21/12/2020

Feliz Natal!

Desejo a todos,
 um 
Feliz Natal
e um
Ano Novo muito próspero em saúde e alegria!

Por e-mail recebi da Fundação Oriente a segunda imagem aqui apresentada. Não conhecia este biombo mas achei-o tão belo que fiz dele o meu postal de Natal.

Biombo de Coromandel, séculos XVII - XVIII, 
China, |Colecção da Fundação Oriente

Detalhe: “Cantores anunciam o Nascimento de Jesus”
Foto: Hugo Maertens, Bruges

Num dia cansativo como o de hoje, esta canção fez-me sorrir...

No entanto a música de Natal que acho mais apropriada ao momento que vivemos é esta:
Fairytale of New York


16/11/2020

Para um amigo

 Mil parabéns 

 uma vida plena de novos olhares!

Uma dia muito feliz.:)) 


https://www.bertrand.pt/livro/porto-meu-joao-meneres/23677932





16/10/2020

Jane Austen para uma amiga

 Parabéns Maria João!

Desejo que passe um dia muito feliz. :))


https://blog.basbleu.com/2018/01/24/21-pride-and-prejudice-quotes-to-remind-you-why-you-love-jane-austen/








06/10/2020

18/08/2020

Agora é que é !

 Para a Isabel 

Um dia muito feliz e muitos parabéns!


 Paul-Émile Chabas (1869-1937), Woman by the Sea, sd

 Woman by the Sea | Paul Emile Chabas | Oil Painting


O farol da Figueira para te guiar. :))


La Mer, 

 

01/08/2020

A ver o mar para "As sílabas de Amália"

A ver o mar, Salvador-Baía



A linha do horizonte atrai e chega a ser hipnótica.
 Isto é, prende o nosso olhar até nos perdermos em memórias.

[*Troca de dia 1 por dia 18, uma troca imperdoável].


Eu queria dar-te  um Fado

Eu queria dar-te  um Fado
com todo o sol de Lisboa
e aquele canto salgado 
que há em Camões e Pessoa
e é o som do mar quando ecoa
no tom do poema e do fado.

Eu queria dar-te um fado
com palavras por dizer
e o amor não encontrado
que só pode acontecer
quando a cidade tremer
no poema do teu fado.

Eu queria dar-te  um Fado
com o que vi e ouvi
no país imaginado
que sendo longe é aqui
e te leva além de ti
dentro do teu próprio fado.

Manuel Alegre, As Sílabas de Amália. Lisboa: D. Quixote, 2020, p. 55

* para a Isabel

Com a cortesia do youtube

27/07/2020

Cat Stevens - Memórias e a actualidade

Um disco que ouvia muito, The Tea for the Tillerman celebra este ano 50 anos. Cat Stevens escolheu para o vídeo de homenagem a canção Where Do The Children Play?

É tão actual a sua mensagem! O lixo continua a acumular-se e o ambiente a deteriorar-se. As nossas crianças já não sabem brincar na rua.

25/07/2020

Edifício Chiado -Vidro partido...

Terá alguma ligação ao Eiffel e aos seus trabalhos realizados em Portugal?

EIFFEL- Vidro partido, 
Edifício Chiado, Coimbra (obra do gabinete de Eiffel em Portugal?)


Talvez se possa pensar que, porque somos engenheiros, a beleza não nos preocupa ou não tentamos construir estruturas, ao mesmo tempo que elas são sólidas e duradouras, lindas?
As funções da força não são sempre as condições de harmonia não escrita?

Gustave Eiffel
https://www.pensador.com/autor/gustave_eiffel/

Edifício Chiado  foi «construído nos primeiros anos do século XX pela firma Nunes dos Santos & C.ª, proprietária dos Grandes Armazéns do Chiado de Lisboa, o Edifício Chiado de Coimbra "(...) é emblemático de uma época da modernização da cidade (...)" (SILVA, 2006, p. 160).

