Mascarão, caixotão de tecto, Museu de Aveiro, (Museu de Santa Joana)
A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos.
Agostinho da Silva, in Diário de Alcestes (citador)
As imagens que me chegam de Coimbra fazem doer a alma, ana :(
ResponderEliminarBeijinhos
Pedro,
EliminarAcredita que ainda não tirei uma fotografia? Faz pena mesmo.
Beijinhos.
Linda a fotografia (é sua? de onde é?). Gostei também muito do texto. É preciso ter coragem para ser diferente. É por vez um caminho solitário e nem sempre se aguenta muito tempo. Beijinhos!
ResponderEliminarMargarida,
EliminarÉ sim. Tirei-a no Museu de Aveiro, museu de Santa Joana (Mosteiro de Jesus).
É preciso ter coragem sim.
Beijinhos.:))
Ana, as minhas palavras vão ao encontro das de Margarida Elias.
ResponderEliminarMuito poucos os que conseguem ter a coragem de ser realmente diferentes!
Belíssimo texto este de Agostinho da Silva.
Um beijinho.:))
Obrigada, Cláudia.:))
EliminarTambém acho belíssimo.
Beijinho.:))
O texto é interessante e acho que pode ser visto por duas perspectivas. Uma, a da pessoa recta, que não cede a pressões e que tenta caminhar no sentido do que é justo, doa a quem doer( era bom que essa diferença fosse a dos governantes).
ResponderEliminarPode ser também encarado numa perspectiva egoísta. pois ser diferente, transgredir o estabelecido, não ligar a ninguém e fazer o que se quer, pode acabar por magoar bastante quem nos rodeia.
Talvez o melhor seja ser diferente encontrando o meio-termo, ser diferente, pensar pela própria cabeça, não seguir as multidões só porque sim e sobretudo fazê-lo não pisando ninguém.
Comprei há dias uma biografia de Agostinho da Silva de António Cândido Franco, da Quetzal.
Um beijinho:)
Isabel,
EliminarAinda não vi essa biografia. Gosto de Agostinho da Silva.
Talvez tenhas razão, mas é sempre difícil avaliar.
Beijinho.:))
Bem dito. Salvé, Agostinho!Ainda hei-de comprar-te a prosa. Ai hei-de, hei-de.
ResponderEliminarBea,
EliminarSalvé Agostinho.
Boa noite.:))
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMajo,
EliminarQue pena ter apagado.
Beijinho.:))
Como sempre, tudo a condizer, imagem, texto e música!
ResponderEliminarFaço minhas as palavras da Isabel!
Permites-me um jogo entre as 3 coisas?
Todos somos diferentes e somos únicos.
Às vezes somos obrigados a usar um qualquer "Mascarão" que nos assenta muito mal e nos impossibilita de poder ser "livres de ser"...
Por isso..."nascemos a chorar"...
beijinhos :)
Obrigada, Graça.:))
EliminarCada um é único, sim.
Tão bonita essa imagem que criaste.
Beijinho. :))
Quanto mais se fala sobre diferenças, mais a sociedade tenta massificar e uniformizar pensamentos e atitudes. Mais que salvação é ato heroico manter-se firme, contra o que ilude e envolve, na tentativa de resguardar a própria integridade... Beijos.
ResponderEliminarObrigada, Jane.
EliminarGostei do que deixou.
Beijinho.:))
Diferentes são as pedras e os calhaus
ResponderEliminarBj
Será?
EliminarBeijinho.:))
Tem sido um Inverno horrível e destruidor de tanta beleza! Son nata a lagrimar?
ResponderEliminarBelo o video e a música. beijinhos. Recebeste o postal de Portalegre (mandado de cá, claro...)?
Querida Maria João,
EliminarRecebi sim.
Pensava que tinha agradecido e acusado a recepção. Peço desculpa se não o fiz.
Beijinhos.:))
Ser diferente...ou 'ser-se nós' que somos sempre diferentes?
ResponderEliminar"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele." Sermos nós, pois, até ao fim....
Obrigada, MJ.
EliminarUm dia destes escrevo.
Beijinhos.:))
A Ana trouxe aqui um Agostinho invulgar, um homem de carácter, que prezava a liberdade, de tal modo que esteve exilado grande parte da sua vida. Recordo-me da sua figura despojada na televisão. O seu discurso encantava-me. E gostava de gatos.
ResponderEliminarBoa noite.
A Ana trouxe aqui um Agostinho invulgar, um homem de carácter, que prezava a liberdade, de tal modo que esteve exilado grande parte da sua vida. Recordo-me da sua figura despojada na televisão. O seu discurso encantava-me. E gostava de gatos.
ResponderEliminarBoa noite.