01/09/2011

Leitura de férias - 2 , Olavo Bilac

A arte ilustra bem a poesia. É neste contexto que apresento Benjamín Palencia, um pintor espanhol que nasceu em Albacete em 1894 e faleceu em Madrid em 1980. Vi esta tela no Museu de Santa Cruz, em Toledo, numa exposição sobre a obra e vida do pintor.

Benjamín Palencia, Paisaje de Montaña, c. 1925

Óleo sobre lienzo, Colección particular, Madrid

Todas as árvores me maravilham mas aquelas que vivem várias centenas de anos têm o condão de me silenciarem como o poema de Olavo Bilac, poeta e jornalista brasileiro, que viveu entre 1865 e 1918.

Árvore da borracha, Alicante, Espanha.



Velhas árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo”! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Olavo Bilac, Antologia: Poesias. São Paulo : Martin Claret, 2002. Alma Inquieta. (Coleção a obra-prima de cada autor), p.34 in A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro

9 comentários:

  1. Estranha mas bela, a raiz da árvore.
    Uma escultura da natureza.
    Gostei do poema.
    Gostei do post.
    Um beijinho

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  2. Olavo Bilac sempre muito bom, tivemos que ler muitos livros e contos desse autor. Leitura fácil, dócil e que toca crianças e adultos.

    A árvore...tomara que no futuro não seja assim.

    5 bjs

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  3. A tela é linda, ana.
    A pintura a óleo é a que mais me atrai.
    Bjs

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  4. É lindo o quadro do pintor espanhol e as árvores velhas são sempre maravilhosas (as novas também...mas de outro modo, não é?)
    O poema é muito belo.
    Voltou e estou contente!
    "Encontrei" hoje 7 conchinhas cor de rosa e fiquei encantada!
    Um beijo agradecido

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  5. Olá ana!
    É sempre uma maravilha voltar à beleza e sensibilidade do seu blogue. Obrigada por estas partilhas de "cenários" das suas férias. Não conheço Toledo e esta é sempre uma forma de conhecimento mediado, que sempre nos enriquece.
    Um beijinho!

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  6. Isabel,
    Era uma árvore gigante e bela uma escultura da natureza, como dizes!
    Beijinhos! :)

    Cozinha dos Vurdóns,
    Gostei muito da leitura que fiz de Olavo Bilac. descobri-o há pouco tempo.
    Todas as árvores são belas, sejam nova ou velhas!
    5 beijinhos gigantes. :)

    Pedro,
    Gosto de pintura e de desenho mesmo muito. O desenho ou estudos são para mim magníficos!
    Esta tela é bonita.
    Beijinhos! :)

    MJ,
    Sim, as árvores velhas têm uma monumentalidade singular. Mas as novas também têm beleza.
    Fico contente que tenha gostado da simplicidade de um momento!
    Beijinhos!:)

    Sara, olá!
    Obrigada pelas suas palavras e desejo um bom regresso.
    Quando puder vá até Toledo é uma cidade deslumbrante, não tem a amplitude de Madrid mas tem uma atmosfera muito especial.
    Beijinho! :)

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  7. Olavo Bilac. Um nome cada vez menos refernciado...e é pena. Muito bonito o poema Ana e a escolha dos quadros.

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  8. George Sand,
    Muito obrigada pela sua visita fico contente de a encontrar. :)

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  9. Gostei muito do poema e do tema - pois gosto de árvores e sobretudo das antigas. Bj!

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