26/07/2012

Em movimento

Em movimento... A melhor parte da vida é quando se anda em movimento pelo que se descobre, pelo que se encontra... 
Até já e boas férias para todos!

Não é para Paris...

25/07/2012

Um livro improvável..."A Delicadeza"

Imagem retirada do site da Presença (editora)

Um livro improvável... Porquê este livro? [Interroguei-me a mim própria]. A resposta encontrei-a sem fechar os olhos: porque vivemos num tempo em que a delicadeza está esquecida, mesmo entre as pessoas que menos esperamos. No entanto, foi a citação que li na página 94 que me levou à decisão final.
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Pensamento de um filósofo polaco

Há pessoas formidáveis
que conhecemos no momento errado.
E há pessoas que são fomidáveis
porque as conhecemos no momento certo.

David Foenkinos, A Delicadeza, Lisboa: Presença, 2011, p. 94

O livro foi transposto para o cinema pelo autor do livro: David Foenkinos e pela sua irmã, Stéphane. Não vi o filme. Todavia, a actriz principal é a protagonista de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", Audrey Tatou que contracena com François Damiens.
A imprensa francesa destacou o livro do seguinte modo:

«Foenkinos conseguiu realizar uma missão impossível: fazer sorrir e refletir com um romance de amor. Os seus diálogos, como as situações que descreve, são suculentos…e delicados. Um livro que se deve ler e oferecer.»
Le Fígaro.
«O único romance selecionado para todos os prémios da rentrée literária (Médicis, Renaudot, Femina, Interallié e Goncourt).»
La Tribune.

Música do filme: Emilie Simon

23/07/2012

"É preciso"

Porto


É preciso atravessar o medo o deslumbramento o impossível. 

 Vergílio Ferreira, em nome da terra, Lisboa: Bertrand, 2004, p.117

21/07/2012

Há dias [im]perfeitos!

 

Just A Perfect Day,
Drink Sangria In The Park, And Then Later,
When It Gets Dark, We Go Home.
Just A Perfect Day,
Feed Animals In The Zoo Then Later,
A Movie, Too, And Then Home.

Oh It's Such A Perfect Day,
I'm Glad I Spent It With You.
Oh Such A Perfect Day,
You Just Keep Me Hanging On,
You Just Keep Me Hanging On.

 Just A Perfect Day,
Problems All Left Alone,
Weekenders On Our Own.
It's Such Fun.

Just A Perfect Day,
You Made Me Forget Myself.
I Thought I Was Someone Else,
Someone Good.

Oh It's Such A Perfect Day,
 I'm Glad I Spent It With You.
Oh Such A Perfect Day,
You Just Keep Me Hanging On,
You Just Keep Me Hanging On.

You're Going To Reap Just What You Sow,
You're Going To Reap Just What You Sow,
You're Going To Reap Just What You Sow,
You're Going To Reap Just What You Sow...

Grata a todos! :)

19/07/2012

A fragrância das rosas

Há alturas em que precisamos de cheirar as rosas porque o perfume que nos rodeia não tem qualquer fragrância. 

John William Waterhouse, The Soul of the Rose or My Sweet Rose, 1908


Colhe à passagem uma flor sem se deter, no ondeado da aragem que a leva. E na outra mão segura contra o peito um açafate de mais flores. Mas tudo nela é aéreo e dócil.

 Vergílio Ferreira, em nome da terra, Lisboa: Bertrand, 2004, p. 127

17/07/2012

Colo de pedra


Detalhe, Escultura do edifício do Museu do Louvre, Palácio do Louvre




Como é extraordinário que o sentir mais intenso não se saiba dizer.

 Vergílio Ferreira, em nome da terra, Lisboa: Bertrand, 2004, p.160.


15/07/2012

A arte do Retrato para a Margarida!

