Uma viagem pela arte da Índia desde 1570 a 1660, sob a égide de quatro imperadores, Akbar (1555), Jahângir (1605), Shâh Jahân (1627) e Aurangzeb (1658).
15 x 10,5 cm
DanseusesKathak (c.1675), Victoria and Albert Museum, Londres
Danseuses
Conformément à une très ancienne tradition des Indes, la danse, plus que toutte autre forme d'art, connut une nouvelle ère de succès. Mais, sous la dynastie moghole, elle tomba dans le mépris parce qu'étrotement associée aux moeurs des femmes légères.
George Lawrence, Artes des Indes. Paris: Fernand Hazan. 1963,s/nº p.
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Prince trônant choisissant un fruit, Asie centrale, 1550-1575; Institut du Monde Arabe
Khamsah de Nizami, Layla et ses compagnes dans un jardin, Inde moghole, vers 1640-1645; Institut du Monde Arabe
Detalhe do mosaico que representa a Virgem Maria e Jesus no trono, na Basílica de Santa Sofia, em Istambul, antiga Constantinopla.
No reverso vê-se o mosaico completo, o imperador Constantino apresenta o modelo da cidade murada (direita), e o imperador Justiniano oferece a Basílica de Santa Sofia (esquerda).
Antes de mais, porém, como distinguiremos amizade e amor? A distinção que mais espontâneamente nos ocorre - é que o amor exige relações sexuais ou sempre tende para elas. Portanto implica uma poderosa acção dos sentidos. A amizade, não. Também espontâneamente nos ocorre que o amor é uma afeição mais intensa, mais apaixonada, mais exclusivista. Consequentemente, porventura mais efémera. Ao passo que a amizade é mais serena e persistente, - porventura menos egoísta por isso mesmo mais da ordem intelectual e do moral. Perfeitamente se concebe (e a realidade no-lo faz admitir) que um indivíduo tenha simultâneamente várias amizades. Muito mais difícil nos é aceitarmos que tenha simultâneamente vários amores. (...)
José Régio, Confissão de Um Homem Religioso. Porto: Brasília Editora, 1971, (volume póstumo) p. 159-160.
Uma partilha após o comentário de Bea ao poema Câmara Clara.
Leituras junto ao pelourinho (datado de 1620), Ourém
Pietro Rotari, detalhe, Jovem com livro, (pinterest)
1896 - Royal Museum of Fine Arts Antwerp, http://arthistoryproject.com/artists/james-ensor/the-skeleton-painter/
Retratos desfeitos
Dúbio como Janus,
duas caras
duas máscaras de teatro
duas faces: uma branca outra negra
pintadas com esgar,
carregadas com o peso da tinta
enganadora.
A paleta no chão,
os tubos de tinta abertos
espalhados no soalho,
o cheiro a terebentina e a
resina marcam a indefinição
abstracta surgida na tela.
Um torso?
um corpo?
ou apenas retratos desfeitos?
Retratos desfeitos.
No amor o que se quer é parar o amor. No momento em que mais se ama ou quando não se pode ser amado. “Quero parar aqui”. O tempo mata. O corpo quando se move já está a morrer. A fugir. A passar para outro corpo. “Quero parar-te agora, assim”. O tempo é um movimento dentro das coisas. [Introdução.] Miguel Esteves Cardoso (texto), Gérard Castello Lopes (fotografia) – “As Lorelei de João Cutileiro”. Porto: Editora, Porto, 1989.
Esculturas de João Cutileiro *
Vê-se na água escura de onde vem. Vê-se feliz, de corpo inteiro, em todas as posições, com todas as idades, menina mais uma vez, sorrindo na água-mãe.
[s/n p.]
O coração não chega para
o que sente. Desfaz-se
em lágrimas e parecem-lhe
poucas. O corpo inteiro
é uma lembrança de um
outro que já teve. [s/n p.]
Perto dos olhos pára uma
parecença de verdade.
Ninguém tem os olhos
errados.
Olhos de amor são olhos
de quem tem medo de
morrer. Olhos parados. [s/n p.]
*As fotografias são minhas, do livro, e não fazem justiça às fotografias de Gérard Castello Lopes.
(...) neste nosso mundo antes vemos triunfar a injustiça, a crueldade, o egoísmo, o desamor. Neste nosso mundo são frequentemente os piores que vencem, os melhores os vencidos.
José Régio, Confissão de Um Homem Religioso. Porto: Brasília Editora, 1971, (volume póstumo) p. 117.
Jules Joseph Lefebvre, Bras croisés sur la poitrine, retirado do Pinterest
A verdade e a mentira: a verdade do pregador e a mentira dos ouvintes. As tres especies de mentiras com que os escribas e fariseos hoje contradisseram, caluniaram e quizeram afrontar e deshonrar o Filho de Deos.
(...) No Maranhão até o sol e os céus mentem porque no Maranhão não há verdade.
Sermoens do Padre Antonio Vieyra da
Companhia de Iesu, Prégador de Sua Magestade Quarta Parte, Lisboa: Na officina de Miguel Deslandes,
MDCLXXXIII, - Sermam da Quinta Dominga da
Quaresma: Na Igreja da Cidade de São Luis
do Maranhão. Anno 1654, fls (291 a 317), 292
A mentira e a verdade
A mentira dos amantes e a verdade dos amigos
são como os céus do Maranhão,
vislumbrados por Vieira:
os primeiros são doces e amargos
e os segundos dolorosos.
A mentira dos amantes que pregam o amor e a sedução.
A verdade dos ouvintes que tudo ouvem e nada crêem.
A mentira sob a égide do poder frágil e breve.
A verdade sob o escudo da amizade.
A mentira do fogo que arde e se volatiliza.
A verdade da água que brota da nascente.
A mentira do amor que se dissipa
e a verdade do afecto consolidado.
A raiva e o ódio do primeiro.
A estima e o apreço do segundo.
A mentira abismo.
A verdade cubo gelado.
Qual é melhor?
A verdade ou a mentira?
A mentira ou a verdade?
Verdade.
ana
Radiohead - duas canções Creep e Fake Plastic Trees, duas músicas da banda que mais gosto.
Passo muito depressa no país de Caeiro Pelas rectas da estrada como se voasse Mas cada coisa surge nomeada Clara e nítida Como se a mão do instante a recortasse