Giorgio De Chirico, Composição Metafísica, 1914. Vendido pela Christie's Daqui
Teremos de descer até ao fundo da lava
E sentir a frigidez da sombra que está no fundo de tudo
Teremos então num incerto vaivém
De subir e descer e do abismo ao solo solar
Da lucidez inebriante à viscosa agonia
Tecer a intermédia melodia da ascensão e da queda
Na sucessão dos instantes na sequência das palavras
Para que possamos viver no equilíbrio ténue
Como numa torre transparente mas de obscuros veios
E consagrar o luminoso mercúrio
Que liga a cinza futura e já pretérita
À ingénua insurreição da nossa inocência original
António Ramos Rosa e Robert Bréchon, Meditações Metapoéticas / Méditations Métapoétiques. Lisboa: Caminho, 2003, p. 94.
Beijinho e votos de boa semana,ana :)
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ResponderEliminarSobretudo à ingénua insurreição
Ah! A lucidez, que é tão difícil. O poema tem coisas belas,o De Chirico é maravilhoso!
ResponderEliminarPois é:
" o incerto vaivém
De subir e descer e do abismo ao solo solar
Da lucidez inebriante à viscosa agonia"
Um beijinho
SENSACIONAL!!!!!
ResponderEliminarMuito belo! Bom dia!
ResponderEliminarLucidez, palavra difícil de se viver.
ResponderEliminarbjs
Mar Arável,
ResponderEliminar:))
Maria João,
Partilho a sua ideia e De Chirico faz parte dos meus eleitos.
Beijinho. :))
Palladino,
Obrigada pela visita.
Boa noite. :))
Boa noite, Margarida.
Beijinho. :))
Queridas Amigas,
Bem verdade, como conseguir?
Beijinhos. :))