09/03/2011

Para a Luísa a história de um quadro

Para a Luísa a história dos quadros que escolhi para o Dia da Mulher.
O ponto de partida da escolha das telas foi o poema. Andei à procura de imagens e encontrei estas duas formas de ver a mulher que curiosamente foram pintados no mesmo ano. Esse facto atraiu-me.
O meu pai nasceu a 8 de Março e já não é vivo. Ele tinha um papagaio desde solteiro, oferecido por uma irmã, trazido do Brasil. O papagaio sobreviveu ao meu pai, vivia com a minha avó que foi uma mulher importante na minha vida. Vivi com ela a minha adolescência.
A minha avó ensinou-me a ser mulher e a mulher que me ensinou a ser está representada na primeira tela. O papagaio depois do meu pai se casar ficou com a minha avó, ele não o quis levar, tinha um grande amor pela mãe.
A segunda tela representa a forma mais comum dos artistas interpretarem a mulher e é a mulher que eu descobri alguns anos depois, e conscientemente há pouco tempo.
A primeira tela aproxima-se das mulheres que morreram pelo modo como está vestida e pela contemporaneidade.
E porque todas as mulheres do mundo se vestem e despem quer espiritualmente quer carnalmente achei que era a escolha perfeita.
Um quadro conta uma história, cada um interpreta à sua maneira!
Qual é a sua interpretação?
Gostei de a ver por cá, gosto muito do seu blogue.
Bjs, Ana! :)


La Cumparsita era uma das músicas preferidas dos meus pais que dançavam muito bem.
Como o meu pai a interpretava ao piano.

Uma interpretação mais erudita.

8 comentários:

  1. Ana
    Magnífico post!
    Obrigada pela partilha.
    Abraço

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  2. Ana, «um quadro conta uma história, cada um interpreta à sua maneira», e eu gostei muito de conhecer a sua interpretação.
    Mas não fico convencida de que o Courbet – que era um sujeito vaidoso – e de que o Manet – que foi autor de «femininos» escandalosos (e ainda hoje, para mim, ligeiramente chocantes) – não tenham feito, no seu subconsciente, a associação da mulher ao papagaio palrador… ;-)))

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  3. Obrigada Luísa pela sua visão.
    Não me ocorreu a mulher como palradora, que interessante!
    Vou pensar sobre essa perspectiva.
    Bjs :)

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  4. Virgínia,
    Obrigada por ter gostado. São memórias. O dia 8 de Março é um dia especial para mim pelas duas vertentes.
    Assusta-me é se fui deselegante por falar de mim. Mas gostei de contar à Luísa e de saber a sua interpretação que para mim foi surpreendente, aprendi a olhar o quadro sobre uma outra vertente, o que agradeço!
    Abraço.

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  5. Anamiga

    Excelente ideia e estupenda escolha; uma vez mais, tenho de o dizer.

    E um texto lindo. Porque não acho essencial um Dia da Mulher, (aliás como outros Dias de) porque entendo que ele deveria ser eles, todos os dias - da Mulher, da Mãe, da Luta contra a Sida, da Liberdade, da Solidariedade, dos Bombeiros Voluntários, do Coração, etc., etc., etc.

    Fica, porém, o registo, a ternura e a tua belíssima iniciativa. Obrigado.

    Quanto às visitas (mesmo de médico) lá à Travessa - niente, nothing, rien du tout, nadinha mesmo. Estás zangada comigo? Tratei-te mal? Ofendi-te? Penso que não. Oxalá não

    Qjs

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  6. Henrique Antunes,
    Muito obrigada pela visita e pelas suas palavras.
    Não, não estou zangada, e porque é que deveria estar?
    Tem sido sempre amável, eu é que tenho tido mais trabalho e visito quem me visita mais vezes. Só isso. Aparecerei e grata deixo um Abraço! :)

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