A arte ilustra bem a poesia. É neste contexto que apresento Benjamín Palencia, um pintor espanhol que nasceu em Albacete em 1894 e faleceu em Madrid em 1980. Vi esta tela no Museu de Santa Cruz, em Toledo, numa exposição sobre a obra e vida do pintor.
Benjamín Palencia, Paisaje de Montaña, c. 1925
Óleo sobre lienzo, Colección particular, Madrid
Todas as árvores me maravilham mas aquelas que vivem várias centenas de anos têm o condão de me silenciarem como o poema de Olavo Bilac, poeta e jornalista brasileiro, que viveu entre 1865 e 1918.
Árvore da borracha, Alicante, Espanha.
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Velhas árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo”! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Bilac, Antologia: Poesias. São Paulo : Martin Claret, 2002. Alma Inquieta. (Coleção a obra-prima de cada autor), p.34 in A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo”! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Bilac, Antologia: Poesias. São Paulo : Martin Claret, 2002. Alma Inquieta. (Coleção a obra-prima de cada autor), p.34 in A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro
Estranha mas bela, a raiz da árvore.
ResponderEliminarUma escultura da natureza.
Gostei do poema.
Gostei do post.
Um beijinho
Olavo Bilac sempre muito bom, tivemos que ler muitos livros e contos desse autor. Leitura fácil, dócil e que toca crianças e adultos.
ResponderEliminarA árvore...tomara que no futuro não seja assim.
5 bjs
A tela é linda, ana.
ResponderEliminarA pintura a óleo é a que mais me atrai.
Bjs
É lindo o quadro do pintor espanhol e as árvores velhas são sempre maravilhosas (as novas também...mas de outro modo, não é?)
ResponderEliminarO poema é muito belo.
Voltou e estou contente!
"Encontrei" hoje 7 conchinhas cor de rosa e fiquei encantada!
Um beijo agradecido
Olá ana!
ResponderEliminarÉ sempre uma maravilha voltar à beleza e sensibilidade do seu blogue. Obrigada por estas partilhas de "cenários" das suas férias. Não conheço Toledo e esta é sempre uma forma de conhecimento mediado, que sempre nos enriquece.
Um beijinho!
Isabel,
ResponderEliminarEra uma árvore gigante e bela uma escultura da natureza, como dizes!
Beijinhos! :)
Cozinha dos Vurdóns,
Gostei muito da leitura que fiz de Olavo Bilac. descobri-o há pouco tempo.
Todas as árvores são belas, sejam nova ou velhas!
5 beijinhos gigantes. :)
Pedro,
Gosto de pintura e de desenho mesmo muito. O desenho ou estudos são para mim magníficos!
Esta tela é bonita.
Beijinhos! :)
MJ,
Sim, as árvores velhas têm uma monumentalidade singular. Mas as novas também têm beleza.
Fico contente que tenha gostado da simplicidade de um momento!
Beijinhos!:)
Sara, olá!
Obrigada pelas suas palavras e desejo um bom regresso.
Quando puder vá até Toledo é uma cidade deslumbrante, não tem a amplitude de Madrid mas tem uma atmosfera muito especial.
Beijinho! :)
Olavo Bilac. Um nome cada vez menos refernciado...e é pena. Muito bonito o poema Ana e a escolha dos quadros.
ResponderEliminarGeorge Sand,
ResponderEliminarMuito obrigada pela sua visita fico contente de a encontrar. :)
Gostei muito do poema e do tema - pois gosto de árvores e sobretudo das antigas. Bj!
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