29/09/2014

Em tempo de mudança: BB lá por casa!

As novidades políticas que sobressaíram no país é claro que me contentam. Todavia, não é dessas mudanças o enfoque deste registo pois requer amadurecimento e reflexão. Aqui trago memórias de infância, superficialidades, se quiserem.
... Pois é, soube através dos media que Brigitte Bardot fez 80 anos (28/9) . Uma mulher bonita, moderna e rebelde era assim que proliferava a sua imagem. Em casa dos meus pais havia alguns elementos como: discos, cinzeiro, toalhete de bar... que realçavam a beleza feminina então em voga nos anos 60. 

Fotografias cortesia do Google

J'ai donné ma jeunesse et ma beauté aux hommes; 
je donne ma sagesse et mon expérience aux animaux(Link)

Andy Warhol, Brigitte Bardot, 1974, Gagosian Gallery



E a polémica canção...

26/09/2014

"flui"



[...]
Assim o excesso das coisas para ti flui.
E como taças superiores das fontes
continuamente transbordam, como de madeixas de cor de cabelo solto, até à taça inferior,
assim cai a abundância nos vales dos teus montes,
quando coisas e pensamentos transbordam.

 Rainer Maria Rilke, O Livro de Horas. Lisboa: Assírio e Alvim, 2009, p. 207.

Frederick Leighton - The golden hours. (Commons-Wikimedia)

File:Frederick Leighton - The golden hours.jpg

Em reposição

24/09/2014

Azul + cobre: Outono

Azul e cobre



As folhas caem ao acaso fiéis à renovação anual.
Choram as árvores e as flores em sinfonia desigual...
Só os pintores as sagram em perpétua melopeia.


22/09/2014

Under the Greenwood Tree

Comecei a ler o livro Under the Greenwood Tree que me foi gentilmente oferecido: obrigada. Caiu do céu e fez-me recordar como estou esquecida desta língua tão bonita. A minha mente procurou os locais que recentemente visitei em Sintra. Não pude deixar de pensar:
O destino é tecido por nós mas a casa onde se nasce é importante para o decidir. 

To DEWLLERS in a wood almost every species of tree has its voice as well as is feature. At the passing of the breeze the fir-trees sob and moan no less distinctly than they rock;  the holly whistles as it battles with itself; the ash hisses amid its quiverings; the beech  rustles while its flat bough rise and fall. And winter, which modifies the note of such trees as shed their leaves, does not destroy its individuallity.

Thomas Hardy, Under the Greenwood Tree. Herfordshire: Wordsworth Editions, 1994, p. 3.

Monsanto

imagens de Thomas Hardy e do livro retiradas da Wikipedia


Vi o filme da BBC baseado no livro para mais facilmente me embrenhar nele.


Nunca feri uma árvore para desenhar um coração... acho que é uma acção mais masculina.

20/09/2014

Voa cavalo



Quero um cavalo de várias cores

Quero um cavalo de várias cores,
Quero-o depressa, que vou partir.
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir.

Quero uma sela feita de restos
Dalguma nuvem que ande no céu.
Quero-a evasiva - nimbos e cerros -
Sobre os valados, sobre os aterros,
Que o mundo é meu.

Quero que as rédeas façam prodígios:
Voa, cavalo, galopa mais,
Trepa às camadas do céu sem fundo,
Rumo àquele ponto, exterior ao mundo,
Para onde tendem as catedrais.

Deixem que eu parta, agora, já,
Antes que murchem todas as flores.
Tenho a loucura, sei o caminho,
Mas como posso partir sozinho
Sem um cavalo de várias cores? 

Reinaldo Ferreira, Poemas, Estudo de José Régio, Prefácio de Guilherme de Melo. Lisboa: o chão da palavra/poesia




18/09/2014

"Vivo sin vivir"

Por vezes julgo que a serenidade só se pode alcançar atrás de uma porta assim:

Porta das Siervas de S. José, Casa de Santa Teresa de Jesus, Salamanca
Vivo sin vivir en mí

  Sólo con la confianza
vivo de que he de morir,
porque muriendo, el vivir
me asegura mi esperanza.             35
Muerte do el vivir se alcanza,
no te tardes, que te espero,
que muero porque no muero.

