Verso de um poema de Alberto Caeiro, 7-5-1914 *
As flores rompem a paisagem, dançam ao sabor do vento, desafiam o nosso olhar que fica preso à beleza sugerida. Quer as flores campestres, bravias, quer as flores cuidadosamente plantadas maravilham e levam-nos a cortá-las e a guardarmos como se de um tesouro se tratassem.
*Alberto Caeiro, “O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro . (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993), p. 64