14/05/2015

a ilha

O regresso ao escritor Sándor Márai deve-se ao título: a ilha. Há algo de idílico no que representa uma ilha. Será aquele espaço finito o paradigma da libertação? 


Ao chegar a casa, abriu uns livros atrás dos outros e começou a ler em voz alta. Eram livros antigos e bem conhecidos, e reparou com surpresa que essa surdez interna mudava conforme o texto: ao ler Platão, não ouvia nada, mas agarrou o jornal e começou a ler o editorial, um antigo grandíloquo sobre a missão cultural dos colonizadores franceses, e ouviu e entendeu cada som daquele texto fútil.

Sándor Márai, a ilha. Lisboa: D. Quixote, (traduzido do húngaro por Piroska Felkai) 2012, (2ª edição), p. 98.

Um livro estranho, intenso, de perdas e não de vitórias, nem fugas. Em síntese Carpe Diem: a escolha entre a felicidade esperada ou a ruptura e o abismo. O que valem as escolhas?



12 comentários:

  1. Uma (mais uma!) óptima escolha de imagem, de texto e de som.
    Beijinhos, ana

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    1. Pedro,
      Obrigada. A guitarra tocada pela mão de Carlos Santana é virtuosa.
      Beijinho.:))

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  2. Não gosto de ilhas

    mesmo rodeadas de sonhos

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    1. Talvez por ser finita?
      Gosto de ilhas desde a infância. "Os Cinco voltam à Ilha" é em parte responsável.
      A Utopia é outro título que me fez gostar de ilhas.
      Já vivi numa ilha e gostei. :))

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    2. ~ ~
      ~ Quando vi o título da postagem, pensei em «A Ilha de Aldous Huxley»,
      que li quando jovem.

      ~ ~
      ~ Pesquisei sinopses deste livro de Sándor Márai e até fui ver o aspeto
      ~do Hotel Argentina... Deve ser um livro interessante, no entanto, exige
      ~que se leia num tempo, espaço e estado de espírito apropriado...

      ~ ~ Não conhecia o músico e gostei muito do que ouvi...

      ~ ~ ~ Grata pela partilha, Ana. ~ ~ ~

      ~~~~~~~ Beijinhos amigos. ~~~~~~~
      ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
      .

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    3. É um título utilizado por vários escritores. Li alguns títulos de Huxley, julgo que tenho A Ilha mas não o li.
      Santana toca a guitarra de uma forma sublime.
      Beijinho. :))

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    4. Majo,
      Regressei só para dizer que não gosto de fazer sinopses, desvirtuaria a minha sensação, pois a preocupação da objectividade impor-se-ia.
      Beijinho.:))

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    5. ~ Ana.
      ~ As sinopses que encontrei são comerciais e visam estimular a compra
      do livro. Apenas uma era de um blogue.
      Dão ideia do tema, género, do esquema, dos ambientes, em termos gerais.

      ~~~ Concordo consigo. Beijinho. ~~~
      ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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    6. Majo,
      Penso que as sinopses são úteis, às vezes leio-as, mas nem sempre.
      Beijinho. :))

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  3. Escolher nem sempre é fácil... Por norma, é momento de angústia!
    ou... ou
    Mas a vida faz-se de escolhas, de opções!
    Nem sempre as mais acertadas, mas...

    Um beijinho e bom fim-de-semana, Ana!

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    1. Cláudia,
      Pois é, nem sempre acertamos mas elas são imperativas.
      Beijinho grato pela visita.:))

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  4. Não conheço este autor.
    Por que é que uma ilha há-de ser idílica? Depressa poderá ser prisão.

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