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21/11/2013

Na Biblioteca Nacional

O encantamento dos livros iluminados levou-me à exposição Livros de Horas: o imagnário da devoção privada, patente na Biblioteca Nacional de Portugal. Uma sugestão que aqui deixo e que poderá visitar até ao dia 16 de Fevereiro.

Livro de Horas: Virgem do Leite

Os Livros de Horas são livros de devoção cristã para leigos com orações indicadas para diferentes momentos do dia. Estes livros foram criados para facilitar a comunhão com Deus e os santos sem a intervenção direta do clero (devoção privada). Contêm uma coleção de textos, orações e salmos, acompanhado de ilustrações apropriadas. Junto com as seleções dos salmos, eles normalmente incluem um calendário de grandes festas e dias santos, seleções dos Evangelhos e orações para os mortos.  Deste modo, o Livro de Horas servia como conteúdo de leitura litúrgica para determinados horários do dia. Encontram-se entre os manuscritos medievais mais belos e ricamente ilustrados. Enquanto alguns famosos são bastante grandes, a maioria é relativamente pequena para permitir que o proprietário os transportasse facilmente.

O imaginário dos Livros de Horas combina imagens sagradas, 
com evocações do quotidiano medieval e do mundo natural. 
Flores, frutos e animais reais e imaginários ocupam as iniciais 
ou deslizam pelas margens em explosões de cor e criatividade. 
Como um espelho, o Livro de Horas é um reflexo do seu encomendador 
 e uma extraordinária fonte de conhecimento e arte. 

Autor Frei Carlos, Oficina do Espinheiro, 1518 a 1525 *


Reprodução do MNAA. Pintura a óleo e tempera sobre madeira de carvalho, 30 x 22 cm. Proveniência Mosteiro do Espinheiro (Évora). Mosteiro de Santa Maria de Belém (Lisboa).

14/02/2013

14 de Fevereiro, da política ou do amor?

Lisboa, Rua do Século

Num país cujos governantes são "uma máquina de destruir emprego", 
em que o estado social está a morrer, talvez seja o amor que nos faz erguer a cabeça.
Os portugueses são solidários e a comprová-lo esteve o sucesso do Banco Alimentar
 em dezembro passado. O que nos resta?

A-M-A-R

Recebi por e-mail um conjunto de cartões do M. Moleiro Editor e deles escolhi o fólio 28r.
É um cartão de amor para o dia dos Namorados, dia de S. Valentim. Embora, não seja uma tradição no nosso país este dia  já entrou na cultura portuguesa via comercial. Como é um louvor ao amor. Louvemos pois o dito.

«Splendor Solis ("The Splendour of the Sun") is a well-known colorful alchemical manuscript. The earliest version, written in Central German, is dated 1532–1535 and is housed at the Kupferstichkabinett Berlin at State Museums in Berlin. It is illuminated on vellum, with decorative borders like a book of hours, beautifully painted and heightened with gold. The later copies in London, Kassel, Paris and Nuremberg are equally fine. 
In all twenty copies exist worldwide.» 
Retirado da Wikipedia do link abaixo assinalado

  Splendor Solis, folio 28r


Feliz Só Será

Feliz só será 
A alma que amar. 
'Star alegre 
E triste, 
Perder-se a pensar, 
Desejar 
E recear 
Suspensa em penar, 
Saltar de prazer, 
De aflição morrer — 
Feliz só será 
A alma que amar. 

 Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções" Tradução de Paulo Quintela (Citador)

 

08/02/2013

Iluminuras no tempo de Santo António

Ando a ler um belo livro que me ofereceu MR. Trata-se de A Iluminura  de Santa Cruz no Tempo de Santo António, de Maria Adelaide Miranda. Lisboa: Editora Inapa, 1996.*

Imagem da esquerda: Tábuas da Concordância Evangélica. Estrutura arquitectónica. Colunas suportam arcos ultrapassados, com símbolos dos evangelistas. No friso superior combate entre animais apocalípticos. Bíblia, século XII, (Sta Cruz I, fl. 362v).
Imagem da capa  
É ao exemplo de Santo Agostinho que os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho vão buscar o arquétipo da vida em comum e ausência de bens. (p.5)*

Santo Agostinho é um dos doutores da Igreja que admiro. Nas minhas investigações ele tem um papel crucial. 

22. Mas eis que eu tiro da memória a afirmação de que são quatro as perturbações da alma, o desejo, a alegria, o medo, a tristeza, e o que quer que acerca delas puder dissertar, dividindo e definindo cada uma segundo as espécies dos respectivos géneros; na memória encontro, e aí vou buscar, o que digo, sem, no entanto, me perturbar com nenhuma dessas perturbações, quando as evoco, trazendo-as à memória; e estavam lá antes que eu as recordasse e voltasse ao contacto com elas; por isso, puderam de lá ser tiradas, mediante a recordação.
Santo Agostinho, Confissões X

10/05/2012

Dom ou do amor ...

Há livros que nos prendem, que nos fazem sonhar, sorrir e impressionar. A beleza através da música é um dom inexplicável de uma personagem ficcional que marca o que pode ser e não ser a felicidade, essa pedra imperfeita. 
O Coleccionador de Sons é tudo isto, cria a melancolia de não entendermos porque não poderemos ser perfeitos. 

Tristão e Isolda daqui.codex Manesse (Grosse Heidelberger Liederhandschriftt, Cod. Pal. germ.848) 
Agradeço a informação a 玉,( post alterado a 13 de Maio)
 

A minha excitação ampliou-se ao infinito. O grande mestre extraíra o elixir do amor do elixir da morte. Maravilhei-me  ao descobrir como Wagner conseguiu captar a dualidade do amor eterno, como fora capaz de interpretar a verdadeira natureza dos herdeiros de Tristão. A tese dos poemas de génio era metafisicamente perfeita, digna de um tratado de Shopenhauer: só na morte pode encontrar-se o amor eterno.
E não era exactamente isso que sucedia comigo? O elixir celeste da minha voz guiava as mulheres até ao filtro mortal do meu corpo.
Depois havia a música. E que música Padre, que música! Todas as obras devem estar escritas numa tonalidade, Sabe o que isto significa? Sabe o que são as 24 tonalidades? São o universo, Padre, são o universo dos sons: as 24 dimensões a que nenhum músico pode escapar, os únicos 24 pontos de referência em que uma composição se pode mover, as alcovas pelas quais, e em quais, qualquer compositor é obrigado a entrar, sair ou permanecer.

Fernando Triés de Bes, O Coleccionador de Sons, Porto: Porto Editora, 2008, p. 187.

27/04/2012

TREVO

Chegou por mão de uma amiga um trevo de quatro folhas. Muito obrigada!
Na primeira folha escrevo - Amizade;
Na segunda folha - Sabedoria;
Na terceira folha - Perseverança;
Na quarta folha - Amor.

Breviário da Condessa de Bertiandos, Academia de Ciências de Lisboa
(Fotografei da Revista Oceanos*, p. 21. fotografado por Laura Castro Caldas e Paulo Cintra)

Garcia de Resende, Miscelânea  - Ontem e hoje a Misericórdia, teve e tem um papel importante no auxílio dos que mais necessitam. 

Fotografado da revista Oceanos, A Luz do Mundo, Iluminura Portuguesa Quinhentista, nº 26 Abril/Junho  1996 (Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses).

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