Carlos Reis, A Talha Vidrada, Não Datado
Óleo sobre Tela, 152 x 97, 5 cm , Museu Carlos Reis, Torres Novas
"Nas artes, a persistência das antigas formas e estilos sentiu-se ainda mais do que na literatura. Predominaram o naturalismo e o nacionalismo na pintura, na escultura e na arquitectura, com geral alplauso do público. As exposições de arte (em constante aumento desde 1910) mostraram sem fadiga uma sucessão monótona e sempre crescente de pintores neo-românticos, tratando com as mesmas técnicas dos mesmos temas, onde o camponês e o cenário rural "típicos" eram exaltados formosamente e artisticamente, com desprezo pela cidade e pelos valores urbanos. Uma corrente deste tipo, apesar da qualidade em geral boa dos seus representantes (Carlos Reis, Falcão Trigoso, António Saúde, Alves Cardoso, Alberto de Sousa e os velhos mestres que continuavam activos, como Malhoa e Columbano) não traziam inovações, e não podia interpretar as grandes mudanças que Portugal e o Mundo iam atravessando".
*(1914-1918)
A. H. Oliveira Marques, A Primeira República Portuguesa, Texto Editores, 2010, (2ª edição), p.21 e 89.
Muito interessante. gostei especialmente da parte da arte e das permanências.
ResponderEliminarBom dia!
Margarida,
ResponderEliminarTambém gostei deste excerto. Do que gosto mais na 1ª República é da cultura, educação e das mentalidades, a política enfastia-me por ser tão árida...
Boa tarde! :)
De facto, todas as mudanças são graduais e, frequentemente, morosas. Não basta decretar uma mudança para que ela se efective. Parafraseio a Margarida: "muito interessante!".
ResponderEliminarObrigada pelas sempre calorosas imprssões e votos retribuídos, sinceros e redobrados de um excelente feriado :)
R,
ResponderEliminarObrigada pela sua visita e desejo também um excelente feriado, com as cores outonais que nos encantam! :)