22/06/2010

Da Admiração... ou Paixão!

Quando algo nos surpreende, admiramo-lo. Aconteceu com as flores caídas do céu, acontece quando conhecemos alguém que alimenta a nossa curiosidade e nos fortalece com a sua luz e sabedoria.
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Flores vindas do céu.
Londres, a caminho de Strafalgar Square, 2008.

ART. 53 - A admiração

Quando o primeiro contacto com qualquer objecto nos surpreende, e o julgamos novo ou muito diferente do que até então conhecíamos ou do que supunhamos que deveria ser, isso faz que o admiremos e nos surpreendamos com ele. E, isso pode acontecer sem que nada saibamos sobre a utilidade ou nocividade desse objecto, parece-me que a admiração é a primeira de todas as paixões, e não tem contrário, porque, se o objecto não tem em si nada que nos surpreenda, não somos afectados por ele, e consideramo-lo sem paixão.
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Descartes, As Paixões da Alma, Lisboa: Sá da Costa, 2008, p.116 (trad. e notas Newnton de Macedo)

5 comentários:

  1. Vim só dizer-hhe que a admiração/paixão me acontece muitas vezes com a arte, com a poesia, um livro ou a dança.

    :)

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  2. Em absoluto, Ana! A admiração é a centelha que precede variadas chamas.
    Também gostei da fotografia. Curiosamente fiz o mesmo percurso em 2008. Talvez por ter sido em Outubro, não deparei com as flores :) (Coincidências...)
    Abraço!

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  3. R,
    Adorei Londres e as suas multicores em apontamentos florais e não só.
    Vi as flores porque foi em Agosto e passo a vida a olhar para o céu, já tive dissabores por causa disso. :)

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