13/07/2015

Passado e o Presente / a Imagem e as Palavras

À Myra, ao João e a José Pinheiro dou os parabéns pelo livro bonito que concretizaram
Ao receber o livro e após a sua leitura sentei-me a pensar: o que é que ele me trouxe, qual o seu impacto? Provocou-me? 
As minhas escolhas recaíram nas imagens e nos versos que apresento. 
Foram as imagens ou as palavras que ditaram a escolha? Foram ambas, contudo, a escrita teve importância, sim. O que me levou a lembrar o filme protagonizado por Juliette Binoche e Clive Owen: Falar de Amor. Nele conclui-se que nem é mais importante a imagem, nem a escrita mas a simbiose perfeita entre as duas. 

Os versos e as imagens que escolhi provocaram o meu sentido estético. Não pude deixar de ligar o presente ao passado, a imagem como reflexo da nossa visão sensitiva e cognitiva, o espelho como reflexo de um eu mais profundo e invisível. 
O PASSADO / PRESENTE, daí a escolha da tapeçaria A Dama e o Unicórnio (Visão) e o Banho, atribuído a Van Eyk, a presença do espelho como a consciência da alma para acompanhar o Reflexo.

REFLEXO
vertigem
queda sem fim
espelho de luz
confronto de mim

Myra Landau e João Menéres, Imagini, Edição www.qualquerideia.com, ( Introdução e textos de José Pinheiro) 2015, p. 17,18 e 19.


.            O banho ou a Toilette, Atribuído a Van Eyk
   https://en.wikipedia.org/wiki/Woman_Bathing_(van_Eyck)
Detalhe da tapeçaria Pastrana, A Dama e o Unicórnio, A visão, Museu de Cluny, Paris.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Lady_and_the_unicorn_Sight_det1.jpg


Nas imagens que se seguem vi a mulher, centro do amor e da arte. 
Myra escreveu: amar demais dói...amor amor... Escolhi a tela de António Ramalho por causa da cor do atelier onde o escultor cria a mulher/amor e ainda a Eva de Memling que está presente na fotografia e nos versos. A nudez sugerida representa o amor.

MULHER
eva que fora
era eu sem ser
seria ela
sem eu saber?

Myra Landau e João Menéres, Imagini, Edição www.qualquerideia.com, ( Introdução e textos de José Pinheiro) 2015, p.  33, 34 e 35

António Monteiro Ramalho, 
o escultor Alberto Nunes no seu atelier, 1887                      Hans Memling, Eva, c.1485

                      Museu José Malhoa, Caldas da Rainha                   Kunsthistorisches Museum, Viena


6 comentários:

  1. ~~~
    ~ ~ Uma inteligente homenagem ao talento artístico, do passado e presente,
    realçando o livro interessante e original da Myra e dos amigos colaboradores.

    ~~~~ Beijinho, grato pela bela divulgação. ~~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  2. Obrigada, Majo por gostar das minhas extrapolações ou visão sobre o livro.
    Beijinho. :))

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  3. Parabéns pelo post!

    Acho sempre muito interessante como consegues interligar as coisas!

    O livro é lindo e os autores estão de parabéns! Com esta autoria só podia ser um belo livro!

    Beijinhos:)

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  4. Aninhasamiga

    Este comentário já consta de mais blogues. Entretanto decidi publica-lo aqui, mesmo sem ter nada que ver com (mais ) excelente post. Mas parece-me que isso não é pecado; pecado é o que disse o nosso primeiro

    Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo…
    O nosso primeiro, o Coelho, assegurou esta segunda-feira, em Bruxelas, que "Portugal manteve sempre uma atitude muito construtiva" nas negociações com a Grécia e apontou que foi inclusivamente uma ideia sua que ajudou a desbloquear o último obstáculo.

    Poucas horas depois surgiu a hashtag (#) #PorAcasoFoiIdeiaMinha” e as piadas não param de surgir, estando este tópico entre os mais populares do dia no Twitter. "Ir além da Troika” #PorAcasoFoiIdeiaMinha", "Aprovar orçamentos inconstitucionais” #PorAcasoFoiIdeiaMinha", "A cura para a sida? #PorAcasoFoiIdeiaMinha” ah, mas ainda não descobriram? Não faz mal, quando lá chegarem fui eu", "O 25 de Abril ? #PorAcasoFoiIdeiaMinha", "A Operação Marquês?#PorAcasoFoiIdeiaMinha".

    Entretanto na primeira entrevista após deixar o Ministério das Finanças, Varoufakis falou da “completa falta de escrúpulos democráticos por parte dos supostos defensores da democracia na Europa” e acusa os governos de Portugal e Espanha de serem “os mais energéticos inimigos do nosso governo”.

    “Desde o início, esses países [os mais endividados] deixaram bem claro que eram os mais enérgicos inimigos do nosso governo(…). E claro que a razão era que o seu maior pesadelo era o nosso sucesso: se conseguíssemos um acordo melhor para a Grécia, isso iria obliterá-los politicamente..". respondeu Varoufakis na entrevista à “New Statesman”.
    Coelho não se interessou por tudo isto; temos homem.

    Qjs do alfacinha

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