Columbano Bordalo Pinheiro, Retrato de Ida Bordalo Pinheiro e Virgínia Lopes de Mendonça (1910) 



[Columbano] Mostra-nos uma sobrinha sentada, virada de frente, concentrada sobre a leitura de um livro, enquanto atrás de si, espreita a outra sobrinha, encarando furtivamente o espectador. A que está a ler é provavelmente Virgínia (1881-1969), que foi escritora de contos infantis. As duas estão elegantemente vestidas, em traje de passeio, denotando a efemeridade do momento captado, o que é comum a muitos retratos de mulheres na obra de Columbano (...).
O quadro foi pintado de uma forma larga, sem detalhe, num estilo vaporoso que recorda os retratos de Besnard ou de Sargent, que Columbano admirava. (...) Na obra de Columbano não havia a mesma leveza mundana que existia nas obras de outros artistas (Sargent ou Boldini, por exemplo), e os seus retratos são geralmente ensombrados pelo peso da realidade. 

Margarida Elias, Columbano no seu Tempo (1857-1929), Tese de doutoramento apresentada na Universidade Nova, Lisboa,.  p.319-20


Margarida Elias, na sua tese, defendeu brilhantemente as influências internacionais e a especificidade da pintura de Columbano Bordalo Pinheiro.
Sendo apenas uma apaixonada pela arte deixo, à Margarida, uma visão sobre pintores do crítico de arte Fernando Flórez que julgo se pode aplicar a Columbano.
Gosto muito deste retrato de Ida e de Virgínia pois tem uma atmosfera tão interessante!
Obrigada Margarida pelo barco de Papel. :)


István Orasz, Horror vacui (horror ao vazio), 2006*

El artista avanza, retrocede, se inclina, entorna los ojos, se comporta con todo su cuerpo como um accesorio de su ojo, se convierte entero en órgano de visión, enfoque, regulación e puesta a punto.

Fernando Castro Flórez (crítico de arte), El dibujo como forma de pensamiento,Catálogo da exposição nulla dies sine, Dibujo Español Contemporáneo, Madrid:Ministerio da Cultura, 2010, p.17. 





* Juntei a ilustração de István porque joga com as palavras de Flórez.

13/07/2012

Coincidências

Ontem ao descer uma das escadas da cidade encontrei um barquinho de papel. apanhei-o, sorri, e guardei-o.
Um barquinho para nos levar a viajar. Sonhei com a ida a Veneza, agora um sonho adiado. Da Biblioteca Municipal havia trazido o livro de Steve Berry, A Traição Veneziana. O cenário veneziano entrara assim, nas minhas leituras.
À tarde, tinha em casa um presente que era a oferta de uma viagem a Veneza. A minha amiga Cláudia Ribeiro, da Livraria Lumière, enviou-me o roteiro de Veneza, ofereceu-me a viagem sonhada. Obrigada Cláudia por Veneza ter entrado em minha casa. Há quem diga que não há coincidências!

Jane Gatti deixou-me roubar este poema que casa muito bem com este presente, pois abriu a minha janela de par em par para ver a poesia de VENEZA. 


Emergência 


Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
- para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.

Mário Quintana daqui

Praceta San Marco, Fotografias do roteiro são do Archivio Plurigraf*.
O barquinho, a sua base mede 2 cm (eu não conseguiria fazer um tão pequenino)


Vista do Canal Graad da Riva del Vin*


Roteiro de Veneza e o livro de Steeve Berry


Vista panorâmica sobre a punta della Doganae sobre a Igreja da Salute, Veneza*


Morte em Veneza revisitado, revisitado... pois é um dos filmes (e livro) da minha vida


Flores para a Cláudia. :)

