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09/09/2017

Outra face do Brasil


Cada vez mais  eu escrevo 
com menos palavras. Meu livro
melhor acontecerá quando
eu de todo não escrever.

Clarice Lispector in

Exposição: Clarice Lispector, Na Hora da Estrela, Fundação Calouste Gulbenkian, 2009




19/02/2017

padrão/paradigma

padrão = modelo, paradigma.                                      Mário Cesariny, Naniôra, Uma e Duas, 1960, Centro Aarte Moderna Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian


O paradigma humano é dos mais difíceis de entender. Porém, há um conjunto de sinais que se repete, que se constrói, que vêm a delinear e a desenhar um rosto.
Nem sempre queremos ver o rosto que sai do papel, embora, o tenhamos presente, não o queremos ver. Os olhos traem a nossa mente.
Do esboço, no entanto, sai um rosto real que nos observa, que nos trai, que nos interpela de diferentes maneiras, que nos distrai, que nos confunde e que no final fica só.
Há o fio umbilical ligado a si próprio, tal narciso, nem da posição fetal se recorda. 
Há um princípio e um fim mas a realidade fica à margem deste ciclo e acaba... mal.

ana


17/10/2015

Solidão no dia da erradicação da pobreza

Em Portalegre os idosos e as crianças associaram-se na Praça da República para levantar a voz sobre a erradicação da pobreza. Foram entrevistados vários idosos que vivem no limiar da pobreza ou mesmo em pobreza, com o dinheiro contado e com a ajuda da Misericórdia. É este o país em que vivemos, é caso para dizer que este país não é para velhos nem para jovens, para quem é afinal?
Para uma população activa, que desconta os seus impostos a pensar nos mais velhos e no futuro mas ... sem futuro? 

Na Gulbenkian este Senhor mereceu o meu olhar. 
Partilha o que tem e na sua solidão há apenas a harmonia com a Natureza que o rodeia.


O Dia Internacional da Erradicação da Pobreza celebra-se dia 17 de Outubro.

Piano Casta Diva Ária de Norma de Bellini

22/10/2014

"Quero..."

O jardim da Gulbenkian onde é bom repousar a vista.
Um dia de muito sol.

Exposição fotográfica no jardim. [Infelizmente não retirei a informação sobre elas]



  “Quero um erro de gramática que refaça"

Quero um erro de gramática que refaça
na metade luminosa o poema do mundo,
e que Deus mantenha oculto na metade nocturna
o erro do erro:
alta voltagem do ouro,
bafo no rosto.

Helder, Herberto, Poesia Toda, Lisboa: Assírio & Alvim, 1996. [Cortesia do Google]




Uma exposição a visitar. [Cheguei um dia mais cedo.]


A exposição é constituída por 141 obras de arte que pertencem à Casa Real de Espanha.

Obrigada Xilre. A interpretação de Cecilia Bartoli é magnífica.

03/10/2014

Melancolia!

Clarice Lispector, A Hora da Estrela, exposição na Fundação Calouste Gulbenkian, 2013


Cada vez mais eu escrevo
com menos palavras. Meu livro
melhor acontecerá quando
eu de todo não escrever.

Clarice Lispector - Esboço para um possível retrato, de Olga Borelli

10/07/2014

Desordem no jardim

Desordem no jardim



A desordem também tem cor e arte: 
é fruto da queda... quando acordamos do sonho.

A arte é um esquivar-se a agir, ou a viver. «A. de C. (?) ou L. do D. (ou outra coisa qualquer)» 

A arte é um esquivar-se a agir, ou a viver. A arte é a expressão intelectual da emoção, distinta da vida, que é a expressão volitiva da emoção. O que não temos, ou não ousamos, ou não conseguimos, podemos possuí-lo em sonho, e é com esse sonho que fazemos arte. Outras vezes a emoção é a tal ponto forte que, embora reduzida a acção, a acção, a que se reduziu, não a satisfaz; com a emoção que sobra, que ficou inexpressa na vida, se forma a obra de arte. Assim, há dois tipos de artista: o que exprime o que não tem e o que exprime o que sobrou do que teve. 

s.d.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego. Vol.II.  (Organização e fixação de inéditos de Teresa Sobral Cunha.) Lisboa: Presença, 1990, p. 500.

