20/02/2011

"O sólido é para os mortos, mas o transparente é para os vivos"

Em Paris, na fila de entrada para o Museu do Louvre, uma espera ambicionada, para ver a Vitória de Samotrácia, ou deusa Niké, Níkē tes Samothrakes, em grego Νίκη της Σαμοθράκης. A sua criação, segundo parece, deve-se, provavelmente, à comemoração da vitória naval de Rhodes. A escultura teria feito parte de uma fonte em forma de embarcação e estaria colocada na proa.
Na fila, o tempo demorava a passar tal era a ansiedade. Outras obras esperavam o meu olhar, uma delas o sorriso de Mona Lisa. Os pombos passavam entre nós procuravam as migalhas caídas no chão e observavam-nos com curiosidade. Um momento de espanto surgiu quando, ao atravessar o arco do Palácio do Louvre, avistei a Pirâmide de Pei. Ali estava ela a Grande Pirâmide, no Cour de Napoleon. O enquadramento assimétrico foi propositadamente visto pela câmara para que o arco de volta perfeita mostrasse o céu enevoado.
x


"O sólido é para os mortos, mas o transparente é para os vivos".
Ieoh Ming Pei



Vitória de Samotrácia


Museu do Louvre, Paris (já a tinha colocado, mas é tão bela que não resisti)

4 comentários:

  1. Que belo texto, Ana! Fez-me lembrar a mesma ansiedade, a mesma emocao...de repente, aqui e agora...
    Um beijinho e obrigada por mais esta perola!
    Tambem gostei muito da foto da Piramide!

    ResponderEliminar
  2. Obrigada, Sandra. Vivenciei esta sensação e maravilhei-me com tudo até com uma nuvem passageira.
    Bjs :)

    ResponderEliminar
  3. É lindíssima esta escultura. A última vez que fui ao Louvre não me lembro de haver uma fila tão grande para a ver - mas foi já há cerca de 7 anos. É um Museu extraordinário.
    Bj!

    ResponderEliminar
  4. Margarida,
    É um Museu extraordinário, a primeira vez que lá fui também não havia grandes filas, mas desta vez sim.
    Há sempre algo que fica por explorar.
    Bjs :)

    ResponderEliminar

Arquivo