11/07/2012

La plage, l'horizont

Deslumbramento, Alicante

Quand sur la plage tous les plaisirs de l'été
Avec leur joie venaient à moi de tous côtés
À cet image de la plage ensoleillée
C'est bien dommage mais les amours de l'été
Bien trop souven craignent les vents en liberté
Mon coeur cherchant sa vérité
Vien faire naufrage sur la plage désertée
Le sable et l'océan, tout est en place
De tous nos jeux pourtant je perd la trace
Un peu comme le temps, la vague éface
L'empreinte des beaux jours de notre amour
Mais sur la plage le soleil revien déja
Passer le temps, le coeur content reprends ses droits
À l'horizont s'offre pour moi
Mieux qu'un mirage une plage ensoleillée
***
Le sable et l'océan, tout est en place
De tous nos jeux pourtant je perd la trace
Un peu comme le temps, la vague éface
L'empreinte des beaux jours de notre amour
Mais sur la plage le soleil revien déja
Passer le temps, le coeur content reprends ses droits
À l'horizont s'offre pour moi
Mieux qu'un mirage une plage ensoleillée
(retirada do youtube)

 

09/07/2012

"Vivemos num paradigma errado"

No Jornal de Letras li uma entrevista interessante sobre Cultura e Crise. Dela retirei este trecho:

"JL: Numa época de grande crise, porque é que a cultura é importante?


Jorge Barreto Xavier: Vivemos num paradigma errado sobre a presença da cultura na vida das diferentes sociedades. Pensamos e agimos como se a cultura fosse algo que só se pudesse cumprir quando outras coisas estão alcançadas. Hoje a coesão social exige e necessita como prioridade a construção de identidades e perspetivas societárias comuns. E isso só pode ser conseguido através da cultura. Esta não pode ser vista como algo que se dá quando tudo está resolvido. Aliás, se pensarmos assim, nem resolvemos as outras coisas. A questão da cultura, independentemente de ser política e pública, deve ser vista como preponderante no debate público- A cultura gera emprego, visibilidade, competitividade económica e riqueza. "

Ler maishttp://visao.sapo.pt/jorge-barreto-xavier-a-cultura-e-a-crise=f673519#ixzz2017Trka


07/07/2012

No Jardim da Sereia ...

Ontem no Jardim da Sereia a Myra esteve presente, apesar de ser só em pensamento.

Jardim da Sereia, Coimbra, Festas da Rainha Santa Isabel
envelhecem apenas os que não olham 
e não escutam 
 o caminhar de anos 
se veste de sonhos 
é a derrota dos pesadelos. 

Myra Landau 

Obrigada Myra pelo poema que acompanha a derrota dos pesadelos. Já está no lado esquerdo desta janela.
Ontem, nas festas da cidade, ouvi Carlos Gardel e vi o tango dançado divinamente!

 

06/07/2012

Forever...



May God bless and keep you always 
May your wishes all come true
May you always do for others
And let others do for you
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung
May you stay forever young
(...)

04/07/2012

"Derrota dos Pesadelos"

Myra Landau, Derrota dos Pesadelos, 2012


Estrelas cadentes iluminaram o Céu e a Terra 
em perfeita harmonia. 
Após a ira dos mares, chegou da Terra Prometida
a fragrância dos sonhos que digladiam os pesadelos. 
Então, a luz em diáspora tocou no centro do Universo. 


Obrigada Myra pela beleza! 




DEIXA QUE A VIDA TE ACONTEÇA. ACREDITA - A VIDA ESTÁ SEMPRE CERTA
Rainer Maria Rilke, pela mão de João Menéres a quem também agradeço.

02/07/2012

"Nulla die sine linea."


"Nulla die sine linea. Ni un solo día sin una línea",
Citação atribuida a Plinio el Viejo, 23-79 a.C.

Plinio contaba la historia de Apeles de Colofón, pintor oficial de Alejandro Magno, quien tenía el hábito sistemático de no dejar pasar ni un día sin praticar su arte trazando al menos una línea. Una de estas líneas que trazó en una tabla donde otros estaban dibujando era tan fina que nadie pudo reproducirla. Existe algo más elemental y a la vez poderoso en el arte que el trazado de una simple línea?

Catálogo da exposição nulla dies sine linea, Dibujo Español Contemporâneo, Madrid: Ministerio de Cultura, p. 9.

Ser imperfeito é fácil, difícil é atingir a perfeição.

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