 

13/02/2014

Cartas de amor? - Fernando Pessoa, Plural como o Universo

Cartas de amor?  

Exposição Fernando Pessoa, Plural como o Universo, Fundação Calouste Gulbenkian, concebida e organizada pela Fundação Roberto Marinho e pelo Museu da Língua Portuguesa de São Paulo.

[postal e carta de Ophélia para FP]

Cartas de amor

Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer

Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem

Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver

Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem

 Alves Coelho (filho)
Amor profano 
(canção cantada pelo tenor Davide Aires)

Amor espiritual [ou do Sagrado]

22/11/2012

As Idades do Mar - exposição na Gulbekian

Não sei se já deixei um registo da minha paixão pelo mar... Das árvores sabem que sim. 
Do mar  vem o gosto pela aventura, pelo mistério, vem a minha nostalgia, a minha ânsia de viajar.
O mar é de todos e não é de ninguém... mesmo que os homens desenhem fronteiras. 

“O mar é uma entidade física imensa que ocupa sete partes da totalidade do globo terrestre, espaço fascinante e enigmático que propicia riquezas materiais e grandiosas divagações do espírito”
João Castel-Branco Pereira (Diretor do Museu Gulbenkian)

Joaquín Sorolla no Cartaz da Exposição 
e escultura "A Primavera, Homenagem a Jean Goujon" , 1939, de Alfred-August Janniot


Da Exposição: 
«O Museu Gulbenkian apresenta uma exposição centrada nas representações físicas e simbólicas do Mar ao longo de quatro séculos da pintura ocidental (séculos XVI-XX), por artistas como Turner, Friedrich, Ingres, Guardi, Bocklin, Constable, Lorrain, Monet, Courbet, Klee, Dufy, De Chirico, Manet ou Van Goyen, entre muitos outros. A pintura portuguesa estará representada por nomes como Amadeo, Vieira da Silva, Sousa Lopes, Noronha da Costa, António Carneiro ou João Vaz. 
Com curadoria de João Castel-Branco Pereira, diretor do Museu Gulbenkian, a exposição desenvolve-se em seis núcleos distintos: A Idade dos Mitos; A Idade do Poder; A Idade do Trabalho; A Idade das Tormentas; A Idade Efémera; A Idade Infinita». 

Todas as imagens e informações foram retiradas do seguinte site:
Museu Calouste Gulbenkian
[os autores das fotografias estão identificados no referido site]

A Idade dos Mitos
Arnold Böcklin, (1827-1901). Tritão e Nereida. 1877.
Têmpera sobre papel, montado sobre painel de madeira. 44,5 x 65,5 cm. Museum Oskar Reinhart am Stadtgarten, Winterthur. (site da Fundação Calouste Gulbenkian)


A Idade do Poder
Autor não identificado. “Martírio de Santa Úrsula e das Onze Mil Virgens” do Retábulo de Santa Auta. c. 1522. Óleo sobre painel de madeira . 93 x 192,5 cm . Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa


A Idade do Trabalho
William Bradford (1823-1892). "Pescadores Junto à Costa do Labrador". Sem data. Óleo sobre tela. 52 x 82,5 cm. Coleção Carmen Thyssen-Bornemisza em depósito no Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid .

A Idade dos Tormentas
Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992). “História Trágico-Marítima ou Naufrage”. 1944. “Óleo sobre tela”. 81,5 x 100 cm., Lisboa.
( Tela já colocada no Prosimetron a 17 de Agosto de 2010)


A Idade Efémera
Claude Monet (1840-1926). “Hôtel des Roches noires. Trouville”. 1870. Óleo sobre tela. 81 x 58 cm. Paris, musée d’Orsay, doação de Jacques Laroche, 1947. Inv. RF 1947-30. Paris, Musée d’Orsay.



A Idade Infinita 
Carl Friedrich Blechen (1798-1840). "Gruta no Golfo de Nápoles". 1829. Óleo sobre tela. 37,5 x 29 cm Wallraf-Richartz Museum & Fondation Corboud, Colónia.

  

18/11/2011

Luz e sombra

Torso de Pathos (séculos I a.C-I?), Fundação Calouste Gulbenkian








Não há beleza maior
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