Não é um cisne...
Parque dos Monges, Alcobaça
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado...trecho da música de Jorge Fernandes
Som da neve e do gelo
Sem fios, uma voz ao longe emite o
som da neve e do gelo, é estalactite
que desfere o golpe
fatal:
cai o cisne ferido no chão,
as penas brancas estão rosadas
da pintura ocre do sangue...
rodopia, rodopia,
na última dança
possível.
Começa um demi plié mas retorce-se no chão.
Olha para as luzes do palco e confunde o seu brilho
com uma estrela azul, pequena, ... caída do céu.
Do céu terreno, do céu da falsa alegria,
a estrela polar, promessa de um bom destino,
cai agora por terra... e visita o rosto
gelado e cansado...
Nele rolam duas lágrimas,
chuva perdida.
ana
Das festas da escola e da adolescência (pós-25 Abril). Lembra-se Pedro?
Belo poema, ANA !
ResponderEliminarMas continuo sem poder vídeos por ter o Plug-in bloqueado e não sei como resolver o prolema...
Um beijo.
Obrigada, João.
EliminarTeve algum exercício mas não consegue o efeito do anterior, modéstia à parte. :)))
O João deve conhecer esta música.
Beijinho.:))
Então não havia de lembrar, ana!!
ResponderEliminarEsta balada fez bater muitos corações debaixo das luzes da discoteca ou da garagem decorada a preceito.
Beijinhos
:)))
EliminarBeijinho.
Porquê um poema tão de morte.
ResponderEliminarBea,
EliminarÀs vezes a tragédia funciona teatralmente.
Boa tarde. :))
Lágrimas soltas
ResponderEliminarBj
Bj. :))
EliminarO pós-25 de Abril foi uma enxurrada de novas coisas, novas emoções. Tínhamos tão pouco que, após os festejos de Abril, em cada esquina havia uma nova aprendizagem, acicatada pela suposta construção do "homem novo". Para quem não viveu esses momentos (eu era um ingénuo adolescente) é difícil explicar a catarse verificada.
ResponderEliminarBem postado, Ana!
Um beijinho :)
Obrigada, AC.
EliminarConcordo com a construção do "homem novo" e a catarse verificada. :))
Beijinho.
É belo o teu poema. Triste. "Sem fios, uma voz ao longe emite o
ResponderEliminarsom da neve e do gelo". Virá o brilho da luz e do calor... Vem sempre! Beijinhos
Obrigada, Maria João.
EliminarEsperemos. :))
Beijinho.
gostei muito do poema
ResponderEliminarembora me perturbe a estrela polar arrastada pelo chão..
Obrigada, Herético.
EliminarÉ sempre perturbador vermos no chão algo que é do espaço, não é verdade?:))
Boa noite.
~~~
ResponderEliminarUm poema muito belo, Ana.
Evocou-me o «Bailado dos Cisnes»...
Parafraseando?
Beijinhos.
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Obrigada, Majo.
ResponderEliminarUma evocação presente sim.
Beijinhos.:))
Atravessam o poema, parece-me, tristeza e idealismo próprios da idade certa para vencer o mundo. Gostei, muito, Ana.
ResponderEliminarObrigada, Agostinho.
EliminarÀs vezes acontece e a pena mexe-se sem eu querer. :)))
Que linda metáfora, Ana, e mais não digo...
ResponderEliminarÉ revitalizante transformar sentimentos em arte!
Um grande beijinho e bom fim de semana
Beijinho, Graça.:))
ResponderEliminarObrigada.