Il a mis le café Dans la tasse Il a mis le lait Dans la tasse de café Il a mis le sucre Dans le café au lait Avec le petit cuiller Il a tourné Il a bu le café au lait Et il a resposé la tasse Sans me parler Il a alumé Une cigarrette Il a fait des ronds Avec la fumée Il a mis des cendres Dans le cendrier Sans me parler Sans me regarder Il s'est levé Il a mis Son chapeau sur la tête Il a mis Son manteau de pluie Parce qu'il pleuvait Il est parti Sous la pluie Sans une parole Sans me regarder E moi j'ai pris Ma tête dans ma main E j'ai pleuré.
Jacques Prévert ( https://trapichedosoutros.blogspot.com/2012/07/dejeuner-du-matin-cafe-da-manha-de.html)
Diogo Muñoz, patente na Exposição Factotum que decorreu de 7 de Junho a 14 de Setembro de 2014 na Fundação Dom Luís, Centro Cultural de Cascais.
Diogo Muñoz, Audrey Hepburn, sd
«Já afirmado a nível internacional, Diogo Muñoz pode ser definido como um artista completo, capaz de dominar a pintura em todas as suas formas e géneros. Grande retratista e pintor hiper-realista ocasional, a arte de Diogo é ainda, e sobretudo, génio criativo.
Falar da sua obra é falar de um mundo à parte, de um universo quase literário, feito de protagonistas e figurantes, de cor, imagens e símbolos, que remetem tanto à realidade histórica como ao imaginário colectivo, tanto à memória como à criatividade pura do artista. Aquela de Diogo Muñoz é uma pintura culta, refinada e extremamente atenta a todos os detalhes. A sua maturidade artística é facilmente reconhecível quer no seu virtuosismo pictórico que consente que jogue com ilusões hiper-realistas dignas de um mestre tardo-barroco -seja na fantasia inventiva, através da qual dá sinal de uma liberdade intelectual e expressiva, que torna a sua arte única e fortemente reconhecível.
Na sua produção mais recente Diogo desenvolveu um percurso de procura, que o levou a atingir um repertório de temáticas e imagens que remetem à cultura Pop assim como a ícones da história da arte. É aqui que, no espaço da tela, se sucedem cenários e personagens que trasladados da realidade histórica entram no presente da tela, no presente do pintor. Mestres do passado como Velasquez e Picasso dialogam com os ícones pop do nosso tempo, aqueles da BD e das revistas ilustradas, criando um vórtice temporal no qual a cultura alta se mescla com aquela das massas, da televisão, do espectáculo, gerando um "pastiche" de anacronismos imagéticos.»
Florença, Setembro de 2012
Giada Rodani, curadora e crítica de arte. [Retirado de um panfleto da exposição].
Audrey foi sempre um ícone para mim, quer no que diz respeito à elegância quer como ser humano, este último reforçado com o desempenho de embaixadora (*) da Unicef.
«O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões de maior calibre e de mais alta esfera; os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento distingue muito bem São Basílio Magno: Non est intelligendum fures esse solum bursarum incisores, vel latrocinantes in balneis; sed et qui duces legionum statuti, vel qui, commisso sibi regimine civitatum aut gentium, hoc quidem furtim tollunt, hoc vero vi, et publice exigunt. Não são só ladrões, diz o Santo, os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos.»
Padre António Vieira, Sermão do Bom Ladrão VI, pregado na Igreja da Misericórdia de Lisboa, no ano de 1655. Versão digitalizada, sublinhado meu.
Aqui fica um pequeno-almoço especial.
Homenagem a Audrey Hepburn que revisitei há pouco tempo
Surpreendida e com a alma nos olhos vi o meu primeiro carro (em segunda mão) passar numa fila de carros "antigos". O Wolseley Hornet que aqui vêem foi projectado a partir do Mini- Morris. Este modelo esteve em vigor de 1961 a 1969. Tive-o nos anos oitenta. Hoje não me teria desfeito do II-35-89.
Wolseley de 1964 [o meu Rolls-Royce... ainda continua lindo]
Wikipedia
Agora tenho-o em fotografia digital!
