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Óleo sobre tela, 115 x 130 cm
A ilusão é o outro lado do sonho...
esfuma-se com o estalar dos dedos.
A ilusão é o outro lado do sonho...
esfuma-se com o estalar dos dedos.
... Como ocorrem as operações mentais?
Começa assim o livro Renascer (Diários e Apontamentos 1947-1963) de Susan Sontag. Conheci esta escritora no blogue Etnografia de Circunstância(s), com um excerto de O Amante do Vulcão. Normalmente, começo por ler a obra dos escritores e só depois enveredo por uma autobiografia (Diário). Os livros levam-nos a descobrir o autor mas, desta vez, fiz o contrário.
Obrigada a E. que me ofereceu o livro.
Quanto à alínea a) não sei se será tanto assim... No que diz respeito às restantes, estou inteiramente de acordo.
Susan Sontag, Renascer Diários e Apontamentos 1947-1963, Lisboa: Quetzal, 2010, p. 15 e 17
Óleo sobre tela, 349 x 776 cm, Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, Madrid
Detalhe, a flor da esperança!
Se pudéssemos entrar numa tela... talvez fosse assim...
Aguarela, 33.5 x 27.5 cm, dedicado a Henri Flammarion
Óleo sobre tela 60 x 46 cm, Galeria Narodni, Praga
Andres Segovia - Villa-Lobos Prelude no. 1 in e minor
André Romão, Modelo para Escultura Retórica
O Estado a partilha de Hyperion, 2009 (nota- o texto está riscado deixando só ver o que está a vermelho, observe a imagem)
PARA CONDUZIR O MEU POVO
AO OLIMPO DO BELO DIVINO, ONDE
DE FONTES PERENEMENTE JOVENS
BROTA O VERDADEIRO COMO TUDO
O QUE É BOM, AINDA NÃO TENHO HABILIDADE
SUFICIENTE. MAS APRENDI A USAR
A ESPADA E PARA JÁ DE NADA MAIS
PRECISO. A NOVA ALIANÇA DOS ESPÍRITOS
NÃO PODE VIVER NO AR. A SAGRADA
TEOCRACIA DO BELO TEM DE HABITAR
NUM ESTADO LIVRE E ESSE PRECISA DE
ESPAÇO NA TERRA E NÓS CONQUISTAREMOS
ESSE ESPAÇO COM CERTEZA
A escrita profunda sobre o Estado e os homens... para deglutir com Satie
Erik Satie Gymnopédie nº 1.
Trago o fado... o silêncio.
Trago fados nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noite de solidão
Trago versos, trago som,
De uma grande sinfonia
Tocada em todos os tons
Da tristeza e da alegria
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatino
Trago secos os meus olhos
Que choram desde menino
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores
Amália Rodrigues
Foto - crianças da Fundação Crianças em Risco (Children At Risk Foundation) CARF Brasil
O que os olhos nos podem dizer...
Van Gogh Museum, Amsterdão
Alyscamps, Arles
"...não tinhas tu sustentado, há já muito tempo, que o verdadeiro artista não procura os seus modelos no mundo exterior, mas sim na memória, esse mundo privado e secreto que se pode contemplar com uma consciência que tu tinhas em melhor estado que as pupilas? Era o momento de verificar se a tua teoria funcionava, koke. Isto fora motivo de ásperas discussões com Vincent, lá em Arles. O holandês louco proclamava-se pintor realista e dizia que o artista devia sair para o ar livre e assentar os seus cavaletes no meio da natureza a fim de nela encontrar inspiração. Para conciliar as coisas, nas suas primeiras semanas na Provença, Paul fez-lhe a vontade. Os dois amigos foram com os seus cavaletes, paletas e tintas instalar-se de manhã e à tarde em Les Alyscamps, a grande necrópole romana e paleocristã de Arles e pintaram, cada um, vários quadros da grande alameda de sepulturas e sarcófagos que, escoltados por numerosos álamos, conduzia à igrejinha de Saint Honorato. Mas, não muito depois, as chuvas e os sopros do mistral tornaram impossível continuarem a pintar ao ar livre e tiveram de fechar-se na Casa Amarela, a trabalhar procurando os seus temas nas suas lembranças e fantasias em vez do mundo natural, como Paul queria".
Mario Vargas Llosa, O Paraíso na Outra Esquina, Lisboa Dom Quixote, 2003, p. 227, (2ª ed. trad. J. Teixeira de Aguilar)
Será este o Paraíso?
