Se tivesse asas agora voava!
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Albrecht Dürer (1471-1528). "A Asa de uma Rola", 1512
Norbert Wolf, Dürer, Taschen, 2006, p.40.36
Chegou, branca, quase só asas, a partir de pertomuito mais rápida, a primeira ave.
Sombreou-o.
Caiu, pousou, asa aqui, asa ali, um pouco desamparada.
Restolhadamente, ansiosa e veemente.
Depois, mais duas.
Sucessivamente, mais quatro, seis, sete, nove.
Pareciam grandes saias de mulher.
Mais todas.
Batucando na terra.
Raspando, vasculhando, desarrumando a terra.
A última atingiu-o com o peso inesperado, mas
mole, seco, surdo, e depois totalmente o cobriu com
a sua larga asa.
Desenrodilhou-se, libertou-se.
Artur Portela, A ração do céu, Lisboa: Editorial Notícias, 2001, p. 62
Olá Ana....
ResponderEliminarAmei!
Beijo tocado
Blue
Gosto de voar, mas de avião...
ResponderEliminarO desenho de Dürer é lindíssimo. Ele é um dos meus artistas favoritos.
Bom dia!
Blue,
ResponderEliminarGosto muito de Dürer e do simbolismo para mim desta asa.
Bjs!:)
Margarida,
É verdade, também prefiro voar de avião mas adoro Dürer, os desenhos e as pinturas, e a própria assinatura.
É um pintor que usa muito simbolismo por isso, atrai-me bastante.
Bjs! :)
Cara ana, muito obrigada pela riqueza da sua reflexão e estímulo. Pela minha parte, desejo-lhe os mais altos e benfazejos voos.
ResponderEliminarR,
ResponderEliminarMuito obrigada, ando a preparar o voo, mas quando se anda a aprender caímos muitas vezes...
Abraço!
Que linda asa! Não conhecia! Quem me dera ter umas asas...
ResponderEliminarHá um poema muito belo do Garrett:
"Eu tinha umas asas brancas/asas que um anjo me deu/ quando cansado da terra/ batia-as, voava ao céu..."
Lembra-se, Ana?
Acho que já esqueci o resto...
Bjs