26/09/2014

"flui"



[...]
Assim o excesso das coisas para ti flui.
E como taças superiores das fontes
continuamente transbordam, como de madeixas de cor de cabelo solto, até à taça inferior,
assim cai a abundância nos vales dos teus montes,
quando coisas e pensamentos transbordam.

 Rainer Maria Rilke, O Livro de Horas. Lisboa: Assírio e Alvim, 2009, p. 207.

Frederick Leighton - The golden hours. (Commons-Wikimedia)

File:Frederick Leighton - The golden hours.jpg

Em reposição

8 comentários:

  1. Se há algo que me faz perder a cabeça são os relógios, ana.
    Estou a dominar os meus gastos, mas é tão complicado quando há aqui tantos e tão bons.
    Beijinhos e votos de bfds

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  2. Os anjos têm sexo. Pelo menos o par que a Ana trouxe para a sagrada liturgia da dança. Muito bela.
    A persistência heroica dos sinos que dizem as horas aproveita a alguém no tempo de submissão ao pêndulo atómico? “Quando coisas e pensamentos transbordam” o apelo esfuma-se no vácuo.

    Julgo ter lido alguma coisa de Rilke antes dos 20.

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    1. Agostinho,
      Os relógios e campanários exercem atracção. Simbolizam o tempo que passa e fixam as memórias num fio condutor perfeito.
      De Rilke tenho quase tudo que está traduzido.
      Boa noite!:))
      Boa noite!:))

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  3. Flui... Tudo flui claro.
    A pintura é linda também. E o ballet...
    Beijos e bom fim de semana!

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    1. Querida Maria João,
      Flui como o vento...
      Beijinho grato. :))

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  4. Gostei de tudo - como sempre. Mas gostei especialmente da pintura. Beijinhos!

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