  Mira que el amor es fuerte,
vida, no me seas molesta;            40
mira que sólo te resta,
para ganarte, perderte.
Venga ya la dulce muerte,
el morir venga ligero,
que muero porque no muero.           45

  Aquella vida de arriba
es la vida verdadera;
hasta que esta vida muera,

no se goza estando viva.
Muerte, no me seas esquiva;          50
viva muriendo primero,
que muero porque no muero.

  Vida, ¿qué puedo yo darle
a mi Dios, que vive en mí,
si no es el perderte a ti            55
para mejor a Él gozarle?
Quiero muriendo alcanzarle,
pues tanto a mi Amado quiero,
que muero porque no muero.
Vivo sin vivir en mí

  Vivo sin vivir en mí,
y de tal manera espero,
que muero porque no muero.

  Vivo ya fuera de mí
después que muero de amor;           5
porque vivo en el Señor,
que me quiso para sí;
cuando el corazón le di
puse en él este letrero:
que muero porque no muero.           10

  Esta divina prisión
del amor con que yo vivo
ha hecho a Dios mi cautivo,
y libre mi corazón;
y causa en mí tal pasión             15
ver a Dios mi prisionero,
que muero porque no muero.

  ¡Ay, qué larga es esta vida!
¡Qué duros estos destierros,
esta cárcel, estos hierros           20
en que el alma está metida!
Sólo esperar la salida
me causa dolor tan fiero,
que muero porque no muero.           

  ¡Ay, qué vida tan amarga           25
do no se goza el Señor!
Porque si es dulce el amor,
no lo es la esperanza larga.
Quíteme Dios esta carga,
más pesada que el acero,             30
que muero porque no muero.

  Sólo con la confianza
vivo de que he de morir,
porque muriendo, el vivir
me asegura mi esperanza.             35
Muerte do el vivir se alcanza,
no te tardes, que te espero,
que muero porque no muero.

  Mira que el amor es fuerte,
vida, no me seas molesta;            40
mira que sólo te resta,
para ganarte, perderte.
Venga ya la dulce muerte,
el morir venga ligero,
que muero porque no muero.           45

  Aquella vida de arriba
es la vida verdadera;
hasta que esta vida muera,
no se goza estando viva.
Muerte, no me seas esquiva;          50
viva muriendo primero,
que muero porque no muero.

  Vida, ¿qué puedo yo darle
a mi Dios, que vive en mí,
si no es el perderte a ti            55
para mejor a Él gozarle?
Quiero muriendo alcanzarle,
pues tanto a mi Amado quiero,

que muero porque no muero.


in Lira Mística, Poesías Completas Santa Teresa de Jesus e San Juan de la Cruz, 6ª edición, (Introducciones Alberto Barrientos y José Vicente Rodríguez),Madrid: Editorial de Espiritualidad, 2011, p. 29-31.

A tela é uma cópia e está na Casa das Servas de S. José de Santa Teresa.

15/09/2014

Para os amantes de MINI(S)

Surpreendida e com a alma nos olhos vi o meu primeiro carro (em segunda mão) passar numa fila de carros "antigos".  O Wolseley Hornet que aqui vêem foi projectado a partir do Mini- Morris. Este modelo esteve em vigor de 1961 a 1969. Tive-o nos anos oitenta. Hoje não me teria desfeito do II-35-89.

Wolseley  de 1964 [o meu Rolls-Royce... ainda continua lindo] 
Wikipedia
Wolseley illuminating radiator badge.jpg
Agora tenho-o em fotografia digital!

O tempo do Wolseley era o tempo da Guerra Fria. Arte, cultura, ideias, e política em algumas imagens:

Kiss V / Roy Lichtenstein, 1964.                 Andy Wahrol, Flowers, 1964 The Andy Warhol Museum, Pittsburgh; © The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, Inc

Flowers, 1964

Pablo Picasso,  Lying female nude, 1964

Magritte, L'ami de l'ordre, 1964

A Friend of Order by Rene Magritte, 1964

Carl Andre, Cedar Piece, 1964 . ©Martin Ries


William Holden, Audrey Hepburn e o realizador Richard Quine
  Link                                                                                             *Mary Quant, 1964- criou a mini-saia
William Holden, Audrey Hepburn and director Richard Quine between shots of <em> Paris – When It Sizzles</em>     NPG Beatles to Bowie: The Beatles, 1964
                                                                       Beatles, 1964






* O MINI influenciou a criação da mini-saia, Fotografia da Focus, cortesia do Google

Beatles, tinha de ser!

