Há muito tempo que ando para partilhar um livro de poesia escrito por uma amiga. Tive o feliz acaso de transportar para o lançamento do livro duas pessoas que lhe eram muito queridas. É uma Mulher com M grande, tomou o caminho e foi "para além da curva da estrada" como o belo poema de Alberto Caeiro. Equacionou a sua existência e para ser coerente consigo própria teve que fazer escolhas muito difíceis. É destemida, mas não sem temor, decidida, mas não sem dúvidas, forte, mas não sem fragilidades, ela avança hoje, devagar, devagarinho, amanhã, mais depressa, mas neste corre-corre do dia-a-dia publicou o seu primeiro livro de poesia: um objectivo que tinha na vida.
Parabéns Gracinha!
O dia declina
O dia declina
A selva escurece pouco a pouco
Os contornos das árvores
Assemelham-se a monstros
Os gritos selvagens dos bichos
Ecoam por toda a parte
Luta-se pela sobrevivência
e no fundo do coração da terra
Abre-se uma caverna inimaginável
Onde reina o silêncio
Vem de lá o mistério insondável
Que nos sústém o alento
A sorte é haver nevoeiro
No meio dos bichos
A ponte interminável para chegar à caverna
É a imaginação.
Graça Alves, Cores do Silêncio. Coimbra: Palimage, 2015, p. 57.
Despertaste a minha curiosidade, Ana !
ResponderEliminarLogo que possa, vou à Bertrand...
Um beijo grato ( que 5ª feira, durante o dia, não vou ter tempo ).
Obrigada, João.
EliminarEsta minha amiga é especial.:))
Beijinho. :))
EliminarGostei da divulgação, sou fã incondicional do Rodrigo Leão.
ResponderEliminarBjs
Também sou, Pedro.
EliminarSe recebe o Diário de Coimbra, a Graça publica de vez quando alguns poemas no jornal.
Beijinho.:))
Qualquer coisa de português telúrico ondeia na música de Rodrigo Leão. Qualquer coisa muito nossa que a faz o mais bonito do post. Sem hiato entre a voz e ela. Uma seda.
ResponderEliminarObrigada Bea.
EliminarBoa noite. :))
Sim, gostei do poema da tua amiga...
ResponderEliminarObrigada, Maria João. :))
EliminarBeijinho.
ResponderEliminarParabéns à Graça Alves pelo poema. Afigura-se-me promissor e um belo início para a concretização do seu sonho.
Rodrigo Leão é um dos meus eleitos, logo...:)
Beijinho, Ana.
Obrigada, GL.
EliminarEla bem precisa de vencer.
Beijinho. :))
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBelo poema. Gostei muito da fotografia também. Beijinhos, Ana!
ResponderEliminarObrigada, Margarida.
EliminarBeijinhos. :))
~ ~ ~
ResponderEliminar~~ Parabéns à talentosa Graça Alves.
Gosto da sua poesia coerente e deliciosamente imagética.
~~~ Lindo 'post', Ana.~~~
~~~~~~ Beijinho. ~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Obrigada, Majo.
EliminarEla vai ficar contente.
Beijinho. :))
Todos somos poetas
ResponderEliminaralguns ousam escrever
Bj
Julgo que os portugueses têm todos um pouco de poetas.
EliminarBjs. :))
Gostei muito do poema da sua amiga Graça, Ana, tal como gostei da descrição sucinta que fez da matéria de que ela é feita, ou seja, do que implicitamente a faz mover. Espero que publique mais coisas, o que li deixou-me água na boca.
ResponderEliminarUm beijinho :)
Obrigada, AC.
ResponderEliminarSim, voltarei a colocar.
Um beijinho.:))
Oh, Ana!
ResponderEliminarEstou sem palavras! Só tu para ma fazeres esta surpresa boa!
Muito obrigado a todos!
Um infinito obrigado para ti, a menina do "chocolate quente!
Beijinhos e mais um poema sem pretensões;
eu sei que tu existes
embora vivas oculto
nas correntes macias e confortáveis
do veludo diário das manhãs
que te vestem
eu sei que tu existes
porque vejo o teu olhar livre como o vento
a devorar horizontes de luz
e a transportar paraísos platónicos
que colheste nos sonhos da noite
brincas às escondidas
fora de ti mas eu vejo-te
porque não sou lúcida
e a minha demência
vê para além dos meus olhos
quando deixares de te esconder
no silêncio da tua voz
renascerás
e verás de novo reinventar-se
o dia da primavera eterna
Graça Alves
Tão bonito Graça. :))
EliminarObrigada. :))
Não te esqueceste do chocolate, um gesto tão pequenino.
Beijinho.:))
Por inteiro se dizem as coisas, por inteiro as queremos alcançar...
EliminarObrigado pela partilha, Graça.
Obrigado AC! Bem-haja!
Eliminarhttp://poesiaassim.blogspot.pt/
Jamais me esquecerei do chocolate, Ana!
EliminarComo esquecer? Tiveste o dom de me adoçar as lágrimas que eram tristes e agora, por vezes, fazes-me chorar de alegria.
Beijinhos
Ainda, bem Graça. :))
EliminarBeijinho e vou espreitar as "Cores do Silêncio".
A ponte, a caverna, a imaginação!
ResponderEliminarA caverna vai sendo habitada
paulatinamente pela imaginação
da poeta que nos vai dando pistas
de leitura muito interessantes que
se adensamento no segundo poema
(no comentário.
A Ana não será ponte?
Gostei da poesia e da apresentação.
Agostinho,
EliminarAqui talvez tenha sido.
A poesia da Graça tocou-me bem como a sua vida e as suas escolhas.
Se puder visite-a. Acho que vai gostar.
Bom Domingo. :))
adensam ...
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