O Danúbio e Parlamento de Budapeste, Hungria
As viagens perturbam. Trago na bagagem o que Fernando Pessoa colocou no seu Livro do Desassossego:
"De qualquer viagem, ainda que pequena, regresso como de um sono cheio de sonhos - uma confusão tórpida, com as sensações coladas umas às outras, bêbado do que vi.
Para o repouso falta-me a saúde da alma. Para o movimento falta-me qualquer coisa que há entre a alma e o corpo; negam-se-me, não os movimentos, mas o desejo de os ter".
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Assírio & Alvim, 3.ª edição, Lisboa, 2008, p. 131 (texto 122)
"De qualquer viagem, ainda que pequena, regresso como de um sono cheio de sonhos - uma confusão tórpida, com as sensações coladas umas às outras, bêbado do que vi.
Para o repouso falta-me a saúde da alma. Para o movimento falta-me qualquer coisa que há entre a alma e o corpo; negam-se-me, não os movimentos, mas o desejo de os ter".
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, Assírio & Alvim, 3.ª edição, Lisboa, 2008, p. 131 (texto 122)
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Ninguém gosta de almas perturbadas, por isso vou fechar a alma!
Oi, Ana.
ResponderEliminarAs almas perturbadas demonstram seres que pensam com mais profundidade. Os desassossegos de Pessoa e de nós, pessoas, podem incomodar, mas também podem encantar e demonstrar a existência de uma visão mais sensível e aguçada.
Um pouco de perturbação é sinal de inteligência!
Beijo grande,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
Olá Ivan,
ResponderEliminarObrigada pelas suas palavras gentis. Julgo que precisava de as ler.
Um grande, grande bem-haja!
Beijo,
Ana :))))
Ana, é precisamente essa sensação confusa, que o Fernando Pessoa tão bem descreve (e que já vi igualmente bem descrita pelo Érico Veríssimo), que eu tinha em viagem, antes de me abalançar a fotografar e, com isso, tornar mais claras as memórias. Também me falta a saúde – ou a confiança – da alma.
ResponderEliminarMas gosto de almas perturbadas. Porque, apesar de, por pudor, terem uma natural tendência para se fecharem um bocadinho, estão geralmente tão atentas ao interior das coisas, quanto desfocadas do exterior. Feche portanto a sua alma se achar que precisa, Ana. Mas, por nós, feche só um bocadinho… :-)))
Obrigada Luísa,
ResponderEliminarPor vezes, é cansativo...:(
Li Érico Veríssimo há uns anitos acho que tenho que o reler para encontrar a sua pista.
Bem-haja pelas suas palavras! :))
Bela viagem ou deverei dizer, viagens? :)
ResponderEliminarBudapeste valerá bem a pena, mesmo com os seus custos. Um dia, quem sabe...
Eu andei por terras bem mais próximas e trouxe algum sossego e a expectativa de que perdure.
Um abraço e uma boa noite para si, Ana!
Olá Sara,
ResponderEliminarBem-vinda e ainda bem que vem revigorada e desejo que as expectativas perdurem.
Boa noite e um abraço! :)