14/05/2010

Pablo Picasso, A Amizade, c. 1908


Para um Amigo Tenho Sempre

Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa" , retirado daqui

2 comentários:

  1. Bela homenagem que aqui faz a tão nobre sentimento. Todas as que se façam são inteiramente merecidas.
    Não conhecia esta pintura de Picasso. Gostei particularmente.
    Obrigada e bom fim-de-semana!

    ResponderEliminar
  2. Obrigada e bom fim-de-semana! :)

    ResponderEliminar

Arquivo