A inteligência, a perspicácia e a profundidade com que observa o que a rodeia: os pequenos objectos, que aquece com a alma; as sombras que cortam a luz num pequeno quarto; as viagens e a diversidade cultural vivenciadas, fizeram dela uma mulher corajosa, desafiadora, sensível e frágil interessante e estranha!
xA carta veio por intermédio do jornal e dizia:
"Desculpe-me o à vontade de lhe mandar este poema. Desconhecidos somos, mas quem se conhece, afinal? Além disso, foi você quem mo inspirou, melhor o seu artigo de quinta-feira."
Depois, pormenores: no comboio para Lisboa lera a divagação dela sobre as "Sombras". Ele também sofria de sombras. E não só de noite. Em pleno dia. Por vezes no meio da multidão. Uma afinidade aquilo das sombras. Poderiam conversar os dois?
Ela respondeu que sim, sem aludir ao poema. Eram versos esforçados de som e pausa:
sombra antiga
ida
viva
x
Imaginou-o pequeno e tímido.
O Homem dos olhos de Jade in Maria Ondina, Amor e Morte (contos), Braga: Livraria Editora Pax, s.d., p.169
Brel "Quand on a que l'amour" mis en scène par Maurice Béjart.
Nunca li nada da autora, mas o excerto é aliciante: afinal, sempre há sombras que aproximam. :)
ResponderEliminarBom Sábado!
Obrigada.
ResponderEliminarÉ verdade Sara.Vai gostar.
Ela é uma escritora incrível! As histórias são profundas e dão que pensar. Tem todos os ingredientes para momentos de parzer.
Bom Sábado! :)