Paul Gauguin, Ou vas-tu? II, 1893
Columbano Bordalo Pinheiro, Auto-retrato, ca. 1929
Óleo sobre tela, 92 x 69 cm, Museu do Chiado, Lisboa
I have a dream too... mas é tão pequeno comparado com o teu que foi incomensurável. O teu tem o tamanho de um gigante, o meu é o de um pequeno pássaro.
Diálogo com Martin Luther King, (Jr.).
Hoje, 14 de Outubro, faz 46 anos que ganhou o Prémio Nobel da Paz.
Gosto muito deste tenor. Se fosse vivo hoje faria 75 anos. Parabéns!
Una Furtiva Lagrima de L'Elisir D'Amore, ópera de Donizetti, para recordar Luciano Pavarotti que nasceu 12 de Outubro de 1935.
A música que me sai dos dedos ama o silêncio, e a suprema ambição do poeta é integrá-lo no canto
Eugénio de Andrade in Rosto Precário
Aída, I Acto trecho:
Radamès, capitano delle Guardie
Io fossi! se il mio sogno
Si avverasse!… Un esercito di prodi
Da me guidato… e la vittoria — e il plauso
Di Menfi tutta! — E a te, mia dolce Aida,
Tornar di lauri cinto…
Dirti: per te ho pugnato e per te ho vinto!
Celeste Aida, forma divina,
Mistico serto di luce e fior;
Del mio pensiero tu sei regina,
Tu di mia vita sei lo splendor.
Il tuo bel cielo vorrei ridarti,
Le dolci brezze del patrio suol,
Un regal serto sul crin posarti,
Ergerti un trono vicino al sol.
Celeste Aída, I Acto, Pavarotti
Longing to Escape
for my wife
abandon the imagined martyrs
I long to lie at your feet, besides
being tied to death this is
my one duty
when the heart’s mirror-
clear, an enduring happiness
your toes will not break
a cat closes in behind
you, I want to shoo him away
as he turns his head, extends
a sharp claw toward me
deep within his blue eyes
there seems to be a prison
if I blindly step out
of with even the slightest
step I’d turn into a fish
8. 12. 1999
Liu Xiaobo
* Fotografia Reporter Ohen Grezen, tratada por mim.
Orquesta del maestro Leopoldo Federico en el Obelisco (Buenos Aires, el 31.12.2008 (Bandoneon y direccion: L.Federico, bandoneones: A.Príncipe, H.Lettera, J.Pane, H.Romo), piano: N.Ledesma, contrabajo: H.Cabarcos, violines: D.Bolotin, P.Agri, M.Svidovsky, J.Mancuso, cello: U.Di Salvo; solo de violin: D.Bolotin).
Quando hoje olhamos para o 25 de Abril de 1974, o que vemos? Que balanço fazemos? Que sucessos, que fracassos, que impasses identificamos nós? Nos sucessos, há dados quase indiscutíveis: a estabilização da democracia, depois de quase cinco décadas de ditadura. O fim do colonialismo, depois de muitos anos de cegueira política e 13 anos de guerra. A abertura ao desenvolvimento, em contraste com a letargia do Estado Novo. Os fracassos são, naturalmente, mais controversos. (...)
No plano da democracia, o fosso entre a sua dimensão representativa e as exigências participativas tem aumentado, sem que se consiga responder com eficácia à degradação dos partidos, à descredibilização dos políticos ou ao desinteresse dos cidadãos."
Óleo sobre Tela, 152 x 97, 5 cm , Museu Carlos Reis, Torres Novas
"Nas artes, a persistência das antigas formas e estilos sentiu-se ainda mais do que na literatura. Predominaram o naturalismo e o nacionalismo na pintura, na escultura e na arquitectura, com geral alplauso do público. As exposições de arte (em constante aumento desde 1910) mostraram sem fadiga uma sucessão monótona e sempre crescente de pintores neo-românticos, tratando com as mesmas técnicas dos mesmos temas, onde o camponês e o cenário rural "típicos" eram exaltados formosamente e artisticamente, com desprezo pela cidade e pelos valores urbanos. Uma corrente deste tipo, apesar da qualidade em geral boa dos seus representantes (Carlos Reis, Falcão Trigoso, António Saúde, Alves Cardoso, Alberto de Sousa e os velhos mestres que continuavam activos, como Malhoa e Columbano) não traziam inovações, e não podia interpretar as grandes mudanças que Portugal e o Mundo iam atravessando".
*(1914-1918)
A. H. Oliveira Marques, A Primeira República Portuguesa, Texto Editores, 2010, (2ª edição), p.21 e 89.
" A phase cadenciada,
Que além se faz ouvir no monte pedregoso.
Todo o rebanho enleva..."
Alfredo Keil in Tôjos e Rosmaninhos
Alfredo Keil - Serments d'Amour Op. 12 No. 4