Considerado "(...) o mais bello e magestoso edifício da Lusa Atenas(...)" (Idem, ibidem), este estabelecimento comercial foi inaugurado em 25 de Abril de 1910, sendo um dos raros exemplos de arquitectura do ferro existente na cidade mondeguina.
O autor do projecto permanece desconhecido, mas sem dúvida pode apontar-se ao Edifício Chiado um relevante papel na "(...) modernização do comércio, incluindo o design das lojas, os modos de produção e distribuição, bem como as relações de trabalho." (Idem, ibidem, p. 161). Implantado numa das principais artérias da Baixa de Coimbra, o edifício apresenta uma "fachada-montra" dividida por módulos, unidos de forma elegante pela estrutura de ferro de inspiração Arte Nova. Os diferentes pisos possuem varandas completamente envidraçadas, num jogo de formas geométricas que se conjugam com os recortes de gosto romântico das ferragens.
Embora seja inegável o seu carácter único no conjunto arquitectónico da Baixa, o Edifício Chiado encontrava-se devoluto na década de 70 do século XX, tendo sido então considerada a hipótese de ser demolido; no entanto, um movimento cívico propôs a sua aquisição pela Câmara Municipal de Coimbra, que se tornou proprietária do prédio em 1980.
Em 1995, o Edifício Chiado foi objecto de uma profunda intervenção, numa obra que resultou na sua conservação e adaptação a espaço museológico, e de que se destaca a manutenção da estrutura primitiva, exterior e interior, e do carácter estético de gosto cosmopolita que sempre o caracterizaram.
Actualmente o pólo museológico do Edifício Chiado alberga a Colecção Telo de Morais, que se divide em seis núcleos, integrando mobiliário, cerâmica, escultura, salientando-se, entre outros, o conjunto de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.
Catarina Oliveira

DIDA/IGESPAR,I.P./ Abril de 2008»

Em memória de Peter Green que partiu hoje.

16/07/2020

A magia da cor: Gorsky - Um auto-retrato de 1912

A magia da cor.

Auto-retrato de Gorsky, um químico, fotógrafo.
Fotografia trabalhada para ter esta aspecto colorido em 1912.

(wikipédia)




Gorsky nasceu em Funicova Gora, na Rússia, em 1863. Formou-se em química, tendo estudado em S. Petersburgo, em Berlim e Paris. Desenvolveu técnicas para as primeiras fotografias a cores. Do resultado do seu trabalho surgiram as primeiras patentes de filmes a cores e de projecção de filmes com movimento.

Processo utilizado- fotografia de Alim Khan,1911
Ficheiro:Rgb-compose-Alim Khan.jpg

Gorsky tirava uma série de fotografias monocromáticas em sequência muito rápida, cada uma através de um filtro de cor diferente, vermelho, azul e verde. Ao projectar as três fotos monocromáticas com a luz da cor adequada era possível reconstruir  a cena com as cores originais. Porém, não tinha mecanismos para revelar/imprimir as fotos assim obtidas.

Tolstói em Yasnaya Polyana, litografia impressa de uma fotografia de Gorsky
File:L.N.Tolstoy Prokudin-Gorsky.jpg

A magia da cor ou a preto e branco, como é melhor observar o mundo?
.

05/07/2020

- Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara. Saramago

Dia 5 de julho, 2019
"A culpa foi minha, chorava ela, e era verdade, não se podia negar, mas também é certo, se isso lhe serve de consolação, que se antes de cada acto nosso nós puséssemos a prever todas as consequências dele a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala.“


...
(livro dos conselhos)
- Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara. 

- É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade.
- Quantos cegos serão precisos para fazer uma cegueira.
- Se queres ser cego, sê-lo-ás.
- O medo cega.
- O medo cega... são palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegámos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos.
- Alguns irão odiar-te por veres, não creias que a cegueira nos tornou melhores, Também não nos tornou piores.
- A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança.
- Água mole em brasa viva tanto dá até que apaga, a rima que a ponha outro.
- A força e a natureza das circunstâncias influem muito no léxico.
- Mas quando a aflição aperta, quando o corpo se nos desmanda de dor e angústia, então é que se vê o animalzinho que somos.
- Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.
- É que vocês não sabem, não o podem saber, o que é ter olhos num mundo de cegos.
- Costuma-se até dizer que não há cegueiras, mas cegos, quando a experiência dos tempos não tem feito outra coisa que dizer-nos que não há cegos, mas cegueiras.
- Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.

