Van Gogh Museum, Amsterdão
Alyscamps, Arles
"...não tinhas tu sustentado, há já muito tempo, que o verdadeiro artista não procura os seus modelos no mundo exterior, mas sim na memória, esse mundo privado e secreto que se pode contemplar com uma consciência que tu tinhas em melhor estado que as pupilas? Era o momento de verificar se a tua teoria funcionava, koke. Isto fora motivo de ásperas discussões com Vincent, lá em Arles. O holandês louco proclamava-se pintor realista e dizia que o artista devia sair para o ar livre e assentar os seus cavaletes no meio da natureza a fim de nela encontrar inspiração. Para conciliar as coisas, nas suas primeiras semanas na Provença, Paul fez-lhe a vontade. Os dois amigos foram com os seus cavaletes, paletas e tintas instalar-se de manhã e à tarde em Les Alyscamps, a grande necrópole romana e paleocristã de Arles e pintaram, cada um, vários quadros da grande alameda de sepulturas e sarcófagos que, escoltados por numerosos álamos, conduzia à igrejinha de Saint Honorato. Mas, não muito depois, as chuvas e os sopros do mistral tornaram impossível continuarem a pintar ao ar livre e tiveram de fechar-se na Casa Amarela, a trabalhar procurando os seus temas nas suas lembranças e fantasias em vez do mundo natural, como Paul queria".
Mario Vargas Llosa, O Paraíso na Outra Esquina, Lisboa Dom Quixote, 2003, p. 227, (2ª ed. trad. J. Teixeira de Aguilar)
Será este o Paraíso?
Paul Gauguin, Ou vas-tu? II, 1893
O museu de Van Gogh e muito bom. Ha sempre actividades culturais a decorrer...:-) parece-me que e as quintas a noite que ha musica e bebidas...um ambiente muito agradavel...
ResponderEliminarArles ja nao gostei tanto...deixou-me nervosa...um bocado caotica...mas ja foi ha dois anos...agora nao sei como esta.
Adorava ir a Arles.
ResponderEliminarObrigada por partilhar a sua experiência. Adoro Van Gogh.
Boa noite!
Gostei muito deste post. Bj!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMargarida,
ResponderEliminarFico contente, obrigada!
Bj. :)