Na "estrada", pelo caminho talvez o sol se faça sentir ao som da verdade.
Portishead, Roads
A exposição vai estar até 27 de Novembro de 2011. Não sei de quem é o desenho da tapeçaria que faz parte do convite.
Tomar a lua na mão
agarrá-la
e ser a Senhora da Noite!
Uma amiga, que tem sabedoria, enviou-me este paradigma do amor:
"Gosto de contemplar com Amor.
Olhar com Amor, sentir Amor.
Transmitir Amor."
Blue
Não há mais nada a acrescentar, a beleza está nas palavras. É uma lição sobre a vida.
Grata!
Porque gostei de recordar e ouvir again and again...
Para que o dia seja perfeito o mundo tem que ser maravilhoso. É o meu desejo.
Uma onda mais actual num outro registo
Um tango para dançar...dançar...dançar. :)
Fotografia daqui.
Queria deixar uma catedral de palavras e dou-me conta que a catedral não tem fim. Queria arredondar o edifício, fechá-lo, e dou-me conta, desolado, da impossibilidade desse fecho, dada a inevitável limitação da vida. Não morrerei satisfeito, morrerei com a dor de não ter tido tempo. Construirei uma obra mais duradoira que o bronze, afirmava Horácio: isso julgo que consigo.
António Lobo Antunes, Visão, 14 de Abril 2011.
Um poema lido por ele no final da entrevista:
Todos os homens são maricas quando estão com a gripe *
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisanas e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
António Lobo Antunes
* Corrigi o título depois de ver no Prosimetron, 16/11, às 8:22h
Cafetaria do Museu Nacional Arte Antiga, Lisboa
“Women should stop being or feeling that they are part of the problem and become part of the solution. We have been marginalized for a long time, and now is the time for women to stand up and become active without needing to ask for permission or acceptance. This is the only way we will give back to our society and allow for Yemen to reach the great potentials it has,” concluded
Tawakul Karman. Daqui
Azulejo do Quartel do Carmo, local importante na luta da nossa liberdade (1974), Lisboa
Tawakul Karman foi uma das mulheres agraciadas com o Nobel da Paz. Uma mulher entre mulheres que se destaca na luta pela liberdade, no todo que encerra esta palavra. A cultura ocidental não me deixa compreender totalmente o que é viver num país árabe e segundo as leis do Alcorão.
Círculo de Arte de Toledo, (antiga igreja de S. Vicente, sede da Inquisição)
xxxxxxxxxxxxxxxxxEsvazia o conceito de um povo
xxxxxxxxxxxxxxxxx e chora por não sentires
xxxxxxxxxxxxxxxxx na pele
xxxxxxxxxxxxxxxxx o verdadeiro sentido da vida!
xxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxDeita poeira nos olhos
xxxxxxxxxxxxxxxxxcoloca a cabeça entre os joelhos
xxxxxxxxxxxxxxxxxe chora
xxxxxxxxxxxxxxxxxas lágrimas secas de quem nada vê.
(...) Bandos d'andorinhas passavam arrevoando junto á terra, piando, friorentas, saudades do sol, que deixaram lá em baixo[94] a doirar minaretes agudos, a acariciar palmeiras, que ondulam brandamente as suas folhas em leque, e graves mulheres que passam envolvidas em brancas musselinas transparentes.
Encostada aos vidros da minha janella, eu olhava distrahida... Quem passaria por uma tarde assim?... A lama viscosa e pardacenta parecia querer subir, em maré cheia de tedio, a engolfar o mundo na sua molleza repugnante. Tardes ennodoadas e longas que ennoitam o nosso espirito, fazendo-nos perder a esperança de que jamais um raio de sol ou uma nesga de céo azul venha alvoroçar-nos em sonoridades de risos!
Ana de Castro Osório, "Entardecer", in Infelizes (Historias Vividas). (daqui)
Junto e agradeço a 5 grandes mulheres brasileiras, da Cozinha dos Vurdóns, o sêlo que me ofereceram e que faz parte da vinheta.