Faróis distantes,
Faróis distantes,
De luz subitamente tão acesa,
De noite e ausência tão rapidamente volvida,
Na noite, no convés, que consequências aflitas!
Mágoa última dos despedidos,
Ficção de pensar...
Faróis distantes...
Incerteza da vida...
Voltou crescendo a luz acesa avançadamente,
No acaso do olhar perdido...
Faróis distantes...
A vida de nada serve...
Pensar na vida de nada serve...
Pensar de pensar na vida de nada serve...
Vamos para longe e a luz que vem grande vem menos grande.
Faróis distantes...
30-4-1926
Álvaro de Campos, Poesias. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993), p. 26.
Se não dissesses, não identifica !
ResponderEliminarBelo conjunto, Ana !
Gostei mesmo !
Um beijo.
Que poesia mais linda.
ResponderEliminargostei muito de conhecer.
bjs nossos
Ao ver a fotografia é inevitável recordar o farol da guia, monumento classificado pela UNESCO, o primeiro farol a Oriente.
ResponderEliminarBeijinho
Gostei muito do poema. Boa 3.ª feira!
ResponderEliminarSempre a alumiar as noites
ResponderEliminarIndispensáveis, os faróis.
ResponderEliminarLonge, perto, que importa.
O nosso Álvaro de Campos sabe do que fala.
Beijinho.
bonita musica e lindo farol...
ResponderEliminarcomo sempre são as suas postagens
Sempre adorei faróis! por isso gostei muito do teu post! o nosso F.P. tem sempre belos poemas de incerteza e etc e tem certa nostalgia de que gosto.
ResponderEliminarA música é muito boa! Beijinhos e "bons faróis"!
Olhos ao alto
ResponderEliminarA todos muito obrigada.
ResponderEliminarBeijinho. :))