18/10/2011

"a incandescência do ser"

Deslumbramento ou o vazio?, Detalhe de Ismael, Augusto Santo, 1889



Museu Nacional de Arte Contemporânea, Museu do Chiado, Lisboa

O abandono?

Incandescência?



António Ramos Rosa não é um poeta fácil.
Neste momento o que me encanta e o que procuro é um texto simples, curto, quase vazio. Recorri ao texto de Eduardo Lourenço sobre o poeta donde retirei dois versos de António Ramos Rosa. Não é preciso mais para encontrarmos a leveza e a serenidade.

É o inconcebível infinito o seu puro nada
que nas palavras ressoa com a incandescência do ser

António Ramos Rosa


Thomas Feiner & Anywhen


13 comentários:

  1. Achei este post bonito, mas difícil.
    O abandono da figura deixa-nos uma certa angústia, uma certa tristeza.
    Gostei da música.

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. A gente fica até sem respirar com tanta perfeição, é linda e transmite quase que na hora o sentimento, como se pudesse falar, gemer, resmungar.

    ADOREI - ADORAMOS
    5bjs grandes

    ResponderEliminar
  3. Adorei este post.
    A escultura transmite-nos uma sensação de abandono, desespero.
    Adorei! Adorei!

    Beijo

    ResponderEliminar
  4. Recorda-me, ana, uns versos de Mia Couto que postei há pouco tempo. Mia fala, justamente, de sermos breves incandescências da vida.
    [também sintonizamos em Pessoa, grande, grande!]
    Beijinho e bom resto de semana.

    ResponderEliminar
  5. Anamiga

    Por onde tens andado que tão lindos olhos tens criado?

    Excelente texto, excelentes fotos, tudo excelente, por conseguinte. É assaz difícil entrar pela poesia de Ramos Rosa. Mas, depois, é um percurso... incandescente.

    Sabes uma coisa: a nossa Travessa não emigrou, muito menos morreu. E a Pulhitica também continua.

    Qjs

    ResponderEliminar
  6. Isabel,
    Gosto muito desta escultura. Havia alguma tristeza no ar... superada pelas palavras de Ramos Rosa.
    Beijinhos e obrigada! :)

    Cozinha dos Vurdóns,
    Obrigada pelo encantamento que sai do vosso comentário.
    5 beijinhos muito especiais. :)))))

    Pedro,
    Obrigada!
    Beijinho. :)

    Carlota,
    Muito obrigada, fico contente porque consegui transmitir essa sensação.
    beijinhos. :)

    Sara,
    Obrigada. Sim, Fernando Pessoa é o meu poeta português, era sem dúvida um poeta que levaria para a ilha. A personalidade dele fascina-me sobremaneira de tal modo que o escolhi para abrir este blogue. Inicialmente tinha uma citação maior, ligada ao sonho, mas modifiquei-a porque cada vez mais gosto de minimalismo.
    Mia Couto é um escritor e poeta que também gosto. Conheço mais a prosa do que a poesia dele.
    Beijinho e boa semana! :)

    Henrique,
    Muito obrigada pelas palavras tão amáveis que deixa, fico mesmo "sem jeito".
    Não me esqueço do seu espaço rico em criatividade e mordacidade.
    Aparecerei. Prometo!

    Beijinhos! :)

    ResponderEliminar
  7. Adorei! Sobretudo a música, que não conhecia.
    Obrigada pela partilha.
    Beijo

    ResponderEliminar
  8. Virgínia,
    Obrigada pela visita, já tinha saudades. :)
    Bjs.

    ResponderEliminar
  9. Mais tristes são os pássaros

    que nãou ousam

    ResponderEliminar
  10. Mar Arável,
    Impressionou-me o seu comentário.
    Tem razão, os pássaros não se desnudam.
    Bjs. :)

    ResponderEliminar
  11. Muito Bom Ana.
    Ramos Rosa pode não ser um poeta fácil mas é muitoooooo, BOM!

    ResponderEliminar
  12. Obrigada, George Sand pela sua visita e comentário.
    :)

    ResponderEliminar

Arquivo