ResponderEliminarE Eugénio foi simples?
Muito boa esta mensagem.
Bom domingo.
Obrigada, Agostinho.
ResponderEliminarBoa noite. :))
Gostei sobretudo do poema de E. de Andrade. Bjs!
ResponderEliminarObrigada, Margarida.:))
ResponderEliminarBeijinho.