O tempo
esfuma as circunstâncias,
cria sombras, apaga os pormenores...
mas deixa para sempre uma marca
... que jamais se apaga
Time - Pink Floyd
Time - Pink Floyd
Olio su tela / 92,1 x 118,4 cm, Metropolitan Museum of Art,New York
Caravaggio amava la musica. Nei suoi dipinti compaiono suonatori, spartiti, strumenti come liuti, violini e flauti. Il cardinale Del Monte, al cui servizio il pittore entra nel 1595, fa costruire un salone per la musica con libri e strumenti, oltre ad alcuni dipinti. Caravaggio dipinge per il cardinale “una musica di alcuni giovani ritratti al naturale, assai bene” (Concerto di musici), oggi conservato al Metropolitan di New York, che testimonia l’ambiente musicale della Roma di fine secolo. La sua grande precisione ha permesso di identificare alcuni dei brani copiati nelle partiture. Nel Riposo durante la fuga in Egitto, un angelo suona un motivetto del compositore fiammingo Noel Bauldwijn. Nelle due versioni del Giovane che suona il liuto compaiono flauto, arco, violino e spinetta, oltre ad alcuni libri di musica. Più difficile la lettura dello spartito di Omnia vincit Amor, dove il fanciullo con ali da Cupido travolge anche liuto e violino.
Joseph Haydn, London Trio No. 1 in C major. Hob. IV 1.
Flute: Jean-Pierre Rampal (1922 ~ 2000).
Violin: Isaac Stern (1920 ~ 2001)
Cello: Mstislav Rostropovich (1927 ~ 2007)
O pintor colocou a figura do anjo a tocar violino de costas para dividir a composição do quadro em duas partes. À direita vê-se a Virgem com o Menino como se fosse uma cena quotidiana de uma família comum. À esquerda S. José segura a partitura para o anjo tocar. É interessante ver as cores outonais utilizadas no fundo da paisagem em contraste com as folhas verdes que estão próximas das personagens.
Adoro esta pintura.
Saudades de Goa, do sol, dos cheiros e do eremitismo!
Chain Of Pearls
Mother, I shall weave a chain of pearls for thy neck
with my tears of sorrow.
The stars have wrought their anklets of light to deck thy feet,
but mine will hang upon thy breast.
Wealth and fame come from thee
and it is for thee to give or to withhold them.
But this my sorrow is absolutely mine own,
and when I bring it to thee as my offering
thou rewardest me with thy grace.
Rabindranath Tagore
Swan lake
Oh elegant grace
Still the waters of the lake
Majesty passes
Eddie Roa
Atenção não sou especialista na matéria, tenho apenas uma imensa curiosidade!
A especialista em História de Arte Dalila Rodrigues escreveu, na Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, o seguinte:
Pen and watercolor, 291 x 399 mm , British Museum, London
Não Fora o Mar!
Não fora o mar,
e eu seria feliz na minha rua,
neste primeiro andar da minha casa
a ver, de dia, o sol, de noite a lua,
calada, quieta, sem um golpe de asa.
Não fora o mar,
e seriam contados os meus passos,
tantos para viver, para morrer,
tantos os movimentos dos meus braços,
pequena angústia, pequeno prazer.
Não fora o mar,
e os seus sonhos seriam sem violência
como irisadas bolas de sabão,
efémero cristal, branca aparência,
e o resto — pingos de água em minha mão.
Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao sol pôr
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flor.
Não fora o mar
e o longo apelo, o canto da sereia,
apenas ilusão, miragem,
breve canção, passo breve na areia,
desejo balbuciante de viagem.
Não fora o mar
e, resignada, em vez de olhar os astros
tudo o que é alto, inacessível, fundo,
cimos, castelos, torres, nuvens, mastros,
iria de olhos baixos pelo mundo.
Não fora o mar
e o meu canto seria flor e mel,
asa de borboleta, rouxinol,
e não rude halali, garra cruel,
Águia Real que desafia o sol.
Não fora o mar
e este potro selvagem, sem arção,
crinas ao vento, com arreio,
meu altivo, indomável coração,
Não fora o mar
e comeria à mão,
não fora o mar
e aceitaria o freio.
Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas" (recolhi no Citador)
Escolhi a pintura por ter o mar de forma implícita e porque visualizo a poetisa a olhar o mar!
No aparador o mar em forma de búzio...
Têmpera sobre tela, 172,5 × 278,5 cm, Galleria degli Uffizi (Florença)
LA BELLA DONNA DELLA MIA MENTE (Lovely Lady of My Memory)
Y limbs are wasted with a flame,
My feet are sore with travelling,
For, calling on my Lady's name,
My lips have now forgot to sing.
O Linnet in the wild-rose brake
Strain for my Love thy melody,
O Lark sing louder for love's sake,
My gentle Lady passeth by.
She is too fair for any man
To see or hold his heart's delight,
Fairer than Queen or courtesan
Or moonlit water in the night.
Her hair is bound with myrtle leaves,
(Green leaves upon her golden hair!)
Green grasses through the yellow sheaves
Of autumn corn are not more fair.
Her little lips, more made to kiss
Than to cry bitterly for pain,
Are tremulous as brook-water is,
Or roses after evening rain.
Her neck is like white melilote
Flushing for pleasure of the sun,
The throbbing of the linnet's throat
Is not so sweet to look upon.
As a pomegranate, cut in twain,
White-seeded, is her crimson mouth,
Her cheeks are as the fading stain
Where the peach reddens to the south.
O twining hands! O delicate
White body made for love and pain!
O House of love! O desolate
Pale flower beaten by the rain!
Oscar Wilde "La Bella Donna Della Mia Mente" was originally published in Kottabos, 1876. It was revised for Poems, 1881.
"A personagem retratada nesta tábua lembra as figuras da família Sassetti pintadas a fresco pelo artista para uma das capelas da Igreja de S. Trinità, em Florença. Traja à moda florentina da época com sobreposição de indumentária ajustada ao corpo e decote enfeitado por colar de coral."
Informação retirada do site do museu.
– O homem material - pensava o Palhaço – não existe. A vida é uma convenção. O que existe é o sonho, o sonho é a única realidade. Sonhar!, sonhar!...
Raul Brandão, A Morte do palhaço, 1926
Abri a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhm cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais.
Foi, pousou e nada mais.
(...) 7ª Estrofe
Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately Raven of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door—
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door—
Perched, and sat, and nothing more.
The Raven
Edgar Allan Poe, O Corvo (ed. trilingue português/inglês/espanhol; trad. Fernando Pessoa/Juan Antonio Pérez Bonalde), Póvoa de Varzim: Editor Manuel Caldas, 2009, p. 8- 34-35.
Collage and oil on paper. 44 x 34 cm. Private collection
"Cai ao anjo a pena,xObrigada Margarida Elias e Jad por me terem recordado a coincidência das datas.
O sonho
Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
4 versos do Poema Sonho de
Clarice Lispector
Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
tês versos retirados de " Odes", Ricardo Reis,
"A vida mais não é do que uma sombra vaga, um pobre comediante caminhando e lamentando-se no palco durante uma hora, finda a qual deixa de ser ouvido. É uma história contada por um idiota, ruidosa e furibunda e sem sentido algum".
Shakespeare, Macbeth,
in Marcel Proust, "Os prazeres e os dias", Lisboa: Editorial Estampa, 2010 (2ª ed, trad. Manuel João Gomes) p.28
Com agradecimento a I didn't pela sua visita e bem-vindo!