13/09/2014

"habitar o coração dos homens"

o frio parecia sempre
habitar o coração dos homens
como se ser inverno fosse próprio de existir
tudo cheirava a homem e ao seu princípio

Pedro Teixeira Neves, A Morte Milagreira
Colecção "100 Anos da Grande Guerra"
Lisboa: Glaciar, 2014, p.11

Otto Schubert, postal que enviou durante a 1ª Guerra Mundial para a família. (link)

Da pequena colecção de seis volumes, "100 Anos da Grande Guerra", só li quatro livros. Entre os quais saliento: "A Morte Milagreira" de Pedro Teixeira Neves cujo autor foi uma verdadeira revelação. 
Anoto também o livro de Luísa Beltrão: "Moscas nos Olhos"  que me deu prazer ler. Aliás, foi mesmo o que mais gostei. 
Contudo, de Pedro Teixeira ficou um sabor interessante, daqueles que o café deixa. Sim. Vou ter que ler mais livros deste escritor/jornalista que possui no rol um que me chama a atenção: "Uma Visita a Bosch".




Jean Crotti, La Femme à la torque rouge, 1915


[...] não me cortes as asas,preciso de estar contigo, de partilhar a vida contigo.
...
Na guerra, tudo se dilui na luta básica pela sobrevivência, mas quando ela acaba, as guerras internas tomam de novo conta de nós, ambíguas, enredadas. (p. 91)

Luísa Beltrão, Moscas nos Olhos, Filippa na Grande Guerra. Colecção "100 Anos da Grande Guerra", Lisboa: Glaciar, 2014, p. 32 e 91.

Os títulos da colecção são:
- Um Gosto pela Perfeição de Francisco José Viegas;
- Moscas nos Olhos, Filippa na Grande Guerra de Luísa Beltrão;
- A Guerra Nunca Acaba de Manuel Jorge Marmelo;
- A Morte Milagreira de Pedro Teixeira Neves;
A Secretária de Sidónio Pais de Rita Ferro e
Benigno de João Tordo. Os dois últimos são os que me falta ler.

[Quantos não caíram na neve?]

11/09/2014

A flor fora bela

Monserrate [A flor fora bela]


A flor que eu encontrei
já murcha um dia,
tinha vivido, fora bela e feliz.
Encontrei-a sem cor,
sem ilusão, sem esperança.
Chorei-a com muita dor
e vislumbrei que a vida,
é só constituída
por mudança

João Mattos e Silva, Sem Contorno. Lisboa: Edição Excelsior, s.d., p. 28.

Um dia feliz!


08/09/2014

Ilusão

O que é a vida?
É um girar constante de moléculas
que se intersectam.

É a ilusão: dada através de um espelho,
onde cada um vê o que quer.
Mas... será real?

O que é a vida?
É um movimento contínuo,
dado pelos ponteiros artificiais de um
relógio?

Ou será um crescendo de pontos
inscritos numa recta imaginária?
Não, não pode ser
matematicamente contável.

O caos e a ordem suportáveis
não permitem o equilíbrio.
O que é a vida?

É andar no arame com a vara
manejada por alguns com perícia ...
e por outros sem harmonia?

O que é a vida?
Se não perder e ganhar.
Ganhar e perder...

A magia não se compadece:
- Não alimenta o estômago.
- Não termina a mortandade
- Não reconhece a razão.

Ilusão,
Vida
é pura ilusão.


