O regresso ao escritor Sándor Márai deve-se ao título: a ilha. Há algo de idílico no que representa uma ilha. Será aquele espaço finito o paradigma da libertação?
Ao chegar a casa, abriu uns livros atrás dos outros e começou a ler em voz alta. Eram livros antigos e bem conhecidos, e reparou com surpresa que essa surdez interna mudava conforme o texto: ao ler Platão, não ouvia nada, mas agarrou o jornal e começou a ler o editorial, um antigo grandíloquo sobre a missão cultural dos colonizadores franceses, e ouviu e entendeu cada som daquele texto fútil.
Sándor Márai, a ilha. Lisboa: D. Quixote, (traduzido do húngaro por Piroska Felkai) 2012, (2ª edição), p. 98.
Um livro estranho, intenso, de perdas e não de vitórias, nem fugas. Em síntese Carpe Diem: a escolha entre a felicidade esperada ou a ruptura e o abismo. O que valem as escolhas?
Uma (mais uma!) óptima escolha de imagem, de texto e de som.
ResponderEliminarBeijinhos, ana
Pedro,
EliminarObrigada. A guitarra tocada pela mão de Carlos Santana é virtuosa.
Beijinho.:))
Não gosto de ilhas
ResponderEliminarmesmo rodeadas de sonhos
Talvez por ser finita?
EliminarGosto de ilhas desde a infância. "Os Cinco voltam à Ilha" é em parte responsável.
A Utopia é outro título que me fez gostar de ilhas.
Já vivi numa ilha e gostei. :))
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Eliminar~ Quando vi o título da postagem, pensei em «A Ilha de Aldous Huxley»,
que li quando jovem.
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~ Pesquisei sinopses deste livro de Sándor Márai e até fui ver o aspeto
~do Hotel Argentina... Deve ser um livro interessante, no entanto, exige
~que se leia num tempo, espaço e estado de espírito apropriado...
~ ~ Não conhecia o músico e gostei muito do que ouvi...
~ ~ ~ Grata pela partilha, Ana. ~ ~ ~
~~~~~~~ Beijinhos amigos. ~~~~~~~
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É um título utilizado por vários escritores. Li alguns títulos de Huxley, julgo que tenho A Ilha mas não o li.
EliminarSantana toca a guitarra de uma forma sublime.
Beijinho. :))
Majo,
EliminarRegressei só para dizer que não gosto de fazer sinopses, desvirtuaria a minha sensação, pois a preocupação da objectividade impor-se-ia.
Beijinho.:))
~ Ana.
Eliminar~ As sinopses que encontrei são comerciais e visam estimular a compra
do livro. Apenas uma era de um blogue.
Dão ideia do tema, género, do esquema, dos ambientes, em termos gerais.
~~~ Concordo consigo. Beijinho. ~~~
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Majo,
EliminarPenso que as sinopses são úteis, às vezes leio-as, mas nem sempre.
Beijinho. :))
Escolher nem sempre é fácil... Por norma, é momento de angústia!
ResponderEliminarou... ou
Mas a vida faz-se de escolhas, de opções!
Nem sempre as mais acertadas, mas...
Um beijinho e bom fim-de-semana, Ana!
Cláudia,
EliminarPois é, nem sempre acertamos mas elas são imperativas.
Beijinho grato pela visita.:))
Não conheço este autor.
ResponderEliminarPor que é que uma ilha há-de ser idílica? Depressa poderá ser prisão.