Uma iniciativa interessante e que entra pelos olhos dentro. Entre as várias criações - que podem ver no link abaixo registado - escolhi esta por achar que a ligação à livraria é perfeita, para não falar na simbologia em causa. Precisamos de luz para viver inteligentemente.
O Clube de Criativos de Portugal existe há 16 anos e tem como objectivo premiar o que de melhor se faz em criatividade comercial em Portugal.
Nesse sentido, o Clube lança anualmente um tema que, em 2015, envolve o convite às livrarias icónicas de Lisboa e Porto na integração do projecto. No Porto, trata-se da INCM, Leitura Bulhosa, Poetria e Lumière.
Num tempo em que a urgência impera no tom e na forma, "URGENTE É A POESIA" impôs-se como tema, porque é urgente a inspiração, a renovação e a arte, que a rotina - ou o mercado -, nos vai fazendo esquecer ou que, cada vez mais, é urgente contrariar.
A forma encontrada para materializar esse conceito, foi a criação de um laço entre o Design e as livrarias, tornando-as no objecto da intervenção. Ou, por outras palavras, a Poesia do Design serve de mote para a atribuição de montras de livrarias a designers e ateliers nacionais que nelas trabalharam, alguns dos profissionais mais reconhecidos nesta área.
Partindo e valorizando a literatura poética disponível em cada livraria intervencionada, esta parceria visa, para além da promoção dos artistas envolvidos, a das próprias livrarias, chamando a atenção do público para as suas montras e induzindo-o para a descoberta e compra dos livros.
A vertente do vitrinismo é assim assumida como forma de comunicação e captação do interesse e do olhar de quem por elas passa.
Ver aqui o projecto Livraria Lumière
Gosto de contrastes e é assumidamente entre estes dois mundos: o da criatividade comercial e o da arte pura que trago aqui alguma luz.
URGENTE É A POESIA: Iosif Landau é poeta e irmão da pintora Myra Landau. No link assinalado encontra mais poesia.
ERA UMA VEZ
Meus doze anos, calças curtas,
pele luminosa, seda do oriente,
olhos castanhos, cerejas maduras,
perfume de macieira, inocência.
Como a mãe em vigília,
dias escorrem em silêncio,
a grama por onde ando
esconde meus passos,
estrelas longe do meu alcance,
visões, idéias e pensamentos
em minha mente flutuam,
mão do destino guia.
Lendas de reis e princesas,
Excalibur e a Dama do Lago,
abrem as portas da casa escura,
flautas e oboés, Puck dança,
flores surgem da terra,
visão floresce,
ela deitada ao meu lado, encanto
Meu rosto vincado,
mapa do meu passado,
vida de longo caminho,
já fui criança,
mãe, me abraça.
Iosif Landau
Se não fosse a "Lumière" não tinha descoberto este cantor : Calogero Joseph Salvatore Maurici, conhecido como Calogero é um cantor francês. Entre a canção e a declamação poética a fronteira é ténue.
Gosto de contrastes e é assumidamente entre estes dois mundos: o da criatividade comercial e o da arte pura que trago aqui alguma luz.
A arte puramente pela arte - foi com alegria que recebi os raios de Sol da Myra.
ERA UMA VEZ
Meus doze anos, calças curtas,
pele luminosa, seda do oriente,
olhos castanhos, cerejas maduras,
perfume de macieira, inocência.
Como a mãe em vigília,
dias escorrem em silêncio,
a grama por onde ando
esconde meus passos,
estrelas longe do meu alcance,
visões, idéias e pensamentos
em minha mente flutuam,
mão do destino guia.
Lendas de reis e princesas,
Excalibur e a Dama do Lago,
abrem as portas da casa escura,
flautas e oboés, Puck dança,
flores surgem da terra,
visão floresce,
ela deitada ao meu lado, encanto
Meu rosto vincado,
mapa do meu passado,
vida de longo caminho,
já fui criança,
mãe, me abraça.
Iosif Landau
Se não fosse a "Lumière" não tinha descoberto este cantor : Calogero Joseph Salvatore Maurici, conhecido como Calogero é um cantor francês. Entre a canção e a declamação poética a fronteira é ténue.
