Castanhas em dia de S. Martinho. Tenho algumas saudades do magusto que se fazia quando andávamos na escola. A risada, a correria, a inconsciência e, talvez, também, a preocupação em não falhar ou a consciência da responsabilidade, mas acima de tudo, a brincadeira. As caras sujas de cinza, a bata suja, o ralhete da mãe, o cheiro a caruma, as castanhas boas e quentinhas, a festa da escola, sim porque era dia de festa na escola.
José Ferraz de Almeida Júnior, detalhe, Saudade, 1899
Pinacoteca do Estado de São Paulo
(Wikimédia)
Nunca fora capaz de lhe ensinar o significado da palavra saudade e, mesmo que o tivesse feito, isso de pouco lhe valia: a saudade não tinha sido inventada para falar de uma presença que nos recorda a ausência de um sentimento, mas para designar o lamento por uma perda que nenhum dos nossos sentidos pode, ainda que parcialmente, reconstruir.
António Mega Ferreira, A Blusa Romena. Lisboa: Sextante, 2008, p. 206.
Memórias vivas
ResponderEliminarquentes e boas
Bj
Pois é. :))
EliminarBj.
Era um alvoroço o magusto!
ResponderEliminarSacadas de caruma; uma camada dela disposta num círculo perfeito, as castanhas distribuídas uniformemente por cima e outra camada de caruma a cobrir; era rápido o trabalho. Depois era riscar um fósforo e a fumarada e a cinza no ar a fazer rodopiar a gente, a fugir, a esfregar os olhos.
Depois de assadas as professoras procediam à distribuição e a garotada punha-se de imediato a descascar e a comer. As mãos ficavam pretas de carvão e irremediavelmente a cara e a bata.
O trecho do AMF trata de forma sublime o sentimento de saudade.
Três castanhas para Ana e saúde! (prefiro um copito de vinho à água-pé)
Agostinho,
EliminarUm alvoroço mesmo.
Cá para mim gosto mais de jeropiga que é mais doce mas as que comi acompanhei com Porto porque não tinha jeropiga.:))
Boa tarde. :))
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ResponderEliminar~ Apesar do lindo sol,
é, de facto, um tempo propenso à nostalgia e à saudade,
sentimentos, de todo, alheios aos alegres magustos escolares.
~ Parabéns pela belíssima foto, Ana.
~~~ Beijinhos. ~~~
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Obrigada, Majo.
EliminarAs castanhas eram boas e os Senhores que as vendiam uma simpatia.
Beijinhos. :))
Ainda não comi castanhas este ano. O Magusto aqui não existe. Falou-se hoje sobre o S. Martinho mas mais sobre o Dia da Lembrança.
ResponderEliminarCatarina,
EliminarAdoro castanhas. Desejo que encontre no mercado e as possa comer assadinhas. :))
Beijinho.
Passe lá pelo blogue para aprender uns truques para assar castanhas, ana.
ResponderEliminarBeijinhos
Obrigada, Pedro.
EliminarJá fiz o levantamento e já usei, agora é executar.
Beijinho. :))
Na minha escola não havia magusto, não tenho memória infantil de castanhas assadas. Mas aprendi a fazer magusto em casa, se elas me apetecem. Por acaso, esqueci-me do dia de S. Martinho. Mas é como o Natal, quando o homem queira.
ResponderEliminarSim, é verdade bea.
EliminarGosto de comer pratos com castanhas, por exemplo frango frito com castanhas fritas é bom mas...
Boa tarde. :))
Belo post. Beijinhos!
ResponderEliminarCurioso Ana, pois ainda hoje comentei sobre os magustos na escola primária...
ResponderEliminarBelos tempos!
Adoro castanhas e o difícil é comer poucas...:)
Beijinhos.:))
Que giro Cláudia.
EliminarEstamos em sintonia. Adorava os magustos na escola. :))
É verdade, é difícil.
Beijinhos.:))
Ui, que apetitosas as belas castanhas!:)
ResponderEliminarSão a tentação maior, um verdadeiro atentado a quem tem ter um certo cuidado com a balança e respectivo ponteiro.
Beijinho, Ana.
São uma tentação GL, diz bem.
EliminarMas nesta altura sabem bem é a época delas.
Festejemos.
Beijinhos. :))
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAinda não tinha comentado, apesar de já ter lido.
ResponderEliminarEste post encantou-me, Ana. Talvez, sei lá, pela serenidade, pela harmonia conseguida...
Um beijinho :)
Obrigada, AC.
ResponderEliminarSão apenas memórias, doces e saudosas de alegria. :))
Beijinho.:))