 José.Saramago, Ensaio sobre a cegueira. Companhia das Letras. (24º impressão), 2002.

Cortesia youtube

11/06/2020

Dez de Junho

Um 10 de Junho diferente com apenas 2 oradores e 6 convidados. Um gesto político determinado pelo covid 19.
Um estado laico com um orador eclesiático. No entanto, é um orador especial, 
o cardeal José Tolentino Mendonça.

 Camões, Canto IX, A Ilha dos Amores, estrofe 64

A INFÂNCIA DE HERBERTO HELDER
[primeiro poema de Tolentino de Mendonça]

No princípio era a ilha
embora se diga
o Espírito de Deus
abraçava as águas

Nesse tempo
estendia-me na terra
para olhar as estrelas
e não pensava
que esses corpos de fogo
pudessem ser perigosos

Nesse tempo
marcava a latitude das estrelas
ordenando berlindes
sobre a erva

Não sabia que todo o poema
é um tumulto
que pode abalar
a ordem do universo agora

acredito

Eu era quase um anjo
e escrevia relatórios
precisos
acerca do silêncio

Nesse tempo
ainda era possível
encontrar Deus
pelos baldios

Isto foi antes
de aprender a álgebra


José Tolentino Mendonça, Anos 90 e Agora, Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2001, p.127.
Cortesia do youtube

03/05/2020

Para uma amiga

Parabéns, Gracinha!
Um dia muito feliz. :))

Neste Corona vírus há encontros que não se dispensam. Principalmente quando vivemos perto.

Mondego

Que o astro-Rei nos visite sempre e a água do rio corra alegre!


Com a cortesia do yiutube e da VEVO

27/04/2020

Dalida

Um filme de Lisa Azuelos



Uma canção para o meu pai.


Le temps des fleurs
Dalida

Dans une taverne du vieux Londres
Où se retrouvaient des étrangers
Nos voix criblées de joie montaient de l'ombre
Et nous écoutions nos cœurs chanter
C'était le temps des fleurs
On ignorait la peur
Les lendemains avaient un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La, la, la
(On était jeunes et l'on croyait au ciel)

Et puis sont venus les jours de brume
Avec des bruits étranges et des pleurs
Combien j'ai passé de nuits sans lune
A chercher la taverne dans mon cœur
Tout comme au temps des fleurs
Où l'on vivait sans peur
Où chaque jour avait un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La, la, la
(On était jeunes et l'on croyait au ciel)

Je m'imaginais chassant la brume
Je croyais pouvoir remonter le temps
Et je m'inventais des clairs de lune
Où tous deux nous chantions comme avant
C'était le temps des fleurs
On ignorait la peur
Les lendemains avaient un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La, la, la
(On était jeunes et l'on croyait au ciel)

Et ce soir je suis devant la porte
De la taverne où tu ne viendras plus
Et la chanson que la nuit m'apporte
Mon cœur déjà ne la reconnaît plus
C'était le temps des fleurs
On ignorait la peur
Les lendemains avait un goût de miel
Ton bras prenait mon bras
Ta voix suivait ma voix
On était jeunes et l'on croyait au ciel
La la la
(On était jeunes et l'on croyait au ciel)


25/04/2020

À janela!


CAPA do PÚBLICO 25 de Abril 2020
Público



Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen,  O Nome das Coisas, 1974

(em construção)

24/04/2020

Para um amigo

Parabéns Manuel Poppe!
Desejo que passe um dia muito feliz, apesar deste confinamento.

Um postal de Veneza, a sua Veneza
Sem turistas, águas nos canais de Veneza voltam a ser cristalinas ...

Talvez porque estou assoberbada de trabalho e confinada a este isolamento obrigatório, não tenho muitas palavras para lhe dizer, a não ser que nunca me vou esquecer dos olhos de alguns miúdos interessados na sua história de vida. E que vida!
Um brinde à vida!


Cortesia do youtube

22/03/2020

O castelo


Os muros cheios de hera
acolhem o sol preguiçoso
da primavera anunciada

Os homens onde estão?
Recolhidos nos seus castelos
ou moinhos de vento

à espera que o ar amanheça límpido,
inócuo, sem resquícios de vírus
importado do sol nascente...
e da terra onde as estátuas estão vivas.

