13/10/2010

Um Retrato

Com os meus parabéns a Margarida Elias. Foi um prazer ler este livro e descobrir novas facetas em Columbano Bordalo Pinheiro.
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Retrato de Maria Cristina Bordalo Pinheiro, 1912
(detalhe)
Óleo sobre tela 150 x 130 cm, Museu do Chiado, Lisboa


"O Retrato de Maria Cristina Bordalo Pinheiro corresponde a uma tentativa de Columbano conferir maior claridade à sua paleta e maior graciosidade aos seus modelos, seguindo o conselho de Batalha Reis de dar mais "variedade à sua obra variando nos retratos". A alusão ao lento ritual do chá bem como à sereniddade da pose constituem valores estáticos que contrastam com certos elementos do trajo que indiciam a sua ruptura iminente. Com efeito, o chapéu sobre a cabeça e a sombrinha na mão indicam que ela estava entre dois tempos, tendo acabado de entrar ou estando prestes a sair, sendo que o pintor a cristalizou num momento de fruição doméstica, anterior ou posterior a uma experiência de mundaneidade".
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Margarida Elias, Columbano Bordalo Pinheiro, Pintores Portugueses, Matosinhos: Quidnovi, 2010, p. 77.

UM MONGE PINTOR
"Em Portugal , Columbano vai aumentar o número dos seus admiradores, criando-se uma mitificação em torno da sua personalidade que era alimentada pela crítica. O seu nome era associado com vocábulo religioso, relacionado com a natureza monacal da sua vida (18/3/1912)".

Margarida Elias, p. 78-79 ob. cit.

Depois de ler este trecho compreendi melhor Columbano. Viajei num período da História portuguesa conturbado e pude apreciar a evolução cromática do pintor.
Há uma tela de Columbano de que gosto especialmente: Inês de Castro, de 1902, que está no Museu Militar. Um dia destes colocá-la-ei.
Obrigada Margarida!

12 comentários:

  1. Margarida não levo nada a mal. Eu é que não me lembrei que era do Malhoa, e sei-o bem.
    Vou emendar.
    Obrigsada!

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  2. E eu junto-me à Ana nos parabéns à Margarida Elias. Ainda não comprei o livro (penso que terá saído ontem, se a memória não me falha), mas não deixarei de o fazer. Este excerto não deixa de constituir um belo estímulo!

    Um abraço e bom resto de semana. :)

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  3. Quero congratular-me pelo facto de andarmos a ler a mesma obra.

    Sempre gostei das caricaturas do «Mano» Rafael e agora fiquei deslumbrado com os quadros do «Mano» Columbano.

    Também gostei deste quadro que te serve de ilustração e cheguei a comentar com colegas o quadro das Tagides e Camões, para além de outras ilustrações do magnífico livro.

    Boas leituras, ana
    Bsj

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  4. JPD,
    O quadro, "Camões e as Tágides" é muito bonito. Confesso-me também deslumbrada. Redescobri o Columbano!
    O Rafael também é fantástico, cada um à sua maneira, os dois na arte de uma forma diferente!

    Mar Arável,

    :))

    Um abraço aos dois e obrigada pelas ideias que trazem e partilham.:))

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  5. É uma obra magnífica, como é magnífica a História da arte lusitana e dos mitos que a rodeiam. Ora aí está um aspecto interessante da arte e da História: são uma fonte inesgotável de interrogações :)

    Continuação de excelentes descobertas e os votos sinceros e retribuídos das melhores amizades do mundo, ana :)

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  6. R,
    Obrigada pelos seus votos fazem-me sorrir e ficar melhor!

    Boa noite!:)

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  7. Muito obrigada Ana! Fiquei muito contente com este post!:))

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  8. Parabens, Margarida!

    O livro deve estar belissimo!! Estou tao curiosa!!!

    Obrigada, Ana, por nos dar um bocadinho do mel ;-))

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  9. Sandra,
    Foi um prazer partilhar a minha primeira impressão do livro, que está belíssimo!

    Renovo os parabéns à Margarida. A incursão sobre outros pintores e suas influências em Columbano deixaram-me maravilhada, alguns foi uma surpresa agradável!
    El Greco e Velásquez eram um dado adquirido mas os outros não.
    Boa noite para as duas. :))

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