14/10/2011

É caso para lembrar Saramago...

Rio Tejo


«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos.»

José Saramago, Cadernos de Lanzarote, Diário III, Lisboa: Caminho, 1998, pág. 148

8 comentários:

  1. Realmente é caso. a frase se encaixa nessa situação feia em que se encontra Portugal.
    E que os olhos continuem abertos, bem abertos...

    5 bjs grandes, nesses momentos em que ficamos em pé.

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  2. ana,
    Não é segredo que não gosto nadinha do Saramago.
    Mas, nalgumas coisas que dizia, ele tinha razão.
    Esta era uma delas.
    Esperemos que a fúria das privatizações não dê o mesmo buraco (está na moda) que deu a fúria das nacionalizações.
    Bjs

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  3. Ana,
    Eu, ao contrário do Pedro, gosto de Saramago. E este texto vem muito a propósito.

    Beijo :)

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  4. Cozinha dos Vurdóns,
    São sempre os mesmos que pagam a crise, que têm que fazer sacrifícios. Há uma falta de respeito e humanidade.
    Beijinhos, 5!:)))))

    Pedro,
    Ontem não foram só as privatizações a estar na ordem do dia, foi a má notícia que nos entra no bolso. Sentimos que trabalhamos há anos e sem recompensas, perdem-se privilégios adquiridos no princípio do século passado. Exigem-nos produção mas sem incentivos. Cortes nas despesa é a palavra chave.
    Não se responsabilizam os governantes só os governados.
    Beijinhos. :)

    AC,
    O propósito foi a minha intenção.

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  5. Embora Saramago não seja dos preferidos, neste excerto tem razão.
    As coisas estão más, irão ficar feias, mas iremos conseguir levantarmo-nos de novo.
    Beijo

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  6. Caríssima ana
    felizmente, esses ainda não são bens privatizáveis, pelo menos, a maioria deles. Incentivemos, pois, à partilha dos sonhos, principalmente dos diurnos, que podem ser fonte inspirada para as muitas soluções de que precisamos.

    Um abraço e os votos de um bom fim de semana.

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  7. Mar Arável,
    Pois claro e não passei a parte mais dura deste trecho... :))

    Carlota,
    Saramago era uma pessoa difícil. Gosto de alguns livros dele.
    Superemos sim, mas temos que nos indignar.
    Bjs. :)

    R,
    Sim. Felizmente são bens intocáveis, mas deram força e intensidade ao texto que é um grito contra os nossos governantes.
    É uma ironia inteligente.
    Bom fim de semana R, um abraço!:)

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