28/11/2010

Não dês nada...

Dá rosas, rosas, a quem sonha rosas!


Dá rosas, rosas, a quem sonha rosas!
Ou não dês nada, que sonhar é tudo.
As flores naturais e preciosas
São as que eu sonho, transtornado e mudo.

Dá rosas, rosas, só em pensamento,
A quem não tem no mundo mais jardim
Que aquele que há entre o desejo e o intento
E onde haja as rosas que me dás a mim.

Fernando Pessoa, Poesia 1931-1935 e não datada , Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006

7 comentários:

  1. Sandra,
    Muito obrigada e desejo também um bom Domingo! :)
    Beijinho.


    Margarida,
    Desta vez só dei ênfase à escrita não procurei uma tela, às vezes precisamos mais das palavras.
    Beijinho. :)

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  2. Olá Ana, lindo...lindo...

    E eu preciso de uma rosa...que não seja retirada de uma roseira....;)

    Um beijo grande

    Blue

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  3. Olá Blue.
    Então aqui tem a rosa... uma, duas, muitas!
    Beijinho!

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  4. O quotidiano é inclemente para muita gente.

    Ña actual conjuntura, há dois registos a ter em conta:
    - o da satisfação das necessidades básicas;
    - o da elevação cultural.

    O contexto em que FP escreveu este poema é compreensível e seria óptimo que respondesse em pleno às necessidade superiores dos desvalidos.

    Bjs

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  5. JPD,
    Obrigada pelas suas palavras recheadas de sentido!
    FP é uma das minhas paixões.
    Abraço!

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