O tempo do Wolseley era o tempo da Guerra Fria. Arte, cultura, ideias, e política em algumas imagens:
Há uns tempos confundi o filme Chocolate (realizado por Lasse Hallström) com A Fantástica Fábrica de Chocolate (realizado por Tim Burton). Tive a oportunidade de rever "Chocolate" e lembrei-me bem da diferença.
Os dois filmes têm em comum:
- O protagonista Johnny Depp, um ator que muito aprecio pela personalidade que incute aos personagens;
- O chocolate, daí a confusão ser legítima.
Todavia, do segundo filme citado não guardo especial memória mas do primeiro, guardo: a tolerância, o respeito pela diferença, o vento do Norte que tiveram o condão de me encantar.
Porque adoro chocolate, principalmente, o negro, registo uma viagem ao mundo dos chocolates.
Audrey Hupburn uma das minhas atrizes favoritas afirmou:
Let's face it, a nice creamy chocolate cake does a lot for a lot of people; it does for me.
(Imagem daqui)
O narrador do filme Chocolate inicia assim a história:
Once upon a time, there was a quiet little village in the French countryside, whose people believed in Tranquilité - Tranquility. If you lived in this village, you understood what was expected of you. You knew your place in the scheme of things. And if you happened to forget, someone would help remind you. In this village, if you saw something you weren't supposed to see, you learned to look the other way. If perchance your hopes had been disappointed, you learned never to ask for more. So through good times and bad, famine and feast, the villagers held fast to their traditions. til, one winter day, a sly wind blew in from theNorth...
Quando nos sentimos no deserto o chocolate é terapia!:))
Depois do chocolate vem sempre a culpa...
Detalhe da mesa dos Sete Pecados Capiatais, A Gula, de Hieronymus Bosch, Museu do Prado, Madrid.
A imagem foi retirada do site do museu e o detalhe feito por mim.
Audrey Hepburn em terras vizinhas de nuestros hermanos
E que é afinal um rosto "belo"? Que organização dos seus elementos se implica aí, para a beleza oscilar, passada uma raça diferente? A beleza de um rosto é a nossa criação, fundada no contacto ou participação dos elementos que o constituem.
Vergílio Ferreira, Arte Tempo, edições rolim, sd., p. 12, (direção da coleção Eduardo Prado Coelho)
O meu agradecimento especial à Cláudia, da Livraria Lumière, que fez chegar este livro ao meu conhecimento!
You know what's wrong with you, Miss Whoever-You-Are? You're chicken, you've got no guts. You're afraid to stick out your chin and say, "Okay, life's a fact, people do fall in love, people do belong to each other, because that's the only chance anybody's got for real happiness." You call yourself a free spirit, a wild thing, and you're terrified somebody's going to stick you in a cage. Well, baby, you're already in that cage. You built it yourself. And it's not bounded in the west by Tulip, Texas, or in the east by Somaliland. It's wherever you go. Because no matter where you run, you just end up running into yourself.
Picasso - Mulher com um Leque - National Gallery of Art, Washington D.C Fotografia daqui
Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado subtil de se deixar distinguir. Paul Valéry
Audrey Hepburn
A citação de Paul Valéry sobre elegância é para mim das mais interessantes. Hoje, reparei como é tão raro encontrar este arquétipo. Audrey Hepburn encarna este tipo. O que é ser elegante? Tenho para mim que é:
1. Ser simples; 2. Ser natural; 3. Ter sempre um sorriso; 4. Não dizer mal dos outros; 5. Saber estar; 6. Não embaraçar os outros; 7. Não ser soberbo/a; 8. Ser discreto/a; 9. Saber dizer que não se sabe; 10. Ser verdadeiro/a.
I was born with an enormous need for affection, and a terrible need to give it.
Audrey Hepburn nasceu a 4 de Maio de 1929 em Ixelles, Bélgica. Em sua memória escolhi Férias em Roma um dos filmes que protagonizou e com o qual ganhou o Oscar de Melhor Actriz (1953). Dedicou os últimos anos de vida a auxiliar crianças desfavorecidas, sendo embaixadora da Unicef.
Audrey Hepburn no papel de princesa Ana junto à boca da verdade,na igreja de Santa Maria in Cosmedin