O castelo torna-se local imperioso,
síto de protecção e defesa,
abrigo das tempestades e das pestes.
Estamos na idade do silêncio.





Com a gentileza do Youtube

07/03/2020

Para uma amiga

Parabéns, MR!
Aqui deste lado, após uma ida ao local maravilhoso que assinalo na imagem, decidi deixar esta surpresa.

Capela do Fundador

RETRATO 
de
 uma mulher portuguesa que teve protagonismo 
por ser filha de D. João I e de D. Filipa de Lencastre.

Rogier Van der Weyden, D. Isabel, duquesa de Borgonha, filha de D. João I, c. 1450

Ficheiro:Rogier van der Weyden (workshop of) - Portrait of Isabella of Portugal.jpg


Avizinha-se o dia da mulher (8 de Março), deixo também a homenagem a todas as mulheres, através de D. Isabel que substituiu a mãe, após a sua morte, à frente da Casa das Rendas até se casar com o duque D. Filipe III da Borgonha. 
Parece que foi uma mulher de estado e além disso muito culta.


11/02/2020

Para a Alexandra...

... deixo um dos meus últimos hobbies com o desejo de 
um dia muito feliz e muitos parabéns! 


Ainda está por finalizar o hall de entrada (escadas), o escritório e alguns detalhes na cozinha. A iluminação também ainda não está montada . Bem com faltam uns objectos ... mas a seu tempo. Foi tudo feito por mim excepto os sofás, a casa de banho e as cadeiras. Ah e as meninas e gatos. 




11/01/2020

Salvador

Entardecer


A cidade dormiu cedo.
A lua ilumina o céu, vem a voz de um negro do mar  em frente.
Canta a amargura da sua vida desde que a amada se foi.
No trapiche as crianças já dormem.
A paz da noite envolve os esposos.
O amor é sempre doce e bom, mesmo quando a morte está próxima.
Os corpos não se balançam mais no ritmo do amor.
Mas no coração dos dois meninos não há nenhum medo.
Somente paz, a paz da noite da Bahia.
Então a luz da lua se estendeu sobre todos,
as estrelas brilharam ainda mais no céu,
o mar ficou de todo manso
(talvez que Iemanjá tivesse vindo também a ouvir música)
e a cidade era como que um grande carrossel
onde giravam em invisíveis cavalos os Capitães da Areia.
Vestidos de farrapos, sujos, semi-esfomeados, agressivos,
soltando palavrões e fumando pontas de cigarro,
eram, em verdade, os donos da cidade,
os que a conheciam totalmente,
os que totalmente a amavam,
os seus poetas.
Jorge Amado, Capitães da Areia
http://mundodelivros.com/poemas-de-jorge-amado/


Al ...

Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu em Coimbra a 11 de Janeiro de 1948. Notabilizou-se como poeta, pintor, editor e animador cultural português. Morreu em 1997.

Al Berto, dois auto-retratos, Centro de Arte de Sines


HOJE É DIA DE COISAS SIMPLES

hoje é dia de coisas simples
(Ai de mim! Que desgraça!
O creme de terra não voltará a aparecer!)
coisas simples como ir contigo ao restaurante
ler o horóscopo e os pequenos escândalos
folhear revistas pornográficas e
demorarmo-nos dentro da banheira
na ladeia pouco há a fazer
falaremos do tempo com os olhos presos dentro das
chávenas
inventaremos palavras cruzadas na areia... jogos
e murmúrios de dedos por baixo da mesa
beberemos café
sorriremos à pessoas e às coisas
caminharemos lado a lado os ombros tocando-se
(se estivesses aqui!)
em silêncio olharíamos a foz do rio
é o brincar agitado do sol nas mãos das crianças
descalças
hoje




04/01/2020

Contemplação...

Toda a pessoa que se entrega à contemplação se transforma em semente.

Antoine de Saint-Exupéry,, Piloto de Guerra. (Tradução de Ruy Belo) Porto: Livros do Brasil, [Edição de 2015], p. 146.

Contemplação




E lucevan le stelle - por Mario del Monaco (1915-1982), 1975




Fotografia; Giacomo Puccini (1858-1924); Mario del Monaco (1915-1982)

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