*Praxinoscópio da Filmoteca de Salamanca
Exposição:«Artilugios para fascinar»,
Colecção de Basilio Martín Patino

[Filmoteca de Salamanca] La institución acoge desde 1999 Artilugios para fascinar, una muestra sobre los inventos que otorgaron sensación de movimiento a las imágenes antes de la irrupción del cine, algunos construidos en las postrimerías del siglo XVIII. Las 200 piezas, halladas por Basilio Martín Patino en los lugares más recónditos, poseen nombres impronunciables: praxinoscopio, zoótropo, lampadoscopio, fenaquistiscopio... “Aunque en su tiempo eran un lujo reservado a las familias ricas, el pueblo los veía como una simple diversión de feria. Para contrarrestar ese desprecio cultural”, argumenta Pérez Millán, “los bautizaban con formas griegas".

*O Praxinoscópio foi inventado pelo francês Émile Reynaud (1877). A princípio era uma máquina primitiva, composta por uma caixa de biscoitos e um único espelho, o praxinoscópio foi aperfeiçoado com um sistema complexo de espelhos que permite efeitos de relevo. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projecção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento. 


Cinema Paraíso, um filme que gostei muito.

06/09/2014

Merveille

Será a oitava maravilha?



Vi- a numa noite doce,
Em que o rouxinol cantava:
E todo o céu se estrelava,
Luminoso pavilhão:
Era Sintra! Sinto ainda
O doce correr das fontes,
E a sombra nas nossas frontes
Das árvores do Ramalhão.


Eça de Queiroz,  A Tragédia da Rua das Flores. Lisboa: Moraes Editores, 1980, p. 134
[Sublinhado meu]

04/09/2014

Uma velha porta

É uma velha porta.
ricamente vestida.
O tempo passa por ela,
dando origem a pequenas fissuras.
Não obstante, ela perdura:
sem queixas,
nem lamentos.
É uma velha porta
que se contenta com quem bate.
A aldraba faz o seu propósito
embora tenha perdido a simetria.
É uma porta fechada...
O meu lamento é só esse,
gosto de portas abertas.














Porta em Salamanca



02/09/2014

La Cueva del diablo e diabluras...

A Cueva, é um espaço especial, segundo narra uma lenda, pois era naquele lugar que o diabo dava as suas lições. Em 1993 foi colocada a escultura de Diego de Torres Villarroel porque escreveu sobre a Cueva e provavelmente pela ciência que estudou e ensinou ligadas ao esoterismo e a leituras, certamente mal vistas pela igreja. Assim, foi a forma como conheci o autor que abaixo se descreverá.

La Cueva de Salamanca es un enclave legendario de la ciudad de Salamanca donde, según la tradición popular, impartía clase el Diablo. Dicha cueva se corresponde con lo que fue la cripta de la ahora inexistente iglesia de San Cebrián
Diego de Torres Villarroel, (Salamanca, b. 1694 - 1770) fue un escritor, poeta, dramaturgo, médico, matemático, sacerdote y catedrático de la Universidad de Salamanca.

Diego Torres de Villarroel foi baptizado em 1694 e faleceu em 1770. 

Diego de Torres Villarroel, (Salamanca, 1694 - 1770) fue un escritor, poeta, dramaturgo, médico, matemático, sacerdote y catedrático de la Universidad de Salamanca. Era hijo de un librero de Salamanca. Fue bautizado el 18 de junio de 1694. 
Aprendió las primeras letras y pasó a estudiar latín en el pupilaje de don Juan González de Dios,
quien sería luego catedrático de Humanidades en la Universidad de Salamanca. Lo hizo con tal aprovechamiento que ganó tres años después una beca por oposición en el Colegio Trilingüe. Empero, su temperamento díscolo y travieso le empujó a faltar a clase, meterse en peleas, robar a otros compañeros y hurtar viandas de la despensa del colegio por lo que se ganó el sobrenombre de piel de diablo. Leyó mucho en la tienda de libros de su padre, pero sin orden ni programa alguno, aunque sentía particular afición por las matemáticas. La lectura del Astrolabium, un tratado sobre la esfera celeste del padre Cristoforo Clavius (1537-1612), le inclinó por la astrología. Otro libro llamado Tratado de la esfera, fue el que le introdujo en las matemáticas, ciencia olvidada en aquella época. Según cuenta en su Vida, biografía muy novelada, al salir del colegio huyó de las consecuencias de sus desmanes a Portugal, concretamente a Oporto y a Coímbra, donde llevó una vida aventurera en la que fue sucesivamente ermitaño, bailarín, alquimista, matemático, soldado, torero, estudiante de medicina, curandero, astrólogo y adivino. Esa biografía novelada haría que sus contemporáneos le atribuyesen una poderosa leyenda. Se supone que a su vuelta a Salamanca sentó la cabeza y emprendió un programa de voraz lectura de libros de filosofía natural, magia y matemáticas, y para ganarse la vida montó un pingüe negocio editorial como escritor de almanaques y pronósticos anuales bajo el seudónimo de "El gran Piscator de Salamanca", género de periodismo popular del que fue uno de los fundadores y con el que se hizo famoso, ya que mucha gente recurría a él para saber del futuro. 
Sueños de el doctor don Diego de Torres. 1736
Madurez, El Dr. Diego de Torres en Los desahuciados... (1736)
Imagem da Biblioteca Virtual de Miguel de Cervantes

