A economia deve ser gerida pelo Direito e a política pela ética.
Ramalho Eanes, 25-11-2013.
Sinal vermelho para os nossos governantes (Lisboa, 2012)
O fado de ser português...
Traça a reta e a curva
Traça a reta e a curva,
a quebrada e a sinuosa
Tudo é preciso. De tudo viverás.
Cuida com exatidão da perpendicular
e das paralelas perfeitas.
Com apurado rigor.
Sem esquadro, sem nível, sem fio de prumo,
traçarás perspectivas, projetarás estruturas.
Número, ritmo, distância, dimensão.
Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memória.
Construirás os labirintos impermanentes
que sucessivamente habitarás.
Todos os dias estarás refazendo o teu desenho.
Não te fatigues logo. Tens trabalho para toda a vida.
E nem para o teu sepulcro terás a medida certa.
Somos sempre um pouco menos do que pensávamos.
Raramente, um pouco mais.
Cecília Meireles in Poesia Brasileira do Século XX, Dos Modernistas à Actualidade,
(seleção, introdução e notas Jorge Henrique Bastos). Lisboa: Antígona [daqui]
Uma versão do Lamento de Dido [Purcell]
Estou em consonância, Ana.
ResponderEliminarUm beijo.
Penso que são daltónicos, um pouco surdos, até, logo....
ResponderEliminarBeijinho.
Muito oportuno no dia em que o TC toma uma decisão inesperada e o OE é a provado :((
ResponderEliminarBeijinho, ana
Gostei de tudo, concordo com Ramalho Eanes e gostei do poema. Beijinhos e boa Quarta-feira!
ResponderEliminarHá muito que o nosso governo ignorou o sinal vermelho e está em permanente transgressão, mas quem paga a multa, somos todos nós.
ResponderEliminarUm beijinho
Os sinais vermelhos deviam ser estímulos para avançar
ResponderEliminarNão querendo mencionar o lado político, visto ser um acérrimo opositor a este governo e às suas condutas a(i)morais, quero no entanto salientar esta versão da fantástica ária de Dido e Aeneas, a qual me faz parar com tudo o que esteja a fazer.
ResponderEliminarA versão, cantada pelo malogrado Jeffrey Buckley (teve uma vida tão curta como Purcell), é estranha e não faz jus à melodia, sobretudo nas notas mais elevadas, as quais sobressaem e ganham vigor quando interpretadas por um soprano.
Mas fico agradavelmente surpreendido por ouvi-lo numa área de canto que não era a sua, onde, afinal, os seus blues eram notáveis
Manel
João,
ResponderEliminarVermelho para o governo. O sinal de proibição em virar à esquerda não é para ligar. Era a única foto com um sinal vermelho que tinha.
Beijinho. :))
GL,
Surdos, daltónicos e cegos. :))
Beijinho.
Obrigada Pedro,
Bom fim de semana. :))
Beijinho.
Margarida,
Apesar de não ser admiradora de Eanes, ele esteve muito bem na sua análise.
Beijinho. :))
Isabel,
É verdade, nós é que pagamos como sempre...
Beijinho. :))
Mar Arável,
Tem razão mas o verde vai demorar a arrancar.
Beijinho. :))
Manuel,
Congratulo-me pela sua visita.
Também partilho a acérrima oposição a este governo e a imoralidade da sua conduta governativa.
Quanto a Jeffrey Buckley, surpreendeu-me esta versão. Registei-a porque já tenho colocado muitas vezes esta ária interpretada por diversos sopranos. Corro o risco de muitas repetições mas adoro-a. Jeff tinha/tem uma voz peculiar que me agrada. Nunca tinha relacionado as duas vivências: Purcell e Jeff, confesso que achei fabulosa a sua conectividade.
Abraço grato. :))
Linda a Lamentação de Dido! E o sinal de trânsito é "grande"! Eu deixei-me disso: troppe frustrazioni!
ResponderEliminarBeijinhos e good luck!
:))
ResponderEliminarBeijinho.