AS PLANTAS RINDO ESTÃO ESTÃO VESTIDAS
As plantas rindo estão, estão vestidas
De verde variado de mil cores;
Cantam tarde e manhã os seus amores
As aves, que d'Amor andam vencidas,
As neves, já nos montes derretidas,
Regam nos baixos vales novas flores;
Alegram as cantigas dos pastores
As Ninfas pelos bosques escondidas.
O tempo, que nas cousas pode tanto,
A graça, que por ele a terra perde,
Lhe torna com mais graça e fermosura.
Só pera mim nem flor nem erva verde,
Nem água clara tem, nem doce canto,
Que tudo falta a quem falta ventura.
Diogo Bernardes
O belo som dos pássaros
ResponderEliminarOs pássaros trazem-nos sempre a Primavera.:))
EliminarBoa tarde.
Aninhasamiga
ResponderEliminarBelíssimo soneto de Diogo Bernardes que alguns consideram ter sido plagiado por Camões no célebre e lindo soneto Horas breves de meu contentamento,
Mas isso são outros quinhentos mal réis. As flores sempre têm inspirado os poetas. Já Dom Dinis escrevia na sua canção de amigo:
-Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ai, flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Por mal que pareça não me interesso muito por flores, excepto as me tragam imagens, como a sardinheira. Por isso não sequer sou um praticante de ajudante auxiliar de tirocinante da Poesia. Mas este soneto toca-me, o que sempre me acontece quando leio Diogo Bernardes - para mim tão esquecido...
Qjs
Muito obrigado pela tua visita e comentário na nossa TRAVESSA. Volta mais vezes que lá não se cobra IVA a 23%... :-)))))))
Está bem, vou procurar visitar mais vezes, uma vez que sai tão em conta. :)))))))
EliminarBeijinho amigo.
Confesso que não conhecia o autor.
ResponderEliminarBeijinhos
Pedro,
EliminarEstes versos são encantadores, não são?
Beijinho. :))
~ ~ As plantas andam vestidas em trajes festivaleiros ou de gala, umas
ResponderEliminaralegre e profusamente enfeitadas, outras elegantemente adornadas...
~ ~ Continuo a achar algo estranha a poesia deste Diogo Bernardes...
~ ~ Belíssimo o «Intermezzo» desta ópera!
~~~~~~ Beijinhos. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
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O intermezzo é lindíssimo. :))
EliminarDiogo Bernardes conheço muito mal. Ainda hei-de pesquisar sobre ele.
Beijinhos. :))
Belo poema. Beijinhos!
ResponderEliminarObrigada, Margarida.
EliminarBeijinhos. :))
Belo post! Viva a Primavera em todo o seu esplendor!
ResponderEliminarBeijinho!
Obrigada, Sandra.
ResponderEliminarViva. É a minha estação preferida.:))
Beijinho.
Quem procura, neste caso a ventura, está sempre sujeito ao oposto. Mas enquanto procura, (a)ventura.
ResponderEliminarUm beijinho :)
:)))
ResponderEliminarObrigada e procuremos a (a)ventura.
Beijinho.:))
Coitado do poeta que, apesar das flores, à mão de colher, não teve a ousadia de as oferecer a quem por elas suspirava.
ResponderEliminarLuminoso tema musical a percorrer os largos horizontes que se dilataram por estes dias. Deixemo-nos levar.
Agostinho,
ResponderEliminarObrigada pela sua passagem.:))
Boa noite.
Um poema simples. Diogo Bernardes era um grande escritor!
ResponderEliminarVem a propósito desta bela Primavera: "As plantas rindo estão, estão vestidas
De verde variado de mil cores..."
Infelizmente, para o poeta já não há verde nem flor. Que tristeza! Um beijinho