Boa noite de S. Martinho!
Nostalgia
o castanheiro da avó
ficou perdido no bosque
já ninguém o visita.
Debaixo da frondosa copa,
à sombra das suas folhas dançantes,
os livros ficaram perdidos
pousados junto às raízes fortes.
As memórias boas e funestas
são sombras e afectos perdidos.
O canto dos pássaros continua...
a vida continua, o canto também,
mas os pássaros são outros, ...
O livro aberto está em branco,
a passagem do tempo apagou a escrita,
apagou o nome,
apenas ficou o coração desenhado na árvore.
O castanheiro da avó
permanece inteiro, em direcção ao céu,
no chão ficaram duas ou três castanhas.
ana
Homenagem a um cantor que gosto.
Excelente a imagem !
ResponderEliminarMagnífico o teu poema, Ana !
E em cada castanha há um coração !
Quem tem coragem de dizer que Leonard Cohen era o SENHOR DA VOZ ?
Um beijo muito amigo e com muitas felicitações por tudo que postaste, Ana !
Obrigada, João.
EliminarUm beijinho. :))
FALHA GRAVÍSSIMA !
ResponderEliminarEra NÃO ERA O SENHOR DA VOZ
Mil e um perdões.
O Leonard Cohen não merecia este lapso !!!
:)))
EliminarBeijinho.:))
A partida de Leonard Cohen abre mais um vazio na música popular, embora os meus álbuns favoritos sejam os da década de 60/70, ou melhor dizendo todos os que publicou até ao "Recent Songs", sempre adorei a sua poesia e gostei imenso de o ver em Cascais na primeira vez que veio ao nosso país, mas como também todos sabemos a sua música e os seus poemas permanecem bem vivos no coração de todos aqueles que adoram escutá-lo, essa voz rouca e arrastada, mas inconfundivelmente brilhante.
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
Não tenho nenhum livro dele mas tenho discos.
EliminarSim, também prefiro as músicas dessas décadas. Contudo, ele tem uma voz que canta a poesia e isso encanta.
Bom fim-de-semana!:))
Para mim, que nunca o vi, Cohen vai continuar a ser quem era: alguém que gosto de ouvir cantar desde que uma das minhas manas disse, toma lá esta cassete que te gravei, penso que é o teu tipo de música. Acertou. Contudo, reconheço, foi na blogosfera que associei recordações. E ele passou e deixou rasto. Talvez indiferente a tudo isto, ocupado em viver a sua vida de músico e não só.
ResponderEliminarTambém nunca o vi, por uma questão de preguiça em não me meter em multidões. Agora lamento.
EliminarBoa noite. :))
Tenho aqui por casa um livro de poemas do LC mas não consigo localizá-lo. Foi um autor que soube grangear muitos admiradores ao longo de décadas. Tenho a percepção que foi nos últimos anos (no retorno à actividade que o sucesso se intensificou.
ResponderEliminarQuanto ao castanheiro da avó penso que continuará a merecer um carinho especial da Ana. É esse sentimento que me parece mais presente no poema. Muito bonito.
Bj.
Obrigada, Agostinho.
EliminarO castanheiro permanece vivo. Não sei se tem um tempo mas a longevidade é imensa.
Bj. :))
O castanheiro é uma árvore bonita. Muitas histórias terá esse para contar.
ResponderEliminarGostei muito do post.
Beijinhos e um bom domingo:)
Obrigada, Isabel.
EliminarTem sim, muitas brincadeiras.
Beijinhos.:))
O castanheiro e as recordações que esconde, isso numa sentida e saudosa homenagem à avó.
ResponderEliminarCohen sempre. O Senhor, o Poeta, o Homem da palavra e da música, o Homem multifacetado, o Homem completíssimo. Para mim, e penso que para a maioria de nós, o Homem imortal.
Bom Domingo.
Beijinho, Ana.
GL,
EliminarObrigada. Um homem imortal,sim.
Beijinho.:))
Ainda não comi castanhas este ano.
ResponderEliminarE ainda estou algo tonto com a morte de Cohen.
Beijinhos, boa semana
Pedro,
EliminarHoje, comi castanhas, sentada na esplanada do Santa Cruz, com um café. Soube-me muito bem.
Beijinho. :))
Que bonito e que bela homenagem!
ResponderEliminarbeijinho