Johann Michael Millitz, Magnatas retratados como Adão e Eva, 1770,
Galeria, Nacional Húngara
O amor utopiaUm tabuleiro de xadrez
sem peças...
pousado em cima da mesa.
Esquecido?
os quadrados pretos e brancos
ocupam o espaço geometricamente delicado.
É um tabuleiro isolado,
sem rei, sem rainha e sem castelo,
os cavalos e os peões desertaram;
o bispo, sábio estratega, desapareceu
não faz sentido a sua existência.
Um tabuleiro de xadrez.
Quadrados todos iguais cromaticamente
diferentes, criando um espelho difuso,
um labirinto magnético e criador
de ilusões.
Ao olhar fixamente o xadrez movimenta-se
e cria uma espiral em movimento.
Gira, gira, em movimentos concêntricos
que levam à queda
no abismo.
Movimentam-se os homens em vez das peças,
de um lado para o outro,
em linha recta,
na diagonal,
ao acaso,
sem sentido,
marionetas engendradas pelo senhor que comanda o destino.
Choram os homens o amor perdido,
o amor ilusão.
o amor utopia.
ana
O belíssimo Intermezzo de Mascagni no filme sobre a ópera Cavalleria Rusticana
de Franco Zefirelli.
de Franco Zefirelli.
Obrigada a quem mo ofereceu.
Gostei imenso desse teu O AMOR UTOPIA !
ResponderEliminarNão conhecia essa tua veia.
Muitos parabéns e o meu beijo amigo.
Obrigada, João.
EliminarVou escrevinhando...:))
Um beijo amigo.
Boa noite, Ana,
ResponderEliminarO poema é de sua autoria? Gostei, e muito, assim como fiquei maravilhada com o Intermédio.
Beijinho.
GL,
EliminarÉ,sim. Obrigada. O filme exalta a ópera.
Beijinho.:))
Intermezzo, assim é que está correcto. As minhas desculpas.:(
ResponderEliminarTenho um amigo que diz, com graça, que desde que a máquina decidiu ter vontade própria que a vida nunca mais foi o que era. Perante a gralha acima, não posso estar mais de acordo!:)
Ahaaa, haaa .:))
EliminarMuito bom o dito do seu amigo.
Percebe-se a gralha.
Beijinho.
~~~
ResponderEliminarUm poema muito expressivo, com uma construção notável,
tendo como base uma metáfora intensa e singular.
Choram os homens e deviam chorar os deuses...
A composição musical também é admirável.
Prevalece um apurado bom gosto.
A que estamos habituados.
Beijinhos, Poeta.
~~~~~~~~~~~~
Obrigada, Majo.
EliminarBeijinho.:))
Gostei muito! Beijinhos!
ResponderEliminarObrigada, Margarida.
EliminarBeijinho.:))
BRAVO!!
ResponderEliminarAna, faz muito bem tirar os escritos da gaveta...:))
Belíssima a música!
Um beijinho amigo.:)
Obrigada, Cláudia.
EliminarÀs vezes é assim, abrimos a gaveta.:)))
Beijinho com saudades.:))
Um poema magnífico coroado pelo belíssimo Intermezzo!
ResponderEliminarParabéns, inspirada ;)
beijinho grande
Obrigada, Gracinha.
EliminarNão sei se estava inspirada, saiu... :))
Beijinho grande. :))
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDeus dê muita saúde a quem lhe ofereceu tão bela música. Merece.
ResponderEliminarBea,
EliminarTem razão. Já muito tempo que não vejo essa pessoa mas faço meus os seus votos.
A ópera encantou-me e, em particular, este Intermezzo marcou-me profundamente.
Chapelada, ana!!!
ResponderEliminarBeijinhos, bfds
Obrigada, Pedro.:))
EliminarBeijinho.
O poema poderia chamar-se desalento. Quando a vida se vê na sua crueza e sem sentido, sem os véus da fantasia, diminui-se-nos a vontade de viver. Ora ela pode não ser ideal. Nós podemos ser apenas nós. Mas estamos pouco tempo demais para esse luxo que é abismarmo-nos no sem mistério. Não interessa assim tanto se é um tabuleiro de xadrêz e andamos nele "às aranhas". Por mais passos que demos, fica nada. Não podemos é perder a alegria de passar.
ResponderEliminarBoa noite.:))
EliminarUm beijinho, um pouco a correr. Gostei do teu poema. Da música! De te sentir por aqui. Viva!
ResponderEliminarbeijinhos
Obrigada, Maria João.
EliminarBeijinho.:))
Choram os homens o amor imerecido?
ResponderEliminarBela figuração criada à volta de um tabuleiro de xadrez e das suas peças.
Um poema que vale a pena. Venham então mais.
Bj
Obrigada, Agostinho.
ResponderEliminarBj. :))