Wikipedia Espanhola     














Um poema de Diego Villarroel do site indicado:
Ciencia de los cortesanos de este siglo

Bañarse con harina la melena,
ir enseñando a todos la camisa,
espada que no asuste y que dé risa,
su anillo, su reloj y su cadena;

hablar a todos con la faz serena,
besar los pies a misa doña Luisa,
y asistir como cosa muy precisa
al pésame, al placer y enhorabuena;

estar enamorado de sí mismo,
mascullar una arieta en italiano,
y bailar en francés tuerto o derecho;

con esto, y olvidar el catecismo,
cátate hecho y derecho cortesano,
mas llevaráte el diablo dicho y hech

Facsímile de Sueños p. 53, uma das obras de Villarroel

p. 54 - resposta:
«—Esta es –le dije– mi patria. Esta cueva es aquella universidad donde enseñaba el diablo y donde hurtaron la sombra a aquel marqués que se volvió gigote*
—Antes que pasemos adelante –dijo uno–, sepamos por vuestra merced, que es de Salamanca, qué verdad tiene esta historia.

*“¿No has oído decir que me hice tajadas dentro de una redoma para ser inmortal?”, le pregunta el “reconstruido” Enrique de Villena al narrador de El sueño de la muerte, de Quevedo. Cuenta también la leyenda que el “marqués” de Villena burló al diablo, para no quedar a su servicio, haciéndole creer que era invisible y ocultándose en una tinaja (o redoma en otras versiones), y huyendo después tras abandonar su sombra, para que no le delatara. La leyenda de la Cueva de Salamanca, donde el demonio mismo ejercía la cátedra de artes mágicas, ha dejado una larga estela literaria (Cervantes, Alarcón, Rojas Zorrilla, etc.).»

Diabluras gastro[bar]nómicas 
Após a visita à Cueva fomos procurar um local para tirar a fome própria de quem anda em constante movimento. A Plaza Mayor era talvez o destino mas no caminho encontrámos o diabluras numa esplanada em frente ao mercado, Plaza del Mercado, a 200 metros da Praça Maior. Os preços e as tapas eram bastante satisfatórios. Repare-se no nome do bar - diabluras - era o casamento perfeito com a Cueva, donde vinhamos.
Devo dizer que a sua dona, Natividad Pérez, é uma excelente anfitriã e as tapas além de criativas são muito saborosas. Contou-nos que saiu de um restaurante que fazia parte do Guia Michelin por razões que a vida obrigou e abriu o diabluras que tem tido muito sucesso. Vale bem  a pena sentarmos-nos na esplanada e desfrutarmos do que esta cozinheira divinal, ao contrário do diablo, cria. 
Natividad Pérez










Havanos de morcela com molho de maçã: divinal!

Começámos a degustação com um primeiro prato cujo nome era arroz negro com gambão: delicioso. O segundo foi o bacalhau com ervas; o outro era frango com um molho especial, era igualmente delicioso. A sobremesa, Textura de Chocolate é uma espécie de quente e frio com uma base de bolo. Em suma, era tudo divinal, acompanhado com um vinho branco bem fresco, esqueci-me do nome das caves - imperdoável - mas ligava muito bem.













diabluras - Calle Pozo Amarillo 6, 37001 Salamanca, Castilla y León, España.

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