06/08/2016

Mãos

Mãos
amassam
retorcem
o barro

como a mãe,
a avó,
a bisavó,
a trisavó,

amassam
a dádiva da terra
criam da mesma forma
as taças, os objectos...
diferentes pois um nunca é igual ao outro

semelhantes,
não são inovadores,
de tradição em tradição
passam de pais para filhos,
focam a sensibilidade de uma família.

Mãos que à noite
acarinham os filhos
lavam a louça, a roupa
e moldam o amor,
este não de barro,
pelo menos assim o anseia esta mulher.

ana

 

13 comentários:

  1. No (e)terno labor do amor
    a imortalidade da vida
    no barro no sabor
    definitivamente da mãe-mulher

    BFS

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  2. Ãdmiro muito a arte da olaria
    e a silhueta elegante das peças.
    Um poema muito interessante, Ana!
    As mãos de Alessio Nanni são um espanto!1
    ~~~ Beijinhos, Ana ~~~

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    1. Obrigada, Majo.
      As mãos de Nanni são de facto um espanto. :))
      Beijinhos.:))

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  3. Gostei do poema...assina se faz favor :)))
    Belas mãos as do pianista ;))
    beijinhos

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    Respostas
    1. Graça,
      Já acrescentei o ana mas não era preciso. :))
      Beijinho.:))

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  4. As mãos são tanta coisa! Criam coisas,acariciam, ajudam...Outras vezes magoam, afastam.
    "amassam
    a dádiva da terra
    criam..."
    Um beijo

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  5. Mãos nas mãos
    as minhas flores preferidas
    Bj

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  6. Puma,
    Nunca tinha lido tal poema: mãos iguais a flores.
    Bj. :))

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