Sou uma espécie de carta de jogar, de naipe antigo e incógnito, restando única do baralho perdido. Não tenho sentido, não sei do meu valor, não tenho a que me compare para que me encontre, não tenho a que sirva para que me conheça. (...) Volto em mim ao que sou, ainda que seja nada. E alguma coisa de lágrimas sem choro arde nos meus olhos hirtos, alguma coisa de angústia que não houve me empola asperamente a garganta seca. Mas aí, nem sei o que chorara, se houvesse chorado, nem por que foi que o não chorei. A ficção acompanha-me, como a minha sombra. E o que quero é dormir…
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ResponderEliminarUm prazer recordar estas duas obras - a de Pessoa e a de Donizetti.
A fotografia está belíssima na reprodução dos espaços e contrastes...
~ Parabéns, Ana.
~~~ Excelente fim de semana. Beijinhos. ~~~
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Obrigada, Majo.
EliminarPeço desculpa por só hoje agradecer.
Beijinho.:))
Um rio de nuvens corre
ResponderEliminarentre o bosque e a montanha
não é ficção "a minha sombra"
cansada do frio que se entranha
O "desassossego" de Fernando Pessoa, ou de Bernardo Soares, (uma alma num jogo de espelhos) motivou a escolha da fotografia ou foi ao contrário?
Ela, a fotografia, delimita os diferentes planos da unidade. a nesga da paisagem. Um tenor e pêras!
Bom domingo, Ana.
Agostinho,
EliminarUm pouco a alma num jogo de espelhos associada à fotografia, montanhas que se sucedem como as cartas de um baralho, uma coloca-se atrás da outra.
Obrigada e as minhas desculpas por só hoje agradecer.:))
Boa semana!
Um rio de nuvens corre
ResponderEliminarentre o bosque e a montanha
não é ficção "a minha sombra"
cansada do frio que se entranha
O "desassossego" de Fernando Pessoa, ou de Bernardo Soares, (uma alma num jogo de espelhos) motivou a escolha da fotografia ou foi ao contrário?
Ela, a fotografia, delimita os diferentes planos da unidade. a nesga da paisagem. Um tenor e pêras!
Bom domingo, Ana.
Sinto-me um pouco assim como este heterónimo de Pessoa...e dói tanto...tal como o canto do tenor...
ResponderEliminarA foto é sublime como é sempre a Natureza cheia de beleza e contrastes.
Beijinho e bom domingo :)
Graça,
EliminarPor vezes, com o cansaço, sentimos-nos mais assim.
Obrigada e as minhas desculpas por só hoje agradecer.:))
Beijinho e boa semana.:))
Mais um belíssimo post, ana.
ResponderEliminarJá é um hábito.
Beijinhos, boa semana
Obrigada, Pedro, e as minhas desculpas por só hoje agradecer.:))
EliminarBeijinhos e boa semana!:))
EliminarAna, Fernando Pessoa tinha um conhecimento tão real e tão exacto do que sentia e da sua pluralidade e passava tudo isso para o papel de maneira tão magistral, que até arrepia!
ResponderEliminarUm beijinho e uma excelente semana.:))
Cláudia,
EliminarÉ essa a essência sim. Concordo com a magistralidade que foca.
Obrigada.
Beijinhos:))
Este nosso Pessoa, que desassossego constante!
ResponderEliminar"Sou uma espécie de carta de jogar, de naipe antigo e incógnito, restando única do baralho perdido..."
Uma boa carta no entanto... "Una furtiva lagrima", todo o Elisir d'amore, é fantástico!
Um beijo
Querida Maria João,
EliminarEstou um pouco longe da internet. Obrigada pela visita. Tenho a necessidade de algum isolamento.
Beijinho. :))