13/03/2011

O choro das árvores

Hasegawa Tōhaku, pintor japonês (1539-1610), Shōrin-zu byōbu

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Redemoinho do Tsunami do Japão

Imagem daqui
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O silêncio, o que é o silêncio? perguntei ao mestre.
- Uma floresta cheia de ruído.
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Casimiro de Brito, in "Arte da Respiração" (retirado do citador)

No Japão o silêncio foi interrompido pelo choro das árvores, pelos gritos de dor e pelas lágrimas.

Ninguém entende as guerras nem as catástrofes naturais. Não sei porque é que me lembrei do filme de Spielberg: "O Império do Sol" que me tocou particularmente. A causa poderá estar ligada às últimas notícias sobre os dois reactores nucleares que se danificaram como consequência do Tsunami e por ter passado no blogue O Falcão de Jade. Temo por aquele povo!

13 comentários:

  1. Por muito que estejam habituados e até preparados para enfrentar as consequências dos sismos, ninguém consegue superar de ânimo leve esta tragédia de dimensões tão gigantescas.

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  2. Fiquei a conhecer o pintor japonês aqui. Obrigada, Ana

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  3. Quando chora a natureza?
    Acho que choraram juntos, Homens e natureza.

    Quando escutamos o choro das águas?
    Quando já tivermos secos.

    E nós, o que faremos?

    5 bjs - Homeopatas dos Pés Descalços

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  4. Quando na sexta-feira ao serão via as notícias, em estado de choque como muitos ficaram, ouvi a jornalista perguntar a um convidado japonês o porquê da aparente serenidade dos japoneses no momento do sismo. O convidado alegou o hábito, a convivência com estes fenómenos. Mas não posso deixar de ponderar que nenhum hábito prepara para esta dimensão de catástrofe.
    Tem razão, Ana, é um choro colectivo.

    Um abraço e um bom domingo.

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  5. Sandra,
    Adorei este filme e choro sempre que o revejo.

    Margarida,
    É tristeza...

    Catarina,
    É verdade, a Mãe-Natureza não se compadece dos avanços do homem.

    Homeópatas Descalços,
    Tão bonito o que escreveu!
    Obrigada.

    Sara,
    A elegância japonesa, a sua espera pelos desastres, no entanto, tem razão Sara, nunca se espera uma calamidade e dor tão grande.
    Abraço e bom Domingo!

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  6. Acontecimentos como estes alertam para a nossa própria vulnerabilidade e para a falta de humildade que frequentemente caracteriza esta espécie 'consciente' que somos. Lamento imenso pelas pessoas que pereceram, pelas que tudo perderam e pelas que sofrem as consequências de tal devastação. Oxalá o silêncio se instale, mas feito de serenidade e de feridas cicatrizadas.

    Abraço e votos de uma excelente semana, ana.

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  7. R,
    Obrigada pela visita. Sim façamos força, pensando num povo que sofre para que a serenidade e o silêncio se instalem, e apenas se ouça o ruído das árvores como se fossem notas musicais.
    Boa semana também para si e um abraço!

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  8. Ana, as catástrofes naturais vão-se entendendo. O que é a Terra, afinal, senão um aglomerado rochoso sobre um núcleo em fusão, que só promete, realisticamente, instabilidade? ;-D
    O que não se entende, racionalmente, é a guerra entre seres racionais, o «desperdício» que representa de vidas, de recursos, de tudo. Enfim, lá satisfará, de um modo ou de outro, uns raros egos, em detrimento da humanidade inteira.

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  9. Luísa,
    Obrigada pela sua visita e palavras. Sim as guerras não se entendem são produzidas pelos homens, pelas suas escolhas e desejo de poder.

    Mas as catástrofes também nos causam alguma revolta pela prepotência. Se existe Deus, ou deuses, ou força superior porque deixa que tanta gente sofra?

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