«Primeiro bati a algumas portas, rodei maçanetas, depois perdi-me nos corredores, passando por ateliers fechados, subi e desci escadas.
Ainda ouço a minha passada, vejo o vapor da minha respiração no edifício gelado, transformado em frigorífico de vários andares. Não quero esmorecer e devo ter travado um diálogo comigo mesmo, para dar coragem: Não desistas, aguenta! Pensa no teu camarada Joseph, que disse: "A Graça divina não nos cai do colo...", quando de repente, ia eu já a caminho de regresso, dou de caras com a arte na figura de um velho homem que igualava a imagem de um pintor que passava nos tempos do cinema mudo. (...)
Um momento só para lembrar-me, para agarrar na cebola. Afinal, naquele minuto do destino tratava-se de fazer ou não fazer, mais decisivo ainda: de ser ou não ser. O que é que ela diz na camada que transpira?
(...) Ainda hoje ouço na íntegra o aviso decepcionante do professor de arte: "Estamos fechados por falta de carvão."»
Günter Grass, Descascando a cebola. Autobiografia 1939-1959. Cruz-Quebrada: Casa das Letras, 2007, p. 228-229.
Maçanetas com estilo
Estadio de noche
Lentamente ascendió el balón en el cielo.
Entonces se vio que estaba lleno el graderío.
En la portería estaba el poeta solitario,
pero el árbitro pitió fuera de juego
Textos traducidos por Miguel Sáenz, Poemas seleccionados de lo libro "Las ventajas de las gallinas de viento" de 1956. Daqui.
Não sei como o Plug-in está bloqueado.
ResponderEliminarAgora não posso ver os vídeos que colocas !
Um beijo.
Que pena, João.
EliminarPois gosto de saber a sua opinião.
Beijinho. :))
Gunter Grass está lá em casa para ser lido muito proximamente, Catarina.
ResponderEliminarPor agora o deslumbrante Záfon.
Beijinhos, bfds
Também gosto de Záfon, li dois ou três títulos.
EliminarBeijinhos e bfds. :))
Bonitas maçanetas. São de onde?
ResponderEliminarBeijinho.
Estas maçanetas são de Salamanca, da Casa Lis ( museu de arte nova).
EliminarBeijinho. :))
Presos com as chaves nas mãos
ResponderEliminaràs vezes sim...
EliminarBoa noite. :))
Gosto muito da foto:)
ResponderEliminarUm beijinho e bom fim-de-semana:)
Obrigada, Isabel. :))
EliminarBom fim-de-semana.
Beijinho.:))
Günter Grass, sim, ainda que o grotesco e o absurdo não me sejam particularmente íntimos.
ResponderEliminarLídia
Lídia,
EliminarHá algo de grotesco, sim, mas também de uma sensibilidade enorme. Uma vida difícil acabando em vitória.
Beijinho. :))
Não tenho opinião formada acerca de Günter Grass uma vez que não o conheço bem.
ResponderEliminarQuanto às maçanetas? Uma verdadeira delícia!:)
Bom fim-de-semana.
Beijinho.
GL,
ResponderEliminarAconselho-a a ler, é uma escrita interessante e uma forma intelectual de descrever uma época.
Obrigada por gostar das maçanetas. Depois de colocar a fotografia achei que era uma má escolha.
Beijinho. :))
"Estamos fechados por falta de carvão". Até quando?
ResponderEliminarA realidade é dura. O Günter Grass dispensa panos quentes.
De todo.
EliminarBoa noite, Agostinho. :))