Café Central, Ourém
O café Central de Ourém nasceu por volta de 1928.
(Informação do blog do café)
No silêncio calmo do café quase vazio,
as cadeiras e as mesas convidam ao repouso.
O caderno de capas pretas ocupa parte da mesa circular.
O lápis de carvão inerte não capta a luz do momento.
No janelão os vasos de plantas verdes
cortam a monotonia cromática.
Na rua as pessoas passam apressadamente,
ninguém olha para o velho café.
Duas mesas à frente está sentada uma mulher,
cuja idade é difícil de calcular;
o seu rosto vazio revela as marcas do desemprego.
O som da máquina corta o silêncio,
chega o café quente, cremoso, a chamar para a realidade.
A alma aquece e ilumina o pensamento.
Como adivinhaste que gosto de um café calminho, Ana ?
ResponderEliminarE esse CENTRAL, em Ourém, agrada-me muito !
Foi aí que nasceu a inspiração do belo soneto ?
Não sabia desta tua faceta !
E quem te disse que andava com imensas saudades de ouvir esta dos R.E.M. ?
Ouvi-a até deixar de ser transmitida pela RFM.
Ou sou eu que não ouço rádio há imenso tempo ?
Na verdade, não tenho a aparelhagem no bureau...
Considero esta tua postagem outro mimo teu !
Um beijo amigo e grato.
João,
EliminarFoi, sim. Obrigada.
Beijinho.:))
Quando for dia, cá estarei para reler o soneto e ouvir Eveybody Hurts !!!
ResponderEliminarNunca arranjei o CD...
João,
EliminarTambém não tenho, mas gosto muito.
:))
Ana, também prefiro os cafés no seu sossego...
ResponderEliminarAliás, acho que não são só apenas os cafés, é quase tudo!
Gosto de ouvir o silêncio...
Ilustrou bem com palavras o momento vivido no café!
R.E.M. sempre!
Um beijinho e boa semana (fria!).:))
Cláudia,
EliminarEste foi um acaso feliz. Também gosto de ouvir o silêncio.
Por aqui, está muito frio.
Bjs.:))
Gostei das palavras e das fotos e do mobiliário do café.
ResponderEliminarTambém prefiro cafés mais sossegados.
Bjinho!
Obrigada, Sandra.
EliminarAdorei o mobiliário e disse `Sra para nunca o troca, o que ela assentiu.
Bjs. :))
Gostei muito das suas palavras-poema. Beijinhos Ana!
ResponderEliminarObrigada, Margarida.
EliminarBjs. :))
O café, as palavras, a música...
ResponderEliminarQuem enquadra quem? A verdade é que, fruto da sensível alma da Ana, tudo se encaixa, tudo se complementa. Ganhamos nós, claro, e ganha o Central, que adquire novas tonalidades na sua sustentação.
Muito bem, Ana!
Um beijinho :)
Obrigada, AC. :))
EliminarBjs.
Por aqui sempre tem a hora do cafézinho onde se filosófa
ResponderEliminarsobre natureza; ou coisas agradáveis; problemas... já tem uma placa avisando ao visitante:"Ao entrar ... "Deixe lá
fora... a violência do mundo". kkk
Prazer em conhecer seu blog.
janicce.
Obrigada, Janice,
EliminarSeja bem vinda.:))
Bjs.
Gostei sobretudo do seu texto, pois ressuma alguma da nostalgia que sinto pelo espaço do café e pelo hábito que tinha na sua frequência.
ResponderEliminarDurante toda a minha vida de estudante, que foi longa, pois quase no final de um curso decidi que mudaria para outro, o que aconteceu, passei a vida em cafés, umas vezes como frequentador outras como empregado, porque viver sem qualquer fonte de receita não faz parte do meu mundo.
E conheci uma quantidade de pessoas que constituíram o meu mundo durante uma dezena de anos, até que cada um seguisse o seu rumo tão díspar.
Gente muito interessante, envolvida e envolvente, troca acesa de ideias, pouco consumo, porque o dinheiro escasseava, mas um prazer intenso nas vivências que foram a forja de muitas relações.
Hoje tenho mais dinheiro (também menos do que tinha seria muito difícil, pois significaria indigência pura!), mas já vão muitos meses desde a última vez em que me sentei à sombra de um toldo numa esplanada, ou à mesa tranquila de um qualquer canto de um café sossegado, como os há na minha zona. E cada vez este prazer vai-se espaçando mais!
Fez-me lembrar que tenho de repensar a retoma deste hábito, ainda que já não tenha a capacidade de fazer amigos que um dia tive. Tudo muda com a idade e as nossas exigências.
Um bom terminar de semana e uma boa noite
Manel
Obrigada, Manuel.
EliminarFoi um conjunto de circunstâncias, entre elas, o sol, a luz que entrava no sossego do café.
Bjs. :))
Querida Ana, adoro cafés! beijinhos
ResponderEliminarObrigada, Maria João.
EliminarUm beijinho. :))
Este está devidamente tirado.
ResponderEliminarAs fotografias evocam uma época que já não existe. O ambiente/decoração. A Ana tem veia de artista e conseguiu fixar, enquadar, alinhar os objectos de um forma distinta, artística.
O texto consegue transmitir na perfeição o momento e o lugar de forma convincente; uma narrativa com sentimento, de sentimentos.
A fechar para deleite do espírito REM.
BJ.
Obrigada, Agostinho.
EliminarBj. :))