17/09/2010

Vinheta 14 - Outono, John Everett Millais!

Folhas de Outono foi o tema que escolhi para a vinheta desta e da próxima semana, foi o meu hino ao Outono que se iniciará a 23 de Setembro de 2010.
A tela de Millais maravilhou-me devido à contradição juventude / Outono que é um desnudar da natureza, um despedir da vida até à próxima Primavera.
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John Everett Millais Folhas de Outono, 1855-6.

Manchester Art Gallery, Grã-Bretanha

"Tears, Idle Tears"

Tears, idle tears, I know not what they mean,
Tears from the depth of some divine despair
Rise in the heart, and gather to the eyes,
In looking on the happy autumn-fields,
And thinking of the days that are no more.

Fresh as the first beam glittering on a sail,
That brings our friends up from the underworld,
Sad as the last which reddens over one
That sinks with all we love below the verge;
So sad, so fresh, the days that are no more.

Ah, sad and strange as in dark summer dawns
The earliest pipe of half-awaken'd birds
To dying ears, when unto dying eyes
The casement slowly grows a glimmering square;
So sad, so strange, the days that are no more.

Dear as remembered kisses after death,
And sweet as those by hopeless fancy feign'd
On lips that are for others; deep as love,
Deep as first love, and wild with all regret;
O Death in Life, the days that are no more!

Alfred, Lord Tennyson

10 comentários:

  1. A tela é muito bela, sem dúvida. É caso para dizer que há vida enquanto se espera pela vida.

    Beijo :)

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  2. AC,
    Obrigada pela sua visita e sensibilidade.
    Abraço! :)

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  3. Cara Ana, partilho do seu hino ao Outono, que é a minha estação preferida. Porém, e talvez por isso mesmo, não a concebo como uma 'despedida da vida', mas antes como um tempo de gestação que antecede os nascimentos na primavera :)

    Um abraço e um óptimo fim-de-semana!

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  4. R,
    Gosto do Outono por causa da paleta de cores quentes, do tom melancólico, do cheiro das primeiras chuvas na terra molhada de fresco... mas a minha estação preferida é a Primavera.
    Para mim o Outono é um despir, um adormecer até o renascer, sinal da Primavera.
    As folhas morrem e caem, talvez seja um tempo de gestação mas não vejo a natureza como um ente hibernador...
    Desculpe se não concordo inteiramente consigo.

    Uma certeza tenho é que partilhamos o gosto da beleza que o Outono encerra! :)
    Abraço e boa noite! :)

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  5. Devo confessar que o Outono não me agrada particularmente. Acho que Tennyson expressa o meu sentir, porque associo a estação a uma despedida "of the days that are no more". No entanto, não deito fora o bebé com a água do banho :), e devo dizer que há cores outonais, como aqueles que a pintura nos traz, verdadeiramente sublimes.

    Um abraço e um bom fim-de-semana!

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  6. Sara,
    O Outono só me agrada pela cor dourada, avermelhada e acastanhada do tapete de folhas que se despem das árvores.
    De resto, também me entristece porque também vejo a estação como uma despedida.

    As duas ideias a sua e a de R estão em parte em sintonia com a minha.
    De R só retiro a beleza da cor outonal, da Sara a despedida e o poema de Tennyson que também perfilho. Aliás, o poema foi, segundo parece, influenciado pela tela de Millais.

    Um abraço e desejo também um bom fim-de-semana! :)

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  7. A diversidade de opiniões, sensibilidades e partilhas é, sem dúvida, uma das riquezas da blogosfera. E, por isso mesmo, não há o que desculpar :) 'Vive la différence'!

    E continuação de um excelente fim-de-semana!

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  8. Gosto muito da pintura e o poema é muito belo.

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  9. Obrigada Margarida!
    Encontrei esta pintura colocando "Autumn leaves paintings" e cheguei até ela mas tenho a impressão que já a tinha visto só que não me lembro onde, nunca fui a Manchester Art Gallery.

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