O projecto da livraria é simplesmente fantástico!!
ResponderEliminarBeijinhos
Também achei, Pedro.
EliminarBeijinho.:))
Ana, é com muita satisfação que vejo aqui publicitada a instalação colocada na Lumière e restantes livrarias. E tão bem acompanhada pelas suas palavras, pelo poema, pelo vídeo, a pintura é que nõ consegui ver!
ResponderEliminarÀ noite, o efeito das luzes é bem notório!
Um dos objectivos era chamar a atenção para o estabelecimento comercial em causa - a Livraria Lumière - e tal está a ser conseguido.
As pessoas param, comentam, ficam admiradas, perguntam o que é, sorriem, felicitam pela iniciativa, perguntam se vai ficar sempre assim... Mas é apenas até ao dia 10 do corrente.
O Clube de Criativos de Portugal é que está de Parabéns, não nós! Nós apenas aceitámos o desafio...
Um beijinho iluminado!...:))
Cláudia,
EliminarA instalação é o máximo. Que gira intervenção e interpelação.
Agradeço também porque à procura de uma canção que se casasse bem, encontrei um cantor francês para mim desconhecido. De forma que aprendi com a luz que emana da livraria.:))
Beijinho.
agradeco-te infinitamente ter colocado o poema de meu irmao, aqui entre os poetas escritores e adorei a LIBRaiRIE!!!!!
ResponderEliminarfiquei emocionada...
grande beijo!
:)) Querida Myra gostei muito deste poema. Fico feliz por ter gostado.
EliminarBeijinho grato pela pintura e o poema.:))
Gostei muito do poema. Bjns!
ResponderEliminarObrigada, Margarida. Também me encantei com ele.
EliminarBeijinho. :))
Que belo conjunto aqui trouxeste!
ResponderEliminarNão consigo ver a imagem da Myra, só vejo uma cruzinha pequenina. Não sei se é do meu computador...
Belíssima livraria!
Acho que conheço a dona...mas gostava mesmo era de conhecer a livraria! Ah!Ah!Ah!
Beijinhos:)
Obrigada, Isabel.
EliminarEspero que vejam. Vou introduzi-la de novo.
Pois é, e é que vale a pena.:)))))
Beijinho.
~
ResponderEliminar~ ~ Uma postagem muito interessante, Ana.
~~~ Com destaque para o belo poema. ~~~
~~~~~~ Beijinhos. ~~~~~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Obrigada, Majo por gostar do poema do meu registo.
EliminarBeijinho. :))
Agora já se consegue ver a pintura.
ResponderEliminarÉ muito bonita:)
Beijinhos:)
Obrigada, Isabel.
ResponderEliminarPois vi sempre a pintura e não me tinha apercebido que não se via.
Beijinhos.:))
Nas verdades improváveis
ResponderEliminarurge criar recriar
sem muros nem amos
Criar e recriar é um acto de liberdade.:))
ResponderEliminarBoa noite.
Acesas do lado direito, bem como no esquerdo(ontem)- intermitentes, e com algumas já vítimas de vandalismo.
ResponderEliminarElias Teles,
ResponderEliminarMuito obrigada pela visita.
É lamentável que algumas já sejam vítimas do vandalismo.
Boa noite. :))
Iniciativa de louvar e de continuar para criar hábitos...além da oportunidade que estas iniciativas dão aos criativos, muitas sem possibilidades de mostrar o seu talento.
ResponderEliminarÉ verdade, Agostinho.
ResponderEliminarMesmo que se vandalize, como parece que já aconteceu, a marca já lá está.
Tenho pena de não ter estado presente.
Bom dia!:))
Um post admiravelmente construído, Ana.
ResponderEliminarTudo iluminado... do princípio ao fim... Adorei o poema de Iosif Landau, poesia pura, um encanto.
E a "Luz incandescente"...com o traço elegantemente inconfundível de Myra Landau... Lindo!
Arte, sensibilidade, inteligência, afectos...
Louvável a luz "projectada" pela Livraria.
Boa tarde e bom Domingo.
Maria Manuela,
ResponderEliminarObrigada pela visita.
Também achei graça à instalação da Lumière.
Boa noite e bom Domingo. :))