Do vazio... sobre uma leitura do livro de Maria Gabriela Llansol.
Do rio a serenidade.
x
Break-up of the ice on the Seine, near Bennecourt' c. 1892-93
x
Museu de Liverpool, Londres x
Eu leio assim este livro:
há três coisas que me metem medo: a primeira, a segunda e a terceira.
A primeira chama-se vazio provocado, a segunda é o dito vazio continuado, e a terceira é também chamada o vazio vislumbrado.
A. Borges, Jodoigne, 4 de Janeiro de 1977 - Prefácio
«Fiquei a noite na margem do rio porque em mais nenhum sítio adormeço com tanta serenidade.»
Maria Gabriela Llansol, O Livro das Comunidades seguido de Apontamentos sobre a Escola da Rua de Namur, Lisboa: Relógio de Água, 1999, p.21. (prefácio de A. Borges)
First days of spring- Noah and the Whale
Gostei muito de tudo, mas especialmente do Monet e do texto de Borges. Bj!
ResponderEliminarmargarida,
ResponderEliminarEstamos em sintonia.
Bjs! :)
PUDIM DE PÃO DA MAYLÊ
ResponderEliminarlembramos de você e do seu sempre Monet.
5 bjs
Para as minhas novas amigas "Cozinha dos Vurdóns" expressando a minha gratidão.
ResponderEliminar5 Beijinhos.
:)
Notas avulsas sobre vazios
ResponderEliminarGeometricamente, vazio, poderá ser uma, circunferência, um triângulo, um trapézio, qualquer figura geométrica que seja percebida pela sua própria geometria (Desculpa a redundância) onde não interior nem exterior.
É certo que assim corro o risco de ensaiar um fio de navalha inverosímil.
Mas vazio, numa primeira abordagem, seria uma tangibilidade sem conteúdo.
E a gente precisa tanto disso.
Os vazios
Provocado
Continuado
Vislumbrado
constituiriam um cerco, um labirinto sem fio, a selva sem os miolinhos de pão espalhados pelo chão.
Constrangidos desta maneira, que tipo de relacionamento seria possivel?
Mas há um vazio que poderá ser considerado como uma benesse: terminar uma obra, sentir um esgotamento, todas as emoções removidas para a obra.
Eis um exemplo de bom vazio...
Bjs, Ana
Lançaste um belo desafio para reflectir.
Belissimo post! O quadro do Monet liga muito bem com a citacao. Rio...serenidade...descanso...creio que ao chegar a serenidade, o vazio se vai...:-)
ResponderEliminarA serenidade de uma alma cheia e plena...
Bjs!
JPD,
ResponderEliminarMuito obrigada pelas suas reflexões pertinentes. Gostei dos vazios geométricos.
Concordo que os vazios
provocados,
continuados e vislumbrados
constituiriam um labirinto sem o fio de Ariadne.
O vazio depois da obra feita tem umm sabor diferente, bom, mas falta sempre algo para colmatar esse vazio que deixa a finalização da obra.
Sandra,
Julgo que sim, que a serenidade acaba com o vazio.
Achei intrigante o prefácio mas ainda agora iniciei a leitura, veremos qual será a sua relação com a escrita